Em Nazca, no Peru, mundo discute clima e Greenpeace danifica Patrimônio

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Lima: mundo discute futuro na Conferência do Clima e Greenpeace danifica Patrimônio da Humanidade em Nazca

Por Frederico Füllgraf

Exclusivo para Jornal GGN

Aproveitando-se da realização da COP 20 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, reunida em Lima até o dia 12 de dezembro – a ONG ambientalista Greenpeace invade área das Linhas de Nazca, protegida pela UNESCO, para instalar mensagem de protesto e alavancar manchetes na imprensa internacional. Indignado, o ministério da cultura do Peru expediu nota à imprensa, manifestando seu repúdio ao incidente, que agrava os danos já causados às milenares inscrições do deserto peruano. O incidente alinha-se a verdadeiras chicanas políticas, como o apoio da Greenpeace à privatizadora Lei de Pesca do governo Sebastián Piñera, que mereceu o repúdio de 80 mil pescadores artesanais chilenos e cada vez mais desacredita a ONG em toda a América Latina. O que chama atenção no episódio, é a lampeira determinação da ONG em afrontar o Direito Internacional e violar a soberania nacional, como foi a penetração em águas territorias da Rússia, em setembro de 2013, a ridícula fundação da “República dos Glaciares”, no Chile e, agora, a invasão do Patrimônio Cultural da Humanidade, no Peru. Glamurizada pela imprensa dos países ocidentais, na Rússia a ONG sofreu a apreensão de sua embarcação e a prisão temporária de seus ocupantes. Alpinista social, meses depois, a brasileira Ana Paula Maciel, uma de suas ativistas, posou nua para a revista Playboy.

A COP 20 em Lima

Em Lima acontece a COP-20, mais uma conferência na esteira do Protocolo de Kioto – esboçado em 1997 e ratificado apenas em 2005 – com o objetivo declarado de reduzir a emissão de poluentes atmosféricos e, com isso, mitigar o efeito-estufa em escala global, de indiscutível origem antropogênica.

Desde sua implementação, nenhuma de suas metas foi cumprida, cuja principal era a redução das emissões globais em 5,2%, entre 2008 e 2012; o tão decantado “primeiro período de compromisso”.

Os Estados Unidos, a China e a Europa são os maiores emissores de gases-estufa, seguidos de perto pelo Brasil, no triste 6º lugar do ranking sujo.

Em outubro, a União Europeia alardeou que diminuirá em 40% suas emissões até 2030 Em novembro, os Estados Unidos anunciaram sua intenção de reduzir suas emissões entre 26% e 28% até 2025. A China não divulgou números, mas compromete-se a zerar seus gases-estufa até 2030.

Custo das alterações climáticas e seus “danos colaterais”

Para sinalizar boa vontade, 32 países ricos destinaram 9,0 bilhões de dólares para o Fundo Verde do Clima.

Estão falando sério? Não, literalmente estão brincando com fogo.

Em 2005, a ONU estimou entre 40,0 e 170,0 bilhões de dólares o custo anual do plano de estabilização do aumento da temperatura global na casa dos 2º C, até 2030. Em 2009, o Instituto Internacional para o Meio-Ambiente e o Desenvolvimento, de Londres,. mandou para a estratosfera a estimativa original, alardeando seu aumento em 500,0 bilhões de dólares, isto é, 0,7% do faturamento econômico global anual.

Mas estes são apenas os chamados “custos de adaptação às alterações climáticas”, que o Banco Mundial estima entre 18,0 e 21,0 bilhões de dólares anuais, de 2010 a 2050, apenas na América Latina.

O custo dos “danos colaterais” já em curso – tufões, inundações, obras de reconstrução e seu oposto: estiagens, redução dos recursos hídricos, desertificação, migração agrícola – nem estão sendo devidamente computados ainda, mas estima-se que rondem 1,0 trilhão de dólares em escala global.

Trocado em miúdos: até agora, a conta “fechava”, pois os principais perdedores – de vidas humanas, meio-ambiente e dinheiro – eram os países do Sul, e os grandes ganhadores, os países centrais do Norte, que aumentaram suas emissões durante a fase de expansão econômica (1997-2008), “porque não se mexe em time que está ganhando”.

Desde então, na ONU foi desatada a briga pela responsabilização das emissões, entre op Norte e o Sul. Os otimistas especulam que, desta vez, as negociações podem avançar favoravelmente aos países do Sul – terão motivos?

Posição do Brasil

Na COP 20, o governo brasileiro defende que se mantenha o princípio das “responsabilidades compartidas”, porém de modo diferenciado, alertando que os países desenvolvidos têm maior responsabilidade e devem assumir a maior cota nos cortes de emissões. Em paralelo, a diplomacia brasileira conseguiu submeter à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) uma proposta, conhecida como “moeda do clima”, cujo objetivo é a precificação de ações antecipadas, obtendo créditos por todas as ações que o país pretende realizar antes de 2020, para a redução dos gases-estufa. Difícil imaginar que essa contabilidade, na qual se imbricam interesses do Itamaray com ações do Ministério do Meio Ambiente, seja efetivamente aprovada e compartilhada pelos movimentos sociais, que realizam em Lima sua “Cúpula dos Povos” à margem da conferência oficial, sob permanente pressão.

Greenpeace invade Patrimônio da Humanidade

Transitando entre as duas conferências, na madrugada da última terça-feira, 9, ativistas do Greenpeace infiltraram-se na Área Protegida das milenares e mundialmente admiradas Linhas de Nazca, para instalar faixas de advertência às alterações climáticas.

Quando ao conteúdo, nihil obstat, diria um rábula. Mas ao lado do famoso “Colibri”?

O ministério da Cultura do Peru esclareceu que na área “está terminantemente proibida qualquer intervenção humana, dada a fragilidade do contorno das figuras”, e condenou o incidente: “Após a ação ilegal, inconsulta e premeditada do grupo ambientalista, a área foi gravemente afetada”.

Respondendo pelo Facebook, a Greenpeace alegou que “as faixas são apenas de pano estendido sobre o chão. Todo mundo foi muito cuidadoso e não se produziu nenhum dano em absoluto”.

Para acalmar as autoridades peruanas, Kumi Naidoo, porta-voz internacional da ONG, anunciou uma viagem a Lima “para desculpar-se pessoalmente pela ofensa causada, como tambén representar a organização em qualquer discussão com as autoridades peruanas.”

Contudo, o vice-ministro da Cultura do Peru, Luis Castillo, replicou que o Peru solenemente “repele as desculpas oferecidas”, porque a ONG não admite o dano causado ao patrimônio histórico e cultural do país.

Após a denúncia do ministério da Cultura, a procuradora Velia Begazo, da Segunda Promotoria Provincial de Nazca, abriu inquérito, inspecionando a área contigua à figura arqueológica do Colibrí, acompanhada por policiais e peritos, concluindo por “danos irreparáveis, em uma área de 1.600 metros quadrados”. Identificados, os implicados da Greenpeace, estimados em doze ativistas, poderão enfrentar processo por “delito contra o patrimônio cultural”, que prevê penas de até 8 anos de reclusão.

Ledo engano! Não vão ser presos, mas serão expulsos do Peru após pagarem polpuda multa das arcas recheadas da ONG, e sob o pipocar dos flashes da imprensa internacional – um prato cheio para Rafael Correra, às voltas com o bombardeio do ambientalismo contra as petroleiras na selva equatoriana.

Tentando brilhar com mais um de seus shows de pirotecnia midiática, a Greenpeace paga caro pela indesculpável estultícia de ignorar as suscetibilidades do Peru, país que 200 anos após sua independência ainda briga nas cortes internacionais pela devolução de grande parte de seu patrimônio cultural, saqueado, primeiro, pelos capitães-do-mato de Carlos V e, depois, por aventureiros cínicos como Hiram Bingham, o ladrão de Machu Pichu, glamurizado nas telas como o “Indiana Jones” de Steven Spielberg.

As Linhas de Nazca

As Linhas de Nazca são antigos geóglifos em grande escala, localizados nas Pampas de Jumana, deserto de Nazca, região de Ica, sul do Peru. Traçadas por artistas da cultura Nazca (sécs I a VII d.C.), representam centenas de figuras, de deseños simples a mais complexos, simbolizando criaturas zoomorfas, fitomorfas e abstrações geométricas, todas riscadas com sulcos na superfície terrestre.

Comunidades esotéricas e ufólogos tecem conjeturas e lendas as mais extravagantes e doidivanas sobre sua origem e propósito, entre as que se conta que os desenhos teriam origem extra-terrestre, ou de que configurem código de aterrisagem para naves de ETs.

Afetadas por projetos de mineração, visitação abusiva e estradas clandestinas, em 1994, a UNESCO declarou as Linhas de Nazca Patrimônio Cultural da Humanidade.

Apesar da proteção, o governo do Peru, irresponsavelmente, liberou a área para a realização, em 2012 e 2013, da rally de Dakar, milionário empreendimento expulso do Saara, agravando a proteção do sítio.

Sua grande estudiosa e protetora foi a arqueóloga alemã, María Reiche (1903-1998), figura emblemática conhecida como a Dama de la Pampa.

Possivelmente, Reiche tenha encontrado a verdadeira chave dos desenhos, que interpretou como um imenso calendário. Estabelecendo relação entre os desenhos e sua correspondência astral, tentou demonstrar que os habitantes de Nazca criaram o sítio astronômico – um observatório? – para calcular o início de cada estação do ano, determinar qual era a melhor época para colheitas e quando começava a temporada das chuvas, pois água naquele deserto vale mais que o ouro cobiçado por Pizarro e seus cruzados.

Havia vida inteligente e perspicaz na Cordilheira dos Andes, em cujo chão a Greenpeace se move com inusitada jumentice.

 

 

Redação

40 Comentários

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      1. Abram o site do GreenPeace!

        É fácil verificar a seriedade de ums ONG, quando aparece nesta só locais para clicar e contribuir financeiramente e em nenhum local há a possibilidade de comentar qualquer coisa dá para se ver a falta de seriedade da ONG.

        Olhem no site do GreenPeace!

        1. Isso parece Empresa Multinacional

          Essa ong mais parece uma empresa multinacional européia. 

          Governos e grandes corporações certamente influenciam, se não controlam, essa organização. 

          Ela ataca latinoamericanos, asiaticos, russos, mas nunca seus donos, que certamente estão pela Holanda, Belgica, Alemanha, toda Europa ocidental.

          Y el império del norte, por supuesto.

  1. Será que realmente é “Não governamentral”?

    Por que não se manifestaram quando do desastre no Golfo do México, pela BP?

    Por que não “picharam” o Alamo, a Estátua da Liberdade, Monte Ruchmore ou o Lincoln Memorial?

     

      1. Nao, eu raramente releio.  O

        Nao, eu raramente releio.  O que eu disse foi isso:

        “O que as fotos mostram nao sao (sic) dano nenhum!  Eh exatamente o que eles disseram que eh, panos”:

        Sua vez.

    1.  E não usaram nada pra fixar

       E não usaram nada pra fixar os panos?  Nenhuma colinha? Não acredito que toda a reclamação do governo peruano seja descabida. Falou-se até em dano irreversível. Certamente os ativistas dessa ONG, cuja ousadia não atinge o dito primeiro  mundo (de onde vem seu patrocínio), aprontaram bem mais do que alegam. No mínimo, acessaram um local cuja visitação é vedada, descumprindo as regras do país.

      1. “E não usaram nada pra fixar

        “E não usaram nada pra fixar os panos?  Nenhuma colinha? Não acredito que toda a reclamação do governo peruano seja descabida. Falou-se até em dano irreversível”:

        Irreversivel?!  Mentira deles entao, Jaide. O que se ve claramente nas fotos sao tijolos 4/8/1ou2, que nao sao exatamente nativos ao deserto.  Eu so me enderecei a essa contradicao evidente.

        Falta de respeito evidentemente.  Interferencia internacional evidentemente.  Cachorrada evidentemente.  DFetestavel ong, evidentemente.

        Mas o que o item afirma NAO se sustenta nas fotos.

  2. Grrempeace

    Foram se meter com os russos no Ártico, porém, não fizeram absolutamente nada quando do desastre no Golfo do México e fecham os olhos para a catástrofe ambiental que os EUA (coincidência?) estão causando com a exploração do gás de xisto e petróleo por fratura hidráulica. Os russos deveriam, alem de prender os defensores da natureza nos países fora do eixo Anglo-Saxão, ter explodido a embarcação.

    1. Pelo que entendi, o governo

      Pelo que entendi, o governo peruano ficou indignado porque aquela área é de acesso restrito.

      O acesso é restrito para não afetar as Linhas. Os ativistas invadiram e podem, com essa atitude propagandística, prejudicar os antigos desenhos.

    2. A questão não é somente a suposta pichação.

      Segundo o texto acima, fica explicado que é terminantemente proibida qualquer intervenção no local devido a fragilidade do contorno dos desenhos. É uma questão de preservação de um patrimônio da humanidade. A histeria do greenpeace pode, a de quem quer preservar o patrimônio da humanidade não pode?

    3. Informe-se melhor

      Acho que você deveria se informar melhor, o dano não é só pelas letras, se não pelo fato de caminhar nesse solo, é muito frágil devido  que é só uma camada de cinza vulcánica. Provavelmente, as pegadas desses ativistas, tão desinformados como você, ficarão por séculos. Aquí um link que explica o fato:

      http://utero.pe/2014/12/09/9-fotos-que-demuestran-que-los-genios-de-greenpeace-si-danaron-las-lineas-de-nazca/

       

      1. desinformados?

        Só se for o leonidars, pq. os militantes do greenpeace de desinformados não tem nada.  E, por falar nisso, como é que uma organização (sem fins lucrativos????) dispõe de recursos pra atuair em qualquer lugar do planeta? Vendendo bugigangas em quiosques em shoppings? De bobos não tem nada.

    4. Houve dano, e irreparável

      O ridícula ação do Greenpeace deixou danos SIM, e danos irreparáveis na área onde está a figura do colibrí. Foi uma irresponsabilidade ímpar, uma coisa inacreditável. Esses otários ficaram horas caminhando numa área de extrema fragilidade e deixaram marcas num setor que tinha sido protegido por anos. É como se esses imbecis fossem organizar uma “demonstração” em Stonehenge e derrubassem as pedras, o fossem fazerm uma “demonstração” na Porta do Sul de Tiawanaku e quebrassem uma parede.

      Este desastre com esta figura, uma das mais emblemáticas de Nazca, demostra que não basta com ter boas intenções se não são capazes de conter a propria estupidez.

  3. Greenpeace, sociopatas milionários

    Apenas pessoas iludidas ou fanatizadas pela causa ambiental ainda acreditam que ONGs como o Greenpeace estejam, realmente, interessadas em atividades que representem uma efetiva conciliação entre as atividades humanas e a proteção racional do meio ambiente. O Greenpeace é uma multimilionária máquina de arrecadação de doações, que se aproveita do apelo popular da causa ambiental para amealhar centenas de milhões de dólares anualmente, de incautos de todo o mundo, enquanto pratica uma agenda política de intervencionismo que em nada interessa aos cidadãos dos países-alvo de suas espalhafatosas “ações diretas”. A sua contribuição para o enfrentamento dos problemas ambientais reais é quase nula. Nunca os vi, por exemplo, fazendo campanhas sobre a escassez de saneamento básico, cujas consequências representam, de longe, o maior problema ambiental e de saúde pública do planeta. Nunca vi uma bandeira da ONG em um dos milhares de vergonhosos lixões do país. A sua especialidade são ações espalhafatosas e sociopáticas, como colocar faixas em lugares como Nazca, a Ponte Rio-Niterói (interrompendo o tráfego durante horas), usinas elétricas, plataformas petrolíferas e outras, nas quais demonstram uma total e completa insensibilidade para com as regras civilizadas de convívio social. Por isso, espero que os governos passem a dar-lhes o tratamento merecido, como fez recentemente o governo russo, detendo os seus “militantes-delinquentes” durante meses, e ameaça fazer o governo peruano, processando-os. Que o Brasil siga tais exemplos.

  4. Caramba, tem gente dizendo

    Caramba, tem gente dizendo que não viu dano nenhum? Santa ignorância. Acham que danificar as figuras milenares que só podem ser vistas em sobrevôo seria samblar em cima da figura do beija-flor?

    Os “ativistas” chegaram muitíssimo perto do beija-flor, em área que afeta visivelmente a harmonia de um desenho preservado por milhares de anos, mas não afetou?

     

  5. Danos

    Não houve dano. Mas da próxima vez o Greenpeace deveria ir à Meca e estender umas palavras de ordem de pano sobre o monumento dos muçulmanos, já que a Arábia Saudita é a maior produtora de petróleo e muito contribui para o efeito estufa.

    Mas sem provocar danos, só provocar…

    1. Houve dano as linhas de Nazca sim

      Houve um dano gravíssimo, simplesmente você não pode pisar esse lugar, a camada de cinza é muito superficial e extremamente frágil, as condições no lugar são tão especias, que quando você deixa uma marca no local, essa marca permanecerá por séculos. Por esse motivo é proibido entrar no local, só os arqueologos podem fazer isso e com calzado especial para não danificar o solo.

  6. Eu nunca acreditei nessa Ong 

    Eu nunca acreditei nessa Ong  e  em outras!!!!

    Quando foram  pegos na Russia acharam  no  barco maconha etc…..e a brasileira tira foto pelada pra aparecer 

     O peru deveria  nunca mais permitir a entrada dessa ong que pra mim não passa de espiões americanos, é o que penso!!!!!

  7. greenpeace e esse porta-voz metido pra caramba

    Será que o Geenpeace, essa ONG que se faz entitula como uma autêntica Organizacao Internacional, nos moldes da ONU, vai ter iniciativa para intervir em Paris, na COP 21 ano que vem? 

    Como disse o colega abaixo: “Por que não “picharam” o Alamo, a Estátua da Liberdade, Monte Ruchmore ou o Lincoln Memorial?”

    E esse Kumi Naidoo, duble de celebridade, como se acha! Como se ele tivesse envergadura para ser recebido pelo governo peruano. Achando que os peruanos estenderão honras de chefe de Estado no aeroporto de Lima. Jenio !!

     

     

  8. greenpeace é uma flácia

    greenpeace é uma flácia capitalista como outra qualquer.

    o estilo é o mesmo: os países capitalistas destróem o ambiente

    por séculos depois vem cobrar sustentabilidade no terreno dos outros.

     

  9. A séria ativista ambiental!

    Para quem não viu (eu não tinha visto) a capa da séria ativista gaúcha para a PlayBoy (com photoshop é claro, nada ao natural).

    Séria esta moça!!!

    1. Nooossa!!

      Anos depois descobri que é uma contra-parente lá do sul…

      Quando era pequena não dava pista que iria se tornar greenpista e tão charmosa rsrsr

    2. Curiosa a frase, logo ali na

      Curiosa a frase, logo ali na capa, “pastor Marco Feliciano se abre”… hah… todo mundo sabe que ele é louco pra se abrir…

  10. Estranho e instigante como o

    Estranho e instigante como o ecologismo se transmutou, de um tempos para cá, em reacionarismo. Quando surgiu na Alemanha na década de 80, o partido verde era de esquerda, pelo menos se diziam. Hoje a maioria dos verdes diz que “não existe esse negócio de direita e esquerda”, o que é papo de direitista, como se sabe.

    É interessante tamém notar o fenômeno inverso. Direitistas que se tornaram ecológicos (sem deixar de ser de direita, claro). Miriam Leitão, por exempo, é verde. O Nassif, ao analisar a parceria Marina/Lara Resende, identificou a simbiose entre o rentismo e o verdismo, já que o capital especulativo, ao não produzir objeto algum, não polui. Deve ser por aí

  11. Vocês já viram protestos deles contra o fracking?

    Recentemente, a exploração do óleo de xisto vem sendo bastante divulgada pela mídia. Falam até que os EUA já produzem quantidade suficiente para não mais depender do petróleo de outros países. Não é verdade, e vale entendermos do que se trata. O xisto betuminoso é uma rocha porosa com grande quantidade de compostos orgânicos de onde é possivel extrair hidrocarbonetos, o óleo de xisto, um tipo de petróleo de baixa qualidade. 

    A técnica para extrair o xisto é o fracking. Um bombeamento em alta pressáo de grande quantidade de água em vasta região. As consequências para o meio ambiente são óbvias. Gasta-se muita água, uma grande quantidade de terra fica imprestável, locais próximos sofrem erosão, o lençol freático é afetado. E para se obter o óleo da rocha é necessário uma alta temperatura, consequentemente uma forte contaminaçao do ar e impactos diretos no efeito estufa.

    O Greenpaece até aqui faz protestos protocolares contra o fracking. Nunca fecharam ou tentaram algo semelhante em sítio nos EUA tal como fizeram no Peru. Arrisco um caminho para o motivo:

    Economicamente, a exploração do xisto é uma fraude. O custo é muito maior do que a do petróleo convencional. O óleo resultante é de baixa qualidade. Mesmo assim, os EUA, com a ajuda da mídia, Wall Street e da Arábia Saudita, conseguiram baixar internacionalmente o preço do petróleo. Este é o objetivo. Tentam sufocar economicamnte a Rússia, que depende de exportações de petróleo. A briga do momento.

    Portanto, não é difícil imaginar de que lado os milionários de Greenpeace estão.

    1. Exatamente Jurandir

      O Greenpeace,  e outras organizações do tipo, agridem os interesses de povos latinoamericanos,  asiaticos,  mas jamais os interesses dabEuropa ocidental e do Imperio de Tio Sam e suas grandes corporações. 

       

      Essa organização nao passa de uma corporação a serviço de outras corporações,  e do imperio por detrás delas.

    2. Obrigada pelos

      Obrigada pelos esclarecimentos sobre o óleo de xisto. Esses americanos do norte estão parecendo nossa opisicinha: se arrebentam para destruir os outros, mas fazem pose de poderosos. Quem quiser que acredite

    3. Vc pode comparar com as

      Vc pode comparar com as importações de petróleo para verificar se é verdade ou não.

      Olha, na boa, as informações são fácilmente verificáveis. Não precisa de teoria da conspiração.

      É mais caro que petróleo e mais barato que petróleo + garantia de passagem pelo estreito de Ormuz, que é o que eles pagam há mais de 50 anos.

       

  12. Trabalhei para o Greenpeace e DETESTEI

    Olà, trabalhei para o Greenpeace na Europa, não como ativista mas como funicionária na Communicação, e vou explicar porquê simplesmente deixei de trabalhar là. De certos lados, o trabalho no Greenpeace é bom, pois os salàrios são bem melhores que em outras organizações (desde o primeiro ano, e sem experência, jà ganhava 300 euros à mais que meus colegas de formação) e o trabalho não é nada dificil, pois muito do conteúdo que se propaga é diretamente enviado por Greenpeace International, ou seja, não se devia fazer quase nada fora ler e-mails, receber documentos e traduzir. Além disso, dizer trabalhar para o Greenpeace dà ares de pessoa importante e de salvador do planeta. O que é *muito* ruim quando se trabalha no Greenpeace, é que não se pode exprimir opinião própria: tudo deve fazer parte da cartilha oficial. Também, o ambiente é baixo: aproveitando que não hà verdadeiro dono, os sub-chefes e chefinhos aproveitam para baixar o nível: hà machismo, assédio moral, assédio sexual e até racismo. Visitei o escritório do Greenpeace na Holanda (que é muito chique, com vista para o mar e vizinho de uma grande marca de jeans), e duas pessoas me olharam de lado e me disseram que eu tinha cara de estrangeira. Depois, uma das responsàveis, com que devia ter reunião, me tratou com extrema grosseria por eu não falar holandês. A outra dificuldade com Greenpeace, é a incompetência geral dos empregados: recebi traduções cheias de erros, que obviamente tinham sido feitos com google translate, recebi também pesquisas que continham erros na própria informação, ou seja não podiam nem ser divulgados. O ambiente parece partido político extremista, com suas amizades, suas guerrilhas de poder, manipulações e segredos. Se eu fosse describir tudo que é ruim ou que não devia ser no Greenpeace, levaria horas. Por outro lado, sim, era um emprego bem remunerado e fácil. Não aconselho à nimguém fazer doações para esta organização. Desculpem os erros de português, não é minha língua natal.

  13. Greenpeace e o deserto de Nazca

    E quem disse que eu digo amém ao Greenpeace? Aliás é mais do que necessário que se faça uma reflexão internacional sobre o Greenpeace. Não é porque nasceu heroico e cheio de princípios éticos que está isento de desenvolver outros interesses. É uma organização mega poderosa e onde tem poder tem possibilidades de desvios de conduta. Mas tem algumas instituições que criam uma aura em torno que se tornam inquestionáveis como foi a Igreja Católica por tanto tempo. Sei que tem gente que vai querer me espancar com taco de beisebol numa esquina escura, mas o que fazer: eu não confio no Greenpeace.

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