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Resgate de Luciano Hortencio
Almirante – Bando de Tangarás – PAU PRA TODA OBRA – Almirante – Mário Faccini.
Disco Parlophon 13.212-A.
Setembro de 1930.
Disco constante do Arquivo Nirez.
Coisas que o tempo levou.
É toco, é rabo, é cabeçada,
É bofetão, rabo de arraia.
É cacete, é faca e garrucha.
É Faca de ponta e navalha (bis)
Eu não vou na choradeira
De dizer que é brincadeira
Eu largo fundo na madeira
E rompo o pau corre o melado.
Se gritar que o caso é sério
Quando entro no necrotério.
Mando cem pro cemitério
E deixo o resto amarrotado.
É toco, é rabo, é cabeçada,
É bofetão, rabo de arraia
É cacete, é faca e garrucha
É Faca de ponta e navalha (bis)
Veja só que na picada
Teve pau, teve facada.
E teve tiro e navalhada
E teve tapa e bofetão.
Teve tanta cara torta,
Ficou tanta gente morta,
Que São Pedro foi pra porta
Pra completar no facão.
É toco, é rabo, é cabeçada,
É bofetão, rabo de arraia
É cacete, é faca e garrucha
É Faca de ponta e navalha (bis)
Topo tudo, não respeito,
Não escolho o meu sujeito.
Eu dou na cara e dou no meito
E dou no ponto que quiser.
Já matei em Pernambuco
Com um tiro com o trabuco
Depois vi que o trabuco
Estava sem cartucho em pé.
É toco, é rabo, é cabeçada,
É bofetão, rabo de arraia
É cacete, é faca e garrucha
É Faca de ponta e navalha (bis)
Foi na festa do Salgado
Que um negrão mal encarado
Me olhou atravessado
E me pegou a debicar.
Chamei pro lado do bucha
Mandei de minha garrucha
Dei-lhe três tiros na buchas
Pros anjim não vir tapar.
É toco, é rabo, é cabeçada,
É bofetão, rabo de arraia
É cacete, é faca e garrucha,
É faca de ponta e navalha (bis)
Eu falei que eu tenho bala
Nos malandros eu dou de tala.
Nos cangotes a gente cala,
Quando quer se disparar
Tudo tem remédio e cura,
Mas eu acho, criatura,
Que a mulher que não se cura
É a mió há de sarar.
É toco, é rabo, é cabeçada,
É bofetão, rabo de arraia
É cacete, faca e garrucha
É faca de ponta e navalha (bis)
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