A ilha que ninguém quer reclamar
Trata-se de um aglomerado de plásticos, identificada em 1997 no meio do Oceano Pacífico, onde as correntes oceânicas do Pacífico Norte se encontram, e flutuam em constante crescimento. Esta ilha em que não se pode caminhar, ou melhor, esta sopa de plástico, já tem dimensões maiores que o estado do Texas, com uma profundidade de cerca de 10 metros.
Todo o lixo que é abandonado pela classe média nas praias da costa oeste da América do Norte e do Japão é levado pelas correntes para esta ilha suja, onde se estima que 70% da sua composição é de sacos de plástico. É como uma cloaca que nunca descarrega.
Isto tem um enorme impacto nos ecossistemas. A composição da água naquela área já apresenta mais pedacinhos de plástico do que plâncton.
Milhares de albatrozes acabam por morrer de fome mas de estômago cheio: ingerem tampas de garrafa, isqueiros, canetas, palitos de cotonetes, etc.
O principal problema com o plástico é o de não ser biodegradável. Nenhum processo natural pode quebrar suas moléculas. Um isqueiro jogado ao mar se fragmenta em pedaços menores e menores de plástico sem quebrar seus compostos mais simples, por isso se estima que a degradação completa poderia levar centenas de anos.
Além do óbvio que isto afeta tanto a vida marinha (macro e micro), outra questão que se apresenta é: como vamos limpar isto?
Esta questão ainda está para ser respondida. Por enquanto, cientistas dizem que a melhor abordagem que temos não é para limpar tudo, mas como paralisar seu crescimento.
Isso torna uma simples retirada de material algo arriscado – pode-se causar mais danos do que benefícios. É bom lembrar que grande parte da vida marinha encontra-se na escala de tamanho microscópico. Por exemplo, ao coar as águas oceânicas em busca de plástico, o plâncton, que é a base da cadeia alimentar marinha e responsável por 50% da fotossíntese da Terra, seria igualmente capturado, trazendo assim mais prejuízo.
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