“Aquecimento global é complô marxista?” Bolsonaro fala de índios para fugir de polêmica

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – Numa das suas mais recentes coletivas de imprensa, Jair Bolsonaro foi cobrado sobre o posicionamento político de seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo, que assina artigos de opinião que repercutiram negativamente na imprensa internacional, ao pregar que o aquecimento global é uma invenção do marxismo cultural. Em resposta, Bolsonaro começou a falar exclusivamente de reservas indígenas e áreas de preservação ambiental, escapando da polêmica em torno do novo chanceler.

Por volta dos 2 minutos e 58 segundos do vídeo abaixo, um jornalista é bem direto na pergunta: “O senhor compartilha da visão de que as teorias de aquecimento global seria um complô marxista?”

https://www.youtube.com/watch?v=tqnr8me-l0c
 
“Olha só, o grande problema que temos aqui é que as políticas indigenistas e ambientais não trabalham em prol do Brasil. Trabalham em prol de interesses extra território brasileiro. Devemos tomar cuidado com isso. O Brasil é o País que mais preserva o ambiente. Eu fui ao Acre e Rondônia. Em torno e 20% apenas dessas áreas podem ser usadas em benefício da população local. 80%, não. Isso está errado.”
 
Antes dessa pergunta, o jornalista havia questionado: “O senhor acredita no aquecimento global?”
 
“Eu acredito na ciência. Ponto final. Mas o que a Europa fez para manter suas florestas? Querem dar palpite aqui?”, respondeu Bolsonaro, emendando que “prefeitos” vão a países europeus discutir parcerias e voltam de foram “passiva e servil” com exigências que aumentam as demarcações de terras para os índios.
 
Seguindo sua própria cartilha ambiental, Bolsonaro disse que é a favor de construir hidrelétrica em Roraima e integrar o índio à sociedade por meio do desenvolvimento de obras locais.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

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  1. Um hospício chamado Brasil.

    Um complô lulopetistadilmistasocialdemocradisfarçadacomunistaovnistareptiliano das minas do imperrador Atahualpa no mundo maravilhoso da soja transgência do marechal custer brilhante ulstra e duvalier para dizer que não sou racista do malafaia le le le ô.

    Ou o enredo do direitista doido e sua FAKada sonhática.

    Por favor, façam um cercadinho no Brasil e coloquem a placa de “hospício” por é nisto que as jornadas da revolução do gigante idiota (lembrando Nélson Rodrigues) transformaram o nosso país.

  2. Tem muito mais gente falando

    Tem muito mais gente falando dos índios dentro e fora do Brasil. A economia brasileira vai sangrar e muito se o Bozo insistir em agredir os índios ou legitimar a invasão das terras deles.

     

    Please, Greta, pay attention to these curumins (child in Tupi language). They belong to the generation of Brazilian Indians threatened with extermination by @jairbolsonaro. Defend these innocents: do not buy anything “made in Brazil”. We need your help. https://t.co/rCaV4ueuX1

    https://t.co/BtFpZGnPn

     

  3. #

    Sobre o aquecimento global o recado de Boçalnaro é o seguinte: “nós vamo acabá quissoaí” e “o índio quer televisão e internet, tá ok?”

    É um estadista genial. Um mito! 

     

  4. Falou demais
    O presidente Macron falou grosso quando o Bolsonaro dispensou o acordo de Paris. Mas agora fala bem baixinho na casa dele. Ele não tem todas e nem tem as melhores soluções para os franceses! Quanto mais para os cidadãos de outras terras! Falou demais.

    1. Que argumento sublime!

      O Macron não tem todas e nem tem as melhores soluções para os franceses. Logo, vamos desmatar a Amazônia.

       

      Esse tipo de argumento idiota se denomina non sequitur, isto porque a conclusão não decorre logicamente da(s) premissa(s).

      É cada figura que aparece posando de intelectualidade, que só por sorte.

      1. Ilogicidade
        Quem falou em desmatar a Amazônia foi você. Eu argumentei que Macron deveria resolver seus problemas ao invés de exigir soluções dos outros. Os europeus estão cada vez mais fechados em seus próprios interesses. Porque devemos ouvi -los?

        1. Se A é igual a B e se B é igual a C, então A é igual a C

          “Eu acredito na ciência. Ponto final. Mas o que a Europa fez para manter suas florestas? Querem dar palpite aqui?” – Bolsa Anário

          Benilton, você defendeu o Bolsonaro. Por seu turno, o Bolsonaro defende a devastação da Amazônia. Logo, você, indiretamente, defende a devastação da Amazônia.

          1. Hermenêutica
            Rui, você está lendo nas entrelinhas. Eu não defendi Bolsonaro, que ainda não assinou nem o termo de posse. Eu falei que o Macron defende um tratado com o Mercosul que até hoje os europeus (20 anos) não se interessaram em celebrar. Não será com ameaças ou promessas vazias que ele irá convencer alguém desse lado do Equador.

  5. Governo Bolsonaro aumenta a possibilidade de genocídios.

    Da mesma forma irresponsável que todos da equipe se manifestaram na transferência da embaixada em Israel, acontece tanto no discurso sobre as nações indígenas como no problema ambiental.

     

    Coloquei de propósito a palavra nações indígenas e não tribos indígenas, pois de uma nominação para a outra há um imenso fosso que nenhum Bolsopai, filho e os generais que o cercam não tem a mínima noção.

     

    Após setembro de 2007 com a Declaração da ONU sobre direitos indígenas, conceitos como o princípio autodeterminação dos povos, direito ao consentimento livre, prévio e informado, direito a reparação pelo furto de suas propriedades, direito a manter suas culturas e direito a comunicação, foram introduzidos no direito internacional, e ações que levem ao extermínio não só físico de toda uma comunidade mas também a extinção parcial da mesma, assim como a violação do direito de manter a sua cultura, podem ser considerados pela ONU como crime de GENOCÍDIO.

     

    Com a perda de protagonismo do Brasil internacionalmente, com o emburrecimento da chancelaria e a estupidez da cabeça do executivo, a chance de nos vermos envolvido num processo de genocídio aumenta exponencialmente.

     

    No antigo período militar, vários casos de genocídio foram executados, porém como a legislação ainda gatinhava e os militares não desmancharam o Itamarati, fomos poupados de alguns vexames internacionais, porém com o atual chanceler a chance diminui muito.

     

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