Tragédia ambiental a caminho, maior que Mariana, e de novo com a Samarco

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – O governo do interino Michel Temer (PMDB) está preocupado com a possibilidade real de uma nova tragédia, maior que a de Mariana, e de novo com a empresa Samarco, ocorrer em função de rompimento de barragens.

Segundo informações do colunista Ilimar Franco (O Globo), a empresa está sendo pressionada para “acelerar a retirada dos resíduos sólidos que estão depositados no fundo da barragem da Usina de Candonga”, como é conhecida a usina Risoleta Neves.

De acordo com notificação do Ibama, se esse trabalho não for feito, com a chegada das chuvas, existe o risco dessa barragem também se romper, a exemplo do que ocorreu em Mariana, em Minas Gerais, destruindo cidades vizinhas e poluindo o Rio Doce.

Estamos fazendo um monitoramento diário. A Samarco começou a fazer a dragagem essa semana. Se a barragen se romper será uma tragédia”, diz o ministro Sarney Filho, segundo Ilimar Franco. O ministro prometeu enviar uma nota técnica à presidência nesta quinta (14).

“Michel Temer não quer passar pela experiência de um novo desastre ambiental. Especialistas avaliam que seu impacto será maior do que o ocorrido em Mariana. E Temer passaria a ser acusado de negligente”, afirma o colunista.

Franco também publicou o itinerário dos rejeitos da usina em Minas Gerais até Linhares, no espírito Santo, se houver um rompimento da barragem de Candango.

No início do mês, a ministra do Superior Tribunal de Justiça Diva Malerbi suspendeu, a pedido do Ministério Público Federal, o acordo para recuperação ambiental da área atingida pelo rompimento da barragem de rejeitos do Fundão, em Mariana. O acordo havia sido firmado entre órgãos públicos e as empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, e seria executado ao longo de 15 anos. 

Entre as justificativas apresentadas pela desembargadora Diva Malerbi, está a de que a competência para julgar processos envolvendo a empresa é da 12ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais.

Segundo Diva, a homologação do acordo desrespeitou decisão já proferida pelo tribunal. “Em primeiro lugar, porque, na pendência da definição do conflito de competência, os processos foram suspensos, sendo autorizada apenas a implementação de medidas de caráter urgente, tendo-se definido a competência da 12ª Vara da Seção Judiciária de Minas Gerais para o exame dessas questões”, diz, na nota, a ministra, segundo informações da RBA.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

10 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    1. mas são tantos casos de sucesso!

      graças a rede ferroviaria, hoje não temos quase nenhum trem.

      a telebras enriqueceu muita gente.

      e o banestado então nem se fala!

  1. E todos vão empurrando com a

    E todos vão empurrando com a barriga esse mar de lama, ninguém punido, só moradores, trabalhadores. Os diretores estão todos soltos e protelando na justiça. Eta justiça fácim de ser pão mandado sô.

  2. mapa equivocado

    O mapa com o trajeto dos resíduos parece equivocado. A usina está na bacia do Rio Doce, por onde devem passar os rejeitos, como já passaram, e continua passaram os primeiros rejeitos. Isto inclui outra rota, e, para utilizar as referencias do mapa publicado, inclui passagem próximo a Ipatinga, Governador Valadares, Conselheiro Pena, Baixo Guandu, Colatina e Linhares.

  3. mapa equivocado

    O mapa com o trajeto dos resíduos parece equivocado. A usina está na bacia do Rio Doce, por onde devem passar os rejeitos, como já passaram, e continua passaram os primeiros rejeitos. Isto inclui outra rota, e, para utilizar as referencias do mapa publicado, inclui passagem próximo a Ipatinga, Governador Valadares, Conselheiro Pena, Baixo Guandu, Colatina e Linhares.

  4. Como é?

    A barragem da Samarco rompeu antes do período de chuvas do último verão. Quer dizer que no próximo a Usina Risoleta Neves vai romper.

    Porra são pelo menos 100 km entre Mariana e a Usina, não há chance desse sedimento todo chegar e romper a usina. O material pesado ficou pelo caminho, a argila passou e foi sair no litoral.

    Quem foi contratado para fazer a dragagem da usina?

    1. Assunto complexo

      “O material pesado ficou pelo caminho”

      Em outro tipo de rejeito, teria acontecido o que você falou, ou seja, muito material já teria sedimentado. Mas, no caso de rejeitos de minério de ferro para pellet feed, como neste caso, o rejeito sai pela flotação, ou seja, torna-se hidrofóbico e flutua (lembra como tiveram que usar aquelas boias da Petrobras para limpara espuma que ainda flutuava na desembocadura do rio?).

      Sendo a lama muito leve (argila e outros) e, sendo o rejeito carregado de reagente (amina principalmente), temos aí um fluxo de polpa que se resiste em sedimentar e, por conta disso, avança muito quilômetros, até chegar ao mar, como de fato aconteceu. Rejeito comum (de Ouro, cobre ou outro), mais grosseiro, é sedimentado nas máquinas de flotação (é o produto que é flotado e não ao inverso como o ferro), assim, ocorreria algo como você menciona, que grande parte deste já teria ficado a pouca distancia do embalse que rompeu.

  5. Privatização

    É a solução para o Brasil, né Serra ? Imagino se ainda fosse estatal, estaria mortinha desde que a barreira se rompeu. Mas agora está em boas mãos, de pessoas concenciosas e de responsabilidade, como todos acham que são as empresas privadas, né mesmo Serra? Está aí tb a BR OI, que não me deixa mentir sozinha.

  6. perde o brasil, perde o mundo

    Nos dias de hoje, calamidade climatica global, todos estes acidentes são significativos para todo o globo… não é um problema pontual. Imaginemos quando o mundo acordar e descobrir que emergentes como o Brazil tambem cag…m   no mundo, assim como os paises ricos. 

    Amigos, a conta está alta, e crecendo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador