Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
[email protected]

Alvinho, o intérprete que cantava por absoluto prazer

Trago aqui para relembrarmos um cantor que não aceitava cantar por dinheiro, uma vez que não achava justo ser remunerado por uma coisa que fazia por absoluto prazer. Trata-se de ALVINHO, Álvaro de Miranda Ribeiro, cantor, violonista e compositor.

Anexo matéria publicada no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira:

Começou a carreira artística como integrante do Bando de Tangarás formado por ele, Almirante, Henrique Brito, Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha e Noel Rosa em 1929. Com o Bando de Tangarás apresentou-se entre outros locais na Rádio Educadora ao lado de Lamartine Babo. Enquanto componente do Bando de Tangarás nunca gravou como solista tendo atuado apenas como violonista nos 34 discos gravados pelo grupo.

Estreou em disco solo em 1930, na gravadora Odeon, como crooner da Orquestra Pan American interpretando os fox-trot “Charming”, de Stothart e “Red hot and blue rhythm”, de Swanstron, Davis e Coots com versões de Osvaldo Santiago. No mesmo ano, gravou “Canção”, de Henrique Brito, com acompanhamento de Eduardo Souto ao piano. Gravou também a cançoneta “Bangalô”, primeira composição de Orestes Barbosa, com música de Osvaldo Santiago; a valsa “Deixa-me sonhar”, de Clarke e H. Akst com versão de Osvaldo Santiago e as marchas “Ode à Revolução”, de Júlio Casado e Osvaldo Santiago e “Bico de lacre não vem mais”, de Osvaldo Santiago, as quatro com acompanhamento da Orquestra Copacabana. No ano seguinte, gravou os sambas “Promessa” e “Jogo de amor”, de Esmerino Cardoso e Ezequiel Costa Rodrigues; “Vamos ver”, de Esmerino Cardoso e “Todo mundo canta”, de Esmerino Cardoso e Nicola Bruni, com acompanhamento da Orquestra Copacabana.
Ainda em 1931, trasferiu-se para a Parlophon e gravou com acompanhamento da Orquestra Guanabara o samba “Sossego”, de João Ginaldo e a marcha “Uma andorinha não faz verão”, de João de Barro em sua primeira versão, já que essa marcha ganharia posteriormente uma nova letra de Lamartine Babo. No mesmo ano, gravou, também com o acompanhamento da Orquestra Guanabara, a marcha “Rosalina”, de Ary Barroso e o samba “Prosa de vadio”, de Glauco Viana. Gravou também no mesmo ano os fox-trote “Ouve o que diz meu coração”, de Sérgio Brito; “Canção azul”, de João de Barro e “Bem sabes porque é”, de sua autoria; a marcha “Não diz que não”, de Eduardo Souto e Valdo Abreu; o samba “Depois que eu te vi”, de Eduardo Souto e, em dueto com Almirante, o fox-blue “Você”, de sua autoria.

Para o carnaval de 1932, lançou as marchas-pernambucanas “Carnavá voltou” e “A canoa afundou”, de Nelson Ferreira com acompanhamento da Orquestra Guanabara. Em 1934, a Odeon relançou o samba “Sossego” e a marcha “Uma andorinha não faz verão”.

Ao todo, gravou 12 discos com 23 músicas nas gravadoras Odeon e Parlophon.

http://www.dicionariompb.com.br/alvinho/dados-artisticos

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador