Cotados ao Ministério do Meio Ambiente são ligados ao agronegócio

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Apesar de manter pastas separadas, Jair Bolsonaro que o aval da bancada ruralista para o nome que vai comandar o Ministério do Meio Ambiente
 

Tereza Cristia, líder da bancada ruralista e futura ministra da Agricultura, tem peso na decisão do ministro do Meio Ambiente – Foto: ABr
 
Jornal GGN – Após o anúncio de que a líder da bancada ruralista na Câmara, Tereza Cristina (DEM-MS), comandará o Ministério da Agricultura, uma das maiores preocupações está na escolha do ministro do Meio Ambiente: os cotados, até agora, têm ligações com o Agronegócio.
 
Um dos nomes avaliados até a manhã de hoje (08) era o de Evaristo de Miranda. Atualmente chefe-geral da Embrapa, Miranda tem como base de sua formação a Agronomia, e é pesquisador influente na área. 
 
Ele já recebeu diversos reconhecimentos. Foi listado entre as “100 personalidades mais influentes do Agronegócio”, pela Revista Dinheiro Rural, em 2017, e este ano, também recebeu o Prêmio Canacampo e SIAMIG (Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais), por servistos prestados ao agronegócio brasileiro.
 
Por sua ligação com o agronegócio, tem o perfil desejado pelo futuro presodente e seu nome teria recebido o aval da deputada Tereza Cristina, futura ministra do Agronegócio. Nesta semana, Miranda se encontrou com Jair Bolsonaro e os futuros ministros Paulo Guedes, Sérgio Moro e Onyx Lorenzoni. 
 
Entretanto, de acordo com o jornal O Globo, Evaristo já teria negado o convite, sinalizando que “problemas pessoais o impediriam de assumir a função”. Por isso, outros dois nomes foram aventados pela imprensa que estariam sendo cotados por Bolsonaro.
 
O ex-deputado Xico Graziano teria a segunda preferência. Agrônomo, ex-chefe do gabinete de Fernando Henrique Cardoso, abandonando o PSDB neste ano, declarou apoio a Jair Bolsonaro ainda no primeiro turno das eleições. A bancada ruralista apoia, assim como Tereza, o nome de Graziano.
 
Apesar de não ser ambientalista para comandar o Ministério especilizado no tema, Graziano tem interlocução com ambientalistas, por defender o chamado agroambientalismo, que relaciona o cuidado de recursos hídricos e florestais de propriedades com a intensificação da produção agrícola e pecuária.
 
Mais cedo, a própria indicada ao Ministério da Agricultura informou que poderia recomendar nomes à pasta do Meio Ambiente, mas que o ex-deputado, se escolhido por Bolsonaro teria o apoio da bancada ruralista.
 
Sem confirmação, outros nomes também avalizados é do deputado Evandro Gussi (PV-SP), que não conseguiu se reeleger e do advogado ambiental Paulo de Bessa Antunes.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Máfia maçônica tucana dos inférno! Tomaram os 3 poderes e tudo+

    A falta de comprometimento gerada pela total dominância de governos golpistas ditatoriais, implica em inventarem e fazerem o que quizerem… complicado é quando percebemos que nem sabem o que querem… nesse desnorteio total, continuam agarrando-se ao PT como tábua da salvação, desde 2014. O PT até hoje, e por incrível que pareça, é o único norte desses cúdeburros.

     

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