Análise das mudanças de temperatura com a paleoclimatologia

Do Vermelhos Não

Vivemos no período mais quente da história?

Duas postagens do blog do Anthony Watts, nos links abaixo, divulgam estudos realizados por cientistas sobre a história do clima no hemisfério norte. A medição da temperatura por instrumentos é relativamente recente, tornou-se comum apenas após a segunda metade do século XIX, é preciso muita pesquisa para reconstruir o passado. São utilizados sedimentos de lagos e mares, anéis de árvores, núcleos de gelo e outros elementos que guardam os registros de calor e frio que os nossos ancestrais suportaram.

Com o aumento das amostras disponíveis a análise estatística vem se aperfeiçoando. A paleoclimatologia mostra que o Século XX não foi o pioneiro em alterações climáticas. Os estudos realizados há uma década ou mais que quase não demonstravam alterações no clima estão sendo revistos. Justamente os que serviram de base para o famoso taco de hóquei de Michael Mann. 

Novo trabalho confirma clima mais quente há 1.000 anos atrás

Os autores Bo Christiansen, do Instituto Meteorológico Dinamarquês, e Frederik Charpentier Ljungqvist,  da Universidade de Estocolmo.

 

Reconstrução das temperaturas no passado por Christiansen e Ljungquvist. Em vermelho e amarelo a era dos termômetros. 

“O nível de calor durante o pico do Período Quente Medieval, na segunda metade do século 10, igualando ou ultrapassando ligeiramente o aquecimento de metade do século 20, está de acordo com os resultados de outro mais recente em grande escala de reconstrução da temperatura.”

 Outro trabalho demonstra temperaturas mais quentes há 1.000 e até 2.000 anos

Os autores Jan Esper, Universidade Johannes Gutenberg, Ulf Büntgen e David Frank, Universidade de Berna, Mauri Timonen, Instituto Finlandês de Pesquisas Florestais, e outros.

 

Temperatura na Escandinávia da era romana aos nossos dias.

“Os registros fornecem evidências para o calor substancial durante a época romana e medieval, de maior extensão e duração do que o calor do século 20.”

“Equipes de especialistas são necessárias para avaliar os registros existentes e reduzir as incertezas associadas com as reconstruções de milênios de temperatura, antes de podermos ser úteis para estabelecer cenários climáticos futuros.”

Os atuais modelos de projeção futura do clima também são extremamente incertos. As variações alteram-se de acordo com o engajamento do autor na teoria do aquecimento global antropogênico. Pode ir de mais 0,5º até mais 5º de aumento sobre a temperatura média atual para os próximos 90 anos. Deveriam ter um pouco mais da humildade desta equipe de paleoclimatologia. 

As incertezas climáticas e o desconhecimento de muitas variáveis fica claro nas previsões da NOAA para o próximo inverno no hemisfério norte. São incapazes de afirmar qualquer coisa para os próximos seis meses, no entanto seus modelos são usados por todos que querem mudar a estrutura produtiva mundial baseados em especulações.

“As últimas observações e previsões modelo enfatizam a grande quantidade de incertezas associadas com a temperatura da superfície e perspectivas de precipitação para os Estados Unidos durante esta próxima estação de inverno.” Discussão de previsão sazonal dezembro-janeiro-fevereiro CPC/NOAA

Luis Nassif

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