Por Lima
A tal da bolha plástica que já “sufoca” trechos do oceano Pacífico, inclusive fazendo com que a navegação tenha que se desviar da área, parece não ser apenas um pivilégio de condições do OP. Cientistas agora descobriram que também o Atlântico está sendo “manchado” por plásticos descartados após o uso humano.
Da BBC Brasil
Lixo plástico forma mancha no oceano Atlântico, detectam cientistas
Cientistas da Sea Education Association (SEA, na sigla em inglês) anunciaram a descoberta de uma região no Atlântico Norte onde detritos de lixo plástico parecem se acumular.
A área está sendo comparada com a já bem documentada “grande mancha de lixo do Pacífico”.
Kara Lavender Law, da SEA, disse à BBC que o tema dos resíduos plásticos vem sendo “amplamente ignorado” no Oceano Atlântico.
Ela anunciou os resultados da pesquisa, feita ao longo de duas décadas, em um encontro científico em Portland, nos Estados Unidos.
“Nós encontramos uma região mais ou menos ao norte do Oceano Atlântico onde estes resíduos parecem estar concentrados e permanecem durante longos períodos”, explicou Kara Lavender Law.
“Mais de 80% dos detritos plásticos foram encontrados na região entre 22 e 38 graus norte. Ou seja, temos uma latitude onde o lixo parece se acumular”, completou.
Estudo aprofundado
O estudo é o mais longo e aprofundado já feito para determinar a presença de resíduos de plástico nos oceanos.
Cientistas e estudantes da SEA coletaram plásticos e outros resíduos marinhos em redes de malha fina arrastadas pelo barco de pesquisa.
As redes permaneceram parte submersas e parte fora da água, coletando assim resíduos e pequenos organismos da superfície marítima.
Os cientistas fizeram 6,1 mil reboques na região do Caribe e do Atlântico Norte, na costa americana. Mais da metade destas expedições revelaram pedaços de plástico flutuando na superfície da água –resíduos de baixa densidade usados na fabricação de diversos produtos, inclusive sacos plásticos.
O impacto deste acúmulo de lixo no ambiente marinho ainda não é conhecido, acrescentou Kara Lavender Law.
“Mas nós sabemos que muitos organismos marinhos estão consumindo este plástico e também que isso tem um efeito adverso sobre aves marinhas em particular”, disse a pesquisadora à BBC.
O estudo revelou também que os detritos plásticos são normalmente pequenos e não formam uma mancha heterogênea, ou seja, estão dispersos em uma grande área.
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.