As teorias do Golpe de Estado, por Motta Araujo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Por Motta Araujo

AS TEORIAS DO GOLPE DE ESTADO – O conceito de “”coup d´etat” nasceu com Napoleão Bonaparte. Seu golpe do 18 Brumário visando consolidar seu poder é considerado o primeiro da História moderna.  O conceito diferencia o golpe de Estado da Revolução, considerando esta um movimento histórico mais amplo, mais profundo e mais extenso.

O golpe de Estado é mais simples, mais rápido e menos conflitivo. O historiador romeno-americano Edward Luttwalk escreveu em 1968 um pequeno clássico do assunto, o MANUAL DO GOLPE DE ESTADO. Luttwalk estudou 300 golpes de Estado e dessa análise extraiu conclusões e montou como sátira um Manual. O pequeno livro foi traduzido em 18 linguas e trouxe fama a Luttwalk, hoje com 72 anos, que á esteve no Brasil para palestras.

Suas conclusões se parecem com o economista John Kenneth Galbraith que tambem estudou o tema.

A tese de Galbraith é mais redonda e clara. Um golpe de Estado para bem suceder necessita três premissas:

Primeira > O governo a ser deposto precisa estar sem capacidade de governar, basta um empurrão e a fruta cai do pé.

Segundo> O golpe necessita de um LÍDER real, que tenha capacidade de arregimentar e unir forças e seja por elas seguido.

Terceiro > O golpe necessita de apoio mesmo que temporário de uma MASSA crítica de seguidores, é preciso gente na rua.

É quase impossível, segundo Luttwalk e Galbraith, derrubar através de um golpe um governo sólido. O governo derrubado já está sem capacidade operacional mas se recusa a sair do palacio, é a presa clássica do golpe.

Nesta categoria apenas como exemplo, Goulart no Brasil, Lugo no Paraguai,  Zelaya em Honduras, foram empurrados fora do poder com pouca ou nenhuma resistência. O golpe não se confunde com um levante contra um governo estabelecido e sólido, como foi o caso do “alzamiento” dos generais Franco, Mola e Sanjurjo em julho de 1936 contra o governo da República Espanhola, nesse caso só uma sangrenta guerra civil definiu o conflito. Situação semelhante no Chile em 1973, o levante do General Pinochet exigiu uma luta que poderia ser classificada como uma guerra civil, na realidade o governo estabelecido só foi derrubado pelas armas.

Como historiador Luttwalk tem outra obra controvertida A GRANDE ESTRATÉGIA DO IMPÉRIO ROMANO DO PRIMEIRO AO TERCEIRO SÉCULO. Como teórico de estratégia foi consultor do Departamento da Defesa, do Conselho Nacional de Segurança, do Departamento de Estado, do Exercito dos EUA.

O valor da tese de Luttwalk é a reflexão de que não é a malignidade intrínseca de um governante que o faz alvo de um golpe, Stálin jamais sofreu uma tentativa de golpe de Estado mas sim a sinalização de fraqueza e de falta de domínio do Poder, o que torna a operação que leva ao golpe de baixo risco.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

33 Comentários

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  1. Nassif
    Aqui o golpe é

    Nassif

    Aqui o golpe é midiatico.

    Uma pantomima diaria…

    Se você sai para um paaseio pelo seu bairro e perguntar para 100 pessoas sobre o assunto, vão dizer que tu “tá maluco”.

  2. Golpe de Opereta!

    – Logo de cara a primeira premissa para o golpe não se realiza.

    Mesmo com a mídia comprometida prevendo o caos na economia com notícias insistentes de que o mundo vai acabar, não é isso o que o povo vivencia. Muita oportunidade de emprego, muita facilidade para estudar e muitas obras de infraestrutura gigantescas (escondidas pela midia), mas que o povo sabe que estão sendo feitas.

    Portanto não é um governo que se derruba com um peteleco.

    – O líder para realizar o golpe seria o candidato derrotado Aécio. Tá mais sujo que pau de galinheiro. Vai precisar de muita “engenharia” para esconder seus malfeitos.

    Quem poderia seguir este lider e seu fiel escudeiro, o pitbull com cara de dor de barriga, seriam os eleitores do sul maravilha que vão morrer à mingua sem água, por culpa do partido dos líderes golpista. Trocar o que vem dando certo pela catástrofe anunciada é coisa só para eleitor paulista.

    – A massa crítica nas ruas é tão caricata e desconectada com a realidade brasileira que provavelmente só provocariam comoção se estivessem na pátria deles. Os Estados Unidos…

  3. Bem, que que não sou lá muito

    Bem, que que não sou lá muito afeito aos textos do AA, reconheço que é uma boa análise.

    Se a Dilma tivesse conseguido emplacar o Trabuco, essa ideia (golpe) morreria no nascedouro.

  4. Não havia uma só pessoa nas ruas de Assunção

    Era tudo tão sórdido, tão feito na calada, dentro dos órgãos públicos que fervilhavam, alvoroço de troca de secretários, ninguém nas ruas, nem contra, nem a favor. Foi feito por meia dúzia de políticos, que valiam mais e eram mais que F. Lugo, porque Lugo não foi político, e não havia tampouco um líder, o que havia no Paraguai, naquele então, e seguramente deve ser o que continua a vigorar, é o ranço do atraso da governabilidade despossuída das mínima premissas da democracia, porque sabemos esta não se cumpre em sua totalidade, poque não temos o ideal da democracia em nenhum país da América Latina, mas alguns países, como Argentina e Brasil, têm concretizado ganhos mais significativos nesse sentido, o Paraguai está esquecido no tempo, não vi nenhuma massa de seguidores, de nenhum lado, eu vi meia dúzia de políticos, vi e os escutei no congresso, na câmara de senadores e deputados, conversei com um senhor políticos, guardei seu cartão de apresentação, ele pertencia também ao exército, e ali eles eram poucos, e mandaram por muitos, decretaram o que é a política feita para um único lado. Eu não vi nenhuma divisão no Paraguai, eu vi um pouco de políticos, que dentro dos estabelecimentos públicos que são sua área de trabalho, decidirem a continuidade do país numa mesma linha que nunca se divisou. Pareciam, ali no Congresso, falando e mastigando da comida pública, hienas trabalhando no escuro. *cobri o Golpe de Estado, em Assunção, em 2012.

  5. O texto corrobora minha opinião

    O governo Dilma é sólido e tem ampla base popular. O texto do post vai ao encontro da minha opinião:

    Se houver golpe, haverá guerra.

    E a maior probabilidade é que o tiro saia pela culatra para os golpistas que vão se arrepender amargamente se tentarem essa sandice.

    Um golpe (militar, judiciário, midiático, paraguaio, branco, preto, ou seja da forma que for) vai unir as forças progressistas e populares em torno do desejo de normalidade e continuidade democrática e em defesa (implicando no reconhecimento) das conquistas sociais e econômicas dos últimos 12 anos. Será um desastre para a direita que irá perder o inchaço (sim a direita não cresceu, INCHOU sem consistência alguma, tocada pelo ativismo midiático) e se reduzir ao seu verdadeiro (e minúsculo) tamanho.

    Não há condições para um golpe dar certo no Brasil, mas há condições para uma tentativa atabalhoada que será prejudicial principalmente para aqueles que forem loucos o suficiente para entrar nessa esparrela.

     

    1. Concordo Ruy. Na medida em

      Concordo Ruy. Na medida em que as abóboras forem se acomodando no sacolejo da Lava Jato, vai ser difícil ter o apoio de toda uma população àqueles que também foram delatados pelo Youssef. A turma de FHC já está ciente de que mais cedo ou mais tarde terão seus nomes envolvidos nas esparrelas da Petrobrás. A chance de um golpe encaixar no queixo da Dilma é se o partido tiver feito uma cagada homérica nas suas contas de campanha.

      1. Putz! Corrupção

        Putz! Corrupção institucionalizada agora se chama cagada homérica? Obrigado por esse acréscimo esdrúxulo ao meu pobre dicionário. Aff…. Aliás, quanto dessa cagada homérica foi parar no seu bolso? Nada? Sinal de que vc é mais um idiota útil que se acha progressista. Vai sonhando….

    2. Ruy, eu queria saber quem é

      Ruy, eu queria saber quem é que esses caras pretendem colocar na Presidência da República… Pelo que ando lendo do tal de ” Petrolão” não vai sobrar ninguém; se vão passar a lupa nas contas da campanha da Dilma, vamos ter que passar a lupa em todas as campanhas; se a ideia é derrubar a Presidenta e deixar o resto de boa na lagoa como fizeram no Mensalão, vai dar ruim…Temer tá fora e não vejo ninguém no Congresso que, eleito presidente, possa assumir a presidência ( lupa maos lupa mesm em todas as contas, Câmara e Senado )… Quem vai ser o presidente da República, até que se convoquem novas eleições, se for o caso? O presidente do STF? 

  6. Associação

    A foto de  John Kenneth Galbraith   rapidamente fez lembrar a de George Orwell que, através da ficção , mostrou as teorias do golpismo e conspiracionismo.

  7. “Terceiro > O golpe necessita

    “Terceiro > O golpe necessita de apoio mesmo que temporário de uma MASSA crítica de seguidores, é preciso gente na rua.”

    Seis mil pessoas em São Paulo, capital nacional da oposição, brigando entre si sobre se é impeachment ou intervenção militar ou separatismo.

    É muito pouco.

    “Segundo> O golpe necessita de um LÍDER real, que tenha capacidade de arregimentar e unir forças e seja por elas seguido.”

    Quem? Gilmar Mendes, Bolsonaro, Aécio Cunha, o Califa do Tucanistão? Fernando Henrique Cardoso?

    Lobão?

    Mayara Petruso?

    É, não tem.

    “Primeira > O governo a ser deposto precisa estar sem capacidade de governar, basta um empurrão e a fruta cai do pé.”

    Acho que só aqui no GGN tem gente que acredita nisso.

    E só acredita nisso por que acha que o Executivo pode coisas que, pela constituição, não pode. Tipo “defenestrar” um ministro do Supremo. Aí como o governo não defenestra o ministro, como o partido não demite os delegados da PF, como a presidente não tira o caso das mãos do juiz, como ninguém estatiza a Veja, como os processos judiciais não são decididos ontem, ficam achando que o governo é fraco…

  8. o golpe está sendo tentado

    o golpe está sendo tentado desde 2003 pelo conluio do tucanato,

    grande mídia golpista e alguns membros de instituições

    (vide gilmar e seus cúmplices,cachoeira, canetas e outros objetos contundentes, delegados antalógicos, gurgel,barbosão, etc).

    se houver, haverá reação popular,.

    li agora uma matéria do lider do mst stédile,

    em que ele levanta esta hipótese.

  9. O texto é muito bom.
    Mas acho

    O texto é muito bom.

    Mas acho que já passou da hora deste blog voltar ao normal e parar com essa história de “golpes, impeachment, terceiro turno” e coisas do tipo.

    Esse discurso só interessa aos derrotados. Munição para que acuem o governo.

     

  10. Novos métodos

    Uns foram com os militares, outros pelas mídias. Agora o golpe é através do judiciário, Zelaya foi destituído pelos juízes da suprema corte com argumentos pra lá de duvidoso. Lugo, por um julgamento cheio de furos e mentiras e com impressionante rapidez foi apeado do poder. Poderia ser diferente no Brasil ? Depois de um julgamento de excessão no AP 470 carregados de erros e ilações, condenando penalmente pessoas sem uma única prova cabal. Tempos novos, métodos novos.

    1. Neste ponto razão tem o Jô

      Neste ponto razão tem o Jô Soares. Jamanta não é fusquinha, Boeing não é teco-teco, o Brasil não é Honduras e não é Paraguai, assim como não é Venezuela nem Cuba.

      (Se bem que, não o Brasil, mas São Paulo anda precisando virar uma Cuba. Uma cuba cheia dágua, pra ver se ainda se evita que a irresponsabilidade do Califa do Tucanistão deságue (sim, sacanagem) numa catástrofe social.)

  11. Estamos distante destes parâmetros.

    Partindo da premissa que este post coloca, como necessário para que ocorra um golpe, capáz de desconstruir o que a maioria da população brasileira escolheu nas urnas democraticamente e sem nenhuma espécie de fraude, acho que não há efetivamente, nenhuma condição objetiva, de um temido golpe, ser pelo menos tentado, pelas nossa direitas e elites juntas e alimentadas por uma imprensa hostil e a medrontada, com a iminência de uma lei dos médios.

    Estamos numa situação economica, senão de calmaria, nas ações macro, porem navegando em águas calmas, na micro-economia, que é a coordenada principal, em uma nação ainda em processo de desenvolvimento, pois ainda carente de investimentos externos e de longo parazo, porem sem nenhuma ameaça de estrangulamento interno, ou de falta de comando, muito pelo contrário.

    Acabamos de passar por uma campanha eleitoral, em que as fôrças oposicionistas uniram-se em prol de uma volta ao neo-liberalismo, que nas atuais circunstancias, seria uma retrocesso anaceitável pela sociedade, e de vencer toda uam “guerra” decretada contra a situação e o atual governo, por uma mídia perversa e “vendida” às direitas.

    Temos reservas em moedas fortes, capazes de enfrentar quaisquer turbulencias, e crédito junto às agencias de fomento internacionais, alem de sermos considerados país-modêlo, no que concerne à adm. voltada ao social, e perfeitamente antenado nas propostas de erradicação da fome e da extrema pobreza, pregada pela ONU e pela FAO.

    Outro fato que nos tranquiliza, é a opinião das Fôrças Aramadas, que distante estão do interêsse em envolver-se em insurreições e retomadas do poder, numa democracia estabelecida e em relativa paz. Desta vêz, as “vivandeiras” não estão conseguindo “bolir” com os “granadeiros” militares, nem atiçando suas pretensões políticas, e assim sendo… Deus nos ouça, Motta Araujo !

  12. Certo, Mário.

    Concordo contigo, Mário.

    Mesmo sabendo que a mídia seja tão ou mais poderosa que muitos partidos, ela não conseguirá um “terceiro turno” e terá que ajustar-se aos novos tempos, se quiser subsistir.

    O povo escolheu, e a vóz do povo(a maioria) é a vóz de Deus.

  13. A estrategia tem sido o enfraquecimento dos estados nacionais

    O que parece que muitos não entenderam é que para alguns, digo uns muitos poderosos do hemisferio,  o grande capital e partes do governo americano, a estrategia tem sido o enfraquecimento dos estados nacionais. Em vez de tomado do poder. Vejam os casos do oriente medio, não é preciso tomar o poder. Transformando a nação em um  caos ja é suficiente. Assim o grande capital pode se movimentar a vontade. Não ha um poder governamente forte a altura para contra balançar com o poder do grande capital. Foi isto a primaveira arabe, foi isto na Ucrania e na Venezuela mas com sucesso apenas parcial. E é a estrategia que estão tentando no Brasil. A canditarua da Marina Silva esta bem, neste contesto. Uma lider fraca sem base de sustentação. Era o que queriam e continuam tentando mergular o pais no caos. Enfraqueceriam os Brics e o mercado de energia não teria um novo payer(pré-sal).

    1. Enfim uma abordagem

      Enfim uma abordagem enfatizando o contexto em que se inserem todas essas batalhas, já ocorridas e em curso na nossa terra. É o mesmo filme, o mesmo roteiro de outros confrontos recentes mundo afora, sem (ainda) o componente sangrento de outras plagas. Desde as “benditas” manifestações de junho/13 até as atuais armações do terceiro turno, tudo tem o mesmo objetivo: a troca de regime, a subjugação do estado brasileiro ao figurino unipolar, tão bem explicitado no programa de governo da Marina, em seu capítulo de política externa. Somos o B dos BRICS. Estamos no meio do furacão, dessa briga global de cachorros grandes. 

  14. Há outra modalidade de golpe,

    Há outra modalidade de golpe, tão clássica quanto: o golpe interno ao próprio governo, que passa a reinar e não governar. Um governante eleito que não governa, em suma.

  15. Devo lembrar

    Devo lembrar que em Junho do ano passado houve uma tentativa de golpe, travestida de “protestos”.

    Ali a estratégia foi claramente engendrada de fora, basta ver o apoio de celebridades americanas ao “#changebrazil”, o quanto imprensa foi categórica na cobertura das manifestações.

    Ali estava claro que estava ocorrendo uma “colour revolution” com vistas a melar o mandato da Dilma. Afirmo isso porque os elementos formadores e mantenedores dos “protestos” eram pra lá de esquisitos. Eu acredito em 2 versões dos desdobramentos desse golpe disfarçado:

    – Não ocorreu o esperado, que era a derrubada de Dilma, seja lá qual fosse o método a ser usado;

    – Ocorreu o esperado, que era manchar o mandato de Dilma. Os protestos sempre tiveram um ar de apartidário, mas era de se esperar que a opinião pública se manifestasse contra o governo federal. Assim, o resultado foi favorável no sentido da propaganda negativa feita.

    Ao que tudo indica, o plano de golpes da CIA para a América Latina sustenta-se em 3 pilares:

    – Golpes brancos, com ares de legítimos e, de preferência, com o envolvimento do Judiciário (como o do Paraguai);

    – Manipulação da opinião pública através da imprensa;

    – Fomento de manifestações e color “revolutions” com fins de derrubada de poder.

    Só lembrando aos demais que a embaixadora americana no Brasil é a mesma que esteve no Paraguai quando da deposição de Lugo…

  16. Senhoras e senhores,

    Senhoras e senhores, passageiros, passaremos por uma leve turbulência até o dia 1o. de janeiro,, quando nossa presidenta reeleita será empossada. Nessa altura, FHC estará em Paris, gozando das férias depois de uma exaustiva conspiração frustrada.O resto vai virar lenda ubana…

  17. Para o golpe sair não é

    Para o golpe sair não é necessário apenas um governo sem capacidade de governar, aos golpistas também deve faltar a prospectiva de retornar ao poder através dos meios legais, o golpe não e apenas contra o governo mas contra a democracia (se uma democracia) e suas instituições. Cabe lembrar que os golpistas de 64 se aliaram um pais estrangeiro, pedindo inclusive apoio militar que seria usado contra os brasileiros que tentassem defender a democracia pelo enfrentamento direto. Os golpistas podiam falar em democracia e realizar novas eleições, mas sem a prospectiva de ganhar as eleições no jogo limpo tiveram que apelar para os AI – atos inconstitucionais.

  18. Só para completar o

    Só para completar o esclarecedor post do (não petista) AA, faço uma rápida comparação entre o governo Collor, que foi impeachado, e o governo Dilma que supostamente querem impeachar.

    -Collor era o primeiro presidente eleito diretamente depois da ditadura. Agora com o segundo governo Dilma, lá se vão 12 eleições seguidas.

    -Collor era de um partido insignificante, o PRN. Dilma é do partido, apesar de todos os desgastes, que é um dos maiores de centro-esquerda do ocidente. Tem a maior militância, é enraizado no sindicalismo, e apesar do afastamento com os movimentos sociais, tem capacidade de diálogo com estes. Além de ser o que tem a maior simpatia do eleitorado. Em torno de 20% se declaram simpatizante (PSDB tem acho que 5%).

    – Collor tentou acabar com a hiperinflação e falhou. Nesse interim, confiscou a poupança, o que deixou quase todo o Brasil “fulo” da vida. Hoje, a inflação apesar de uns rompantes, está na meta. Dilma não fez nada parecido com confisco. Pelo contrário, aumenta a renda continuamente, e o desemprego cai. Com Collor havia recessão.

    – O padrinho político do Collor foi o Roberto Marinho, que só o escolheu porque não tinha opção melhor. Covas não conseguiria derrotar o “monstro Brizula”. Mas logo que viu a rouubada, o “Dr. Roberto” abandonou seu afilhado a Deus dará. O padrinho da Dilma é Lula, que dispensa apresentações. Inclusive com projeção internacional.

    – Na época do Collor, a mídia, mais especificamente a Globo, elegia e derrubava presidente. Hoje, cria crises, mas não term mais esse poder. Os filhos do Roberto Marinho não são chamados na hora de tomar decisões importantes.

    – E last but not least, o brasileiro não gosta de soluções radicais, a não ser quando a crise econômca é muito grave ou então acredita em riscos tipo “invasão comunista”. Vai-se longe a guerra fria, e o tal bolivarianismo não é tema do cidadão comum, muito menos do povão.

    1. Ih esqueci uma das coisas

      Ih esqueci uma das coisas mais importantes. A pessoa Collor e a pessoa Dilma. Collor tinha gostos extravagantes, um passado de vida desregrada, e conhecida afeição por luxo e ostentação. Dilma é uma senhora careta, discreta e inatacável do ponto de vista da vida pessoal. Não consigo ver duas personalidades mais distintas

  19. Essas teses já estão

    Essas teses já estão totalmente ultrapassadas.  Tem mais de cinquenta anos, no tempo em que havia amplo controle dos meios de comunicão. Dos tempos em que as imagens, que falam por mil palavras, não chegavam instantaneamente à todas as pessoas.

    A premissa do lider  do golpe é ultrapassada. Quem era o líder do recém acontecido golpe de Estado na Ucrânia ? Absolutamente ninguém em especial. Era um conjunto de forças que vai desde uma ex-primeiro ministra presa até um bando de jovens doutrinados para o facismo. Quem era o líder no golpe a Collor de Mello ? Itamar Franco ? Me poupe. E no caso, de novo os jevencitos na rua pintados de pallhaços a servir de meros legalizadores do golpe “popular”.  “Anjos Rebeldes” estampava a Veja na sua Capa. KKKKKK

    Colocar o povo na rua para servir a determinado interesse é facinho. Taí o México. O golpe contra Pena Neto tava demorando e alguém resolveu sacrificar 43 estudantes para acabar com a “morosidade” popular.

    A única coisa que sobra é o governo enfraquecido, esse não tem jeito, é premissa básica mesmo. Mas enfraquecer governos hoje em dia não está tãocomplicado assim, já que não há sequer um governo nas ditas democracias que não tenha seu rabo preso a interesses que o enfraquecem quando bem entender.

    E sobretudo, o infeliz autor parece desdenhar os interesses externos. Que me diz ele da atuação do Secretário de Estado americano na Ucrânia ? 

    Quero ver é dar o golpe no Bashar Al-Assad, isso é que eu quero ver. KKKKKK 

     

     

    1. Não houve NENHUM golpe de

      Não houve NENHUM golpe de Estado contra Collor de Mello. Impeachment constitucional com todos os tramites e protocolos obedecidos ISSO NÃO É GOLPE DE ESTADO, o impeachment foi votado no Congresso com apoio do PT e das

      esquerdas. O impeachment de Collor ETSVA LEGALMENTE PREVISTO na Constituição de 88.

      Da mesma forma, não houve nenhum golpe de Estado na deposição do Presidente Richard Nixon.

      É incrivel como as pessoas confundem conceitos e contextos.

    2. Senhor Alex Sotto,
       
      A função

      Senhor Alex Sotto,

       

      A função principal da internet é a desinformação. Você só assiste instantaneamente ao que é de interesse dos provedores. Enquanto idiotizado pelas imagens chocantes  de perseguições e primaveras de araque o consumidor entope a cesta de compras com os produtos dos “nossos patrocinadores.” exatamente com faziam os consumidores a cinquenta anos atrás. Desinformação é um dos negócios mais rentáveis da economia.

      PS: Pelo meu fuso horário  restam  06 Horas para terminar as promoções da BLACK FRIDAY – Aproveite………..

  20. Não a toa os mais

    Não a toa os mais desembestados saiem por ai clamando pela intervenção militar, é uma forma de reconhercer a própria fragilidade, já inexistem os requisitos necessários para o Golpe…Só que os milicos até agora não deram a menor bola…De qualquer forma, como dizem as tizinhas evangélicas:

    – Vigiai irmãos! Vigiai!

    Não há golpistas em baixo da cama! Não é paranoia…Não mesmo, eles estão na sala de estar. 

  21. Das ilações que pululam sobre

    Das ilações que pululam sobre golpe de estado e retorno à ditadura militar este artigo do senhor Motta Araújo é o mais equilibrado e esclarecedor, por conta das fontes citadas. Convém lembrar que o PT foi reeleito obedecendo aos rituais do estado democrático de direito mas o país não está à salvo de uma crise institucional porque o partido optou por um aliancismo sem critérios o que o torna refém de algumas agremiações para as quais ser aliado do governo significa obter ministérios. A lassidão do governo federal que assiste apalermado à desordem gerada pelos vazamentos seletivos na OPERAÇÃO LAVA JATO patrocinados  pelo Ministério Público do Paraná e pela PF e que redundarão na não puniçao das  empreiteiras e de seus baronetes são preocupantes. O PT para garantir a governabilidade aliou-se a partidos que são oposição de fato ao governo. A gerontocracia dirigente do partido durante anos considerou o PSOL inimigo mas no segundo turno das eleições ele foi o único a dizer sem metáforas o que significaria a volta do PSDB. Alguns comentadores, astrólogos envergonhados e interpretes dos sentimentos do eleitor,  garantem que o povo sairia às ruas caso ocorresse um putsch o que não desobriga o governo a tomar atitudes firmes como exigir do Ministro da Justiça que se pronuncie sobre a bagunça que tomou conta da OPERAÇÂO LAVA JATO uma das maiores rapinagens promovidas pelos empreiteiros aos cofres públicos e que aparece na mídia como obra exclusiva dos partidos e de seus politicos.

     

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