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Do Canal Temático Meio Ambiente
Debate Mudanças Climáticas – Parte II
Por Lilian Milena
Existe consenso entre os cientistas de que durante toda a história do planeta houve períodos alternados de resfriamento e aquecimento do clima global. Mas não quanto à influência das atividades humanas sobre o aumento das temperaturas que a Terra sofreu nos últimos 100 anos de oito décimos de graus centígrados (0,8ºC).
Suzana Kahn Ribeiro, atual vice-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, presidente do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e professora do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais da COPPE-UFRJ, afirma que é inegável a participação humana sobre as alterações climáticas.
A pesquisadora parte do princípio de que não existe nenhum mecanismo de compensação para o total de gases de efeito-estufa (GEE) que as ações antropogênicas (atividades do homem sobre a natureza) liberam para a atmosfera. E lista os “co-benefícios” do esforço para substituir o uso de combustíveis fósseis por matrizes mais limpas como: incremento da economia com o surgimento das atividades ‘sustentáveis’ (incluindo mercado de créditos de carbono); novos mecanismos para redução dos recursos naturais; melhora da qualidade do ar decorrente das menores emissões de CO2; e aumento da preservação da biodiversidade.
Suzana admite que não se sabe, ao certo, quais são os reais impactos do aquecimento global, porque os cálculos realizados pelos cientistas são modelos de grande escala. “Na hora que trazemos esses resultados numa escala menor, para um país ou região, a margem de erro pode ser muito alta”, completa.
Escute a íntegra da entrevista que Suzana Kahn nos concedeu:
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