O apocalipse climático de Miriam Leitão

Imprensa ecoterrorista míriam leitão, colunista do jornal o globo, faz suas análises e não cita os dados que a levaram as conclusões. O artigo china e clima é um exemplo. Ao ler o texto temos a impressão que o apocalipse climático antropogênico ja se iniciou.

Fiquei tão preocupado com as quebras de safras, o aumento dos preços e a fome no mundo, que fui ao site do departamento de agricultura americano, afinal se alguém neste planeta possui a metodologia e os dados para análise é ele.

Os estoques de grãos estão baixos pelo efeito de uma sequência interminável de desastres ambientais que vêm afetando colheitas de inúmeros produtos nos últimos anos. Não é um problema só econômico. É também climático.

Na safra 2010/2011 a rússia e a ucrânia realmente tiveram uma grande perda devido a seca. A projeção para este ano é de uma pequena queda na produção americana. Porém a expectativa global para a safra 2011/2012 é superior a anterior, mais 61 milhões de toneladas. Uma pena que ela não citou que o milho e a soja cada vez mais estão alimentando os carros. A produção brasileira de biodiesel passou de 4 mil barris em 2005 para 15 milhões de barris em 2010. A partir deste ano o consumo de milho para a produção de etanol nos eua ultrapassa o utilizado para outros fins. Realmente grande parte do problema é climático, estão queimando comida e não petróleo para evitar o CO2.

O ano de 2011 é o sétimo consecutivo de grandes eventos climáticos que afetaram a economia e desequilibraram o abastecimento de algum produto. A série começou em 2005, com o Katrina, mas também com secas na Austrália, que foram sucedidas por grandes enchentes. A Austrália, como se sabe, é produtora importante de alimentos, como o Brasil.

A última safra anterior ao início do fim, a 2004/2005 teve uma produção de 1,95 bilhões de toneladas de trigo, milho, arroz e soja. Em 2010/2011 o volume destes quatro produtos foi de 2,18 bilhões de toneladas. Considerando as estimativas para a população mundial de 6,45 bilhões de habitantes para 2005 e 6,9 bilhões para 2010, a produção per capita até aumentou um pouco.

A safra de cana será 8,4% menor este ano. É a terceira safra consecutiva que teve problemas por razões climáticas. Isso afetará também o abastecimento de combustível, que continua prisioneiro do dilema do desequilíbrio de preços.

produção de cana no Brasil nos dois últimos anos foi de 603 e 622 milhões de toneladas. A produtividade por hectare na safra 2009/2010 foi baixa, 62 t por hectare. Em 2010/2011 foi superior a média dos cinco anos anteriores, chegando a 77t. A A produção de açúcarcresceu mais de 24%, passando de 30 milhões de t em 2006/2007 para 38 milhões de t em 2010/2011. No mesmo período o etanol produzido foi de 17,9 para 27,6 bilhões de litros, mais 54%. A área plantada cresceu 37% e a colheita 62%. O problema na produção deste ano tem outros complicadores, parece que convenientemene omitidos no artigo.

Um fator foi a renovação de canaviais em ritmo menor que o normal desde 2008, devido à crise global.” Rio Negócios 

Os investimentos em canaviais estão praticamente paralisados desde a crise financeira de 2008, e os produtores aguardam uma sinalização do governo para investir.” idem

Estão aguardando subsídios! Cabe ao governo petista da dilma solucionar esta questão.

A demanda mundial sobre nossos produtos vai fortalecer ainda mais a pressão para que o Congresso aprove a lei que facilita desmatar. O agronegócio pensa estar defendendo seus interesses, mas se houver mais desmatamento vão se agravar os fatores que têm provocado eventos climáticos extremos.

Mais uma vez ela mente sobre a licença para desmatar que representa o novo Código Florestal Brasileiro. Continua sob a sombra da vara torta.

A população mundial cresce anualmente. Países que há poucas décadas atrás estavam economicamente estagnados passaram a apresentar altas taxas de crescimento. Chineses e indianos que representam quase 40% da população mundial estão se incorporando ao mercado. O aumento da renda os leva a consumir mais e melhores alimentos. A américa do norte, a europa e grande parte da ásia não possuem mais estoques de terras agriculturáveis. As grandes fronteiras ainda existentes estão na américa latina e na áfrica. No Brasil existe o complicador que seria o avanço sobre a floresta amazônica. Novos desmatamentos devem ser evitados, porém como atender a demanda global por comida e ao mesmo tempo em que incentivam os combustíveis verdes? Como abandonar os 80 milhões de hectares consolidados utilizados pela agropecuária em nosso território para recomposição florestal se permanecer a atual legislação? Neste caso específico teríamos mais florestas e muito menos produção. Gostaria que os ecologistas mostrassem um plano global. Como equilibrar a produção de alimentos, com os ecocombustíveis e o reflorestamento. Não podemos também esquecer que grande parte da elevação do preço é devida a especulação nas bolsas que negociam commodities. Isto também não foi citado pela principal jornalista de economia do jornal da famiglia marinho. Com certeza para não desagradar as suas fontes nas corretoras que operam no setor.

Mais uma vez a serva das ongs ecológicas internacionais escreveu uma coluna para alarmar a classe média urbana ecopreocupada com o que é publicado na imprensa mas desconhece os fatos. O objetivo é pressionar o senado para atender as exigências dos crentes no verdismo e seus gurus externos.

usda – wasde 2006

usda – wasde agosto 2011

Luis Nassif

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