Greenpeace fecha posto da BP em Londres

Por Haroldo Silva Filho

Nassif:

O Greenpeace foi dura (e injustamente) criticado há pouco tempo atrás neste blog por comentaristas que acusavam essa ONG de ser omissa em relação ao acidente provocado pela British Petroleum no Golfo do México. Segue, abaixo, notícia recente sobre a ação do Greenpeace em Londres.

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Alem-do-petroleo/

Esta manhã, aqueles que em Londres buscaram gasolina para abastecer seus carros, encontraram 50 postos da capital desativados, com os dizeres: “Fechado. Vamos além do petróleo”. O aviso foi afixado por ativistas do Greenpeace em todos os pontos de venda de óleo da BP (British Petroleum), empresa dona da plataforma que explodiu no Golfo do México, causando o maior vazamento de petróleo dos Estados Unidos.

O protesto aconteceu seguido ao anúncio de troca da presidência na empresa, que somente três meses após a explosão que ocasionou a abertura de um buraco no fundo do Golfo do México por onde cerca de 60 mil galões – o equivalente a 10 milhões de litros – de óleo por dia litros por dia de óleo vazaram, foi capaz de conter a enxurrada que contaminou as águas do Golfo e a costa da Louisiana, Mississippi, Alabama e Flórida.

A BP é acusada de negligência nos planos de segurança, despreparo nas medidas de contenção e lentidão para conter o vazamento, além de uma série de trapalhadas no processo, que vão desde testes com equipamentos que fracassam, até fotos adulteradas em seu site.

“É chegado o momento da BP ultrapassar a era do petróleo. Muitas empresas modernas já concluíram que os combustíveis fósseis são o passado e que a energia limpa é o futuro. A era do petróleo está chegando ao fim e empresas como a BP precisam repensar este modelo”, disse John Sauven, Diretor Executivo do Greenpeace na Inglaterra”.

A empresa deve anunciar oficialmente a troca de presidência, substituindo Tony Hayward, conhecido pela sede por óleo em locais de fragilidade ambiental, como o Golfo do México, as areias de betume no Canadá e o Ártico, por Bob Dudley, que já trabalhou em projetos de energia solar e eólica dentro da BP. Hayward deixa a empresa com uma dívida de 17 bilhões de dólares.

“Nós retiramos peças das bombas de petróleo esta manhã para impedir que, até que seja trocadas, os postos possam continuar vendendo a gasolina da BP e dar tempo ao novo presidente para repensar o modelo de exploração”, conclui Sauven.

Assista ao vídeo da ação:

O Greenpeace exige a interrupção imediata de novos poços em alto-mar e a exploração em locais de risco e o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis, em favor de uma mudança de matriz energética renovável, limpa e segura. O navio Arctic Sunrise aporta em breve na Lousianna para iniciar fase de pesquisas sobre os impactos do vazamento para a fauna e flora local. 

Luis Nassif

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