Projeto planta uma árvore para cada vítima de Covid-19 no Brasil

Campanha Bosques da Memória visa a recuperação de florestas de Mata Atlântica. Cada árvore terá uma placa com nome de vítima do coronavírus

Foto: Divulgação

Por Antonio Francisco das Neves
Comentário no post Fora de Pauta

Em áreas de mata atlântica, projeto vai plantar uma árvore para cada vítima da Covid-19 no Brasil. Campanha foi criada por três redes de ONGs para homenagear as vítimas da pandemia e, ao mesmo tempo, estimular a restauração da floresta.

Ação homenageia vítimas da covid-19 com plantio de 200 mil árvores

Campanha Bosques da Memória visa a recuperação de florestas de Mata Atlântica. Cada árvore terá uma placa com nome de vítima do coronavírus

Do Bosques da Memória

Uma forma de homenagear as vítimas da covid-19 no Brasil, agradecer aos profissionais da Saúde e, ao mesmo tempo, recuperar florestas – em alguns casos, com espécies ameaçadas de extinção – e incentivar a preservação do meio ambiente. É este o objetivo da campanha Bosques da Memória, que plantará ao menos 200 mil árvores em todo o país.

A cada muda plantada, uma placa indicará sua espécie e o nome de uma pessoa vitimada pelo novo coronavírus.

Ao longo do período de campanha, que durará ao menos seis meses, serão plantadas também mudas de espécies em ameaça de extinção, como ipê, jequitibá, palmito-juçara e pau-brasil, explica Clayton Ferreira Lino, responsável pela campanha e presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, ligado à Unesco.

O projeto tem início em consonância com o marco do início da década de restauração dos ecossistemas, declarada pela ONU entre os anos de 2021 e 2030.

O plantio incialmente se dedicará ao plantio de árvores em regiões de mata atlântica – totalizando 17 Estado do país, do Piauí ao Rio Grande do Sul. Mas, prossegue Lino, “esperamos que isso seja feito para todos os biomas do Brasil”. Além disso, como destaca o organizador, já há tratativas com outras organizações para que a campanha se estenda às regiões de Mata Atlântica no Paraguai e na Argentina.

A campanha deve ter encerramento entre o fim de maio e início de junho, nas semanas da Mata Atlência e do Meio Ambiente. Lino frisa, porém, que “não há prazo fixo para terminar, porque quanto mais a gente fizer de restauração, envolvimento, mobilização da sociedade civil, de empresas, dos governos, será importante [para a continuidade do projeto]”.

Podem participar da campanha instituições, empresas e pessoas físicas, ressalta o organizador.

“Gostaríamos que as famílias pudessem transformar o momento de luto e tristeza num momento de esperança, representado pelo plantio das árvores e no engajamento numa rede de solidariedade nacional, mostrando a capacidade de resiliência do nosso país a tantas crises. Transformar isso tudo em esperança é a ideia da nossa campanha”, afirma Lino.

Para mais informações sobre a campanha e saber como colaborar com o plantio, basta acessar este link.

A campanha é uma parceria entre a RMA (Rede de ONGs da Mata Atlântica), a RBMA (Reserva da Biosfera da Mata Atlântica) e do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, e conta com o apoio de entidades como a Apoena (Associação em Defesa do Rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar) e a AMLD (Associação Mico-Leão-Dourado).

 

Redação

1 Comentário

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  1. Nassif: esses caras tão querendo criar uma nova FlorestaAmazônica? Uma pra cada defunto? Segundo as intenções do governo, vão ter de importar sementes…

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