Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Bangalô de verdade e Bangalô de Chocolate

JNS e Luciano Hortencio

Em um comentário ao post A SOPRANO VERA JANACOPULOS, Dom JNS, sempre irreverente e sagaz, apresentou excelentes fotos de jardineiras e trepadeiras, não necessariamente na mesma ordem. Suas inserções fizeram com que eu me lembrasse de um dos vídeos mais antigos que editei. Fi-lo (porque qui-lo) em homenagem à minha mãe, que adorava trautear a  cançoneta de Orestes Barbosa e Oswaldo Santiago, BANGALÔ, interpretada por Álvaro Miranda Ribeiro (ALVINHO), do Bando de Tangarás. A gravação é de 1930.

https://www.youtube.com/watch?v=i5jNzFRpQy0]

Por uma associação de idéias terminei lembrando de outro “bangalô”. dessa vez não um comum, porém um cor de chocolate, com grades na frente, um luluzinho (grrrrrrrrrrr) que late, peixinhos nadando num lago azul e até um papagaio falando numa gaiola dourada.

Esse conto de fadas é exatamente o samba-choro BANGALÔ DE CHOCOLATE de Macedo Guedes e Miranda Alves, interpretado por NEYDE FRAGA em 1952 e 1957. Traremos as duas interpretações, a primeira acompanhada somente de regional e a de 1957, com o luxuoso acompanhamento de Luiz Arruda Paz e sua Orquestra.

https://www.youtube.com/watch?v=Usp9ddoxHKw

[video:https://www.youtube.com/watch?v=7OQ4euRS_6c

Esse post é dedicado por JNS e por mim, à avõ do nosso amigo Jejê!

 

 

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

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  1. Marietta

     

    A Rainha das Fadas e a Baderna no Brasil

    A sílfide etérea deflagrou uma febre dançante no Rio oitocentista

    Por que razão alguns obstinavam-se em manter fora dos palcos os nossos fados, lunduns e bahianos, que são danças brasileiras; por que razão estas danças são rotuladas como indecentes e imorais?

    Homero Fonseca.

    [Marietta+Baderna,+allieva+de'+sig'ri+conjugi+Blasis,+professori+di+perfezionamento+all'+I.+R.+Accademia+di+ballo+in+Milano.+Prima+danzatrice+all'+I.+R.+Teatro+alla+Scala,+la+primavera+del+1846,+alcuni.jpg]

    A história da bailarina italiana que revolucionou a cena artística carioca no Segundo Reinado, desafiou o moralismo de uma sociedade conservadora e acabou entrando para o dicionário

    “A palavra baderna veio de uma bailarina muito vivaz que emigrou do Piemonte e de Milão (Itália) para o Rio, em meados do século dezenove, tendo aprontado muitas na capital do Império e no Recife. Deixou, no vocabulário da imprensa, mas talvez sobretudo da polícia, uma marca indelével.” – Homero Fonseca

    Está no Houaiss: “baderna – situação em que reina a desordem; confusão, bagunça”. O dicionário localiza a origem da palavra no antropônimo Marietta Baderna, dançarina italiana que esteve no Rio, “causando certo frisson”. Durante a ditadura militar, esta palavrinha foi estigmatizada, com seu derivado “baderneiro” servindo para qualificar oposicionistas, líderes estudantis e militantes sindicais.

    Otto Lara Resende perguntara, pelo Globo, em 1987, o que diabos a moça teria feito para figurar nos dicionários com tal acepção. Moacir Werneck de Castro respondera, dias depois, pelo Jornal do Brasil, inventando uma biografia mirabolante da dançarina italiana. O escritor Silvério Corvisieri, seu compatriota, resolveu pesquisar a sério, publicando Maria Baderna – A Bailarina de Dois Mundos, livro do qual emerge uma personagem fascinante e um exemplo do que o tempo e as circunstâncias fazem com uma palavra.

    Marietta Baderna nasceu em Castelo San Giovanni, no Piemonte, em 1828. Seu pai, o médico Antonio Baderna, era um liberal ligado aos ideais de Giuseppe Mazzini, revolucionário que lutava contra a ocupação austríaca do norte da Itália. Aos 12 anos, revelando talento para a dança clássica, Marietta foi levada pelo pai para Milão, onde ingressou no curso do professor Carlo Blasis. A partir daí, sua carreira foi vertiginosa. Estreou no Scala em 1843, com sucesso de crítica e público, tornando-se, quase menina, a primeira bailarina deste teatro lírico. Apresentou-se em Londres e Trieste, arrancando aplausos das platéias e suspiros apaixonados. Inteligente, culta, impetuosa, entrou com gosto na roda viva do meio artístico, como conta Corvisieri:

    – “Vivia dias de intensa paixão, dividindo-se entre o engajamento político, o teatro e um bando de cortejadores”.

    Vieram as revoltas de 1848, a derrota dos nacionalistas e o recrudescimento da repressão austríaca. Perseguidos, Marietta e o pai abandonaram o país natal, embarcando, com 55 artistas de uma companhia de canto e outra de dança, rumo ao Brasil.

    No Rio, a companhia italiana apresentou-se no Teatro Imperial de São Pedro d’Alcântara. Marietta estreou com o balé Il ballo delle Fate (O Balé das Fadas), do coreógrafo Giuseppe Villa, na noite de 29 de setembro de 1849. Fez furor. O jornal Correio Mercantil classificou-a como “A Rainha das Fadas”. Em poucos meses, Marietta tornou-se uma espécie de divindade pagã, musa da juventude romântica, admirada pelos intelectuais e desejada pelos aristocratas.

    O Correio Mercantil registrou: “daquele momento em diante, ‘baderna ‘significaria dança elegante; badernar, dançar elegantemente; badernador, apaixonado profissional de dança baderna; badernistas, amantes sensatos; baderneiros, amantes fanáticos”. O sucesso repercutia nos jornais especializados da Itália e da Europa. Inúmeros artigos de Gonçalves Dias, José de Alencar e José Maria Paranhos (futuro Barão do Rio Branco), elogiavam a “sílfide etérea” que deflagrou uma “febre dançante” no Rio oitocentista.

    Em janeiro de 1850, quando estreava o balé La Discepola del ’Amore, estourou uma epidemia de febre amarela no Rio e, durante quatro meses, os espetáculos foram suspensos. Seu pai caiu doente e morreu. Ela contraiu a doença, ficou entre a vida e a morte, e sobreviveu. Nada menos de 80% dos artistas que vieram com ela da Itália sucumbiram. As mortes no Rio, que tinha 240 mil habitantes, chegaram a 16 mil. A partir daí, sua vida daria uma guinada: ficou mais ligada ao namorado, o bailarino francês Jean Tupinet, com quem passou a morar – um escândalo para a sociedade da época. Sua amiga, a soprano Augusta Candiani, largou o marido e foi viver com outro – mais um escândalo. A fama das artistas italianas tornava-se cada vez mais negativa. Ainda por cima, Marietta era devota aplicada do absinto e, cúmulo dos cúmulos, freqüentava, na companhia de jovens intelectuais pálidos e barbudos, as praias e a Praça da Carioca, onde negros e mestiços se exibiam em danças consideradas lascivas e imorais.

    Paralelamente, estouram escândalos de corrupção na administração do Teatro São Pedro d’Âlcantara, provocando a criação de uma CPI no Congresso, a demissão do diretor Manuel Araújo, briga com e entre artistas, disputas dos “partidos”, repercussão na imprensa, culminando com o fechamento temporário do teatro. Ela decidiu fazer uma temporada no Recife, onde havia sido inaugurado “um esplêndido teatro lírico”, para onde Augusta Candiani e o maestro Giannini já tinham ido.

    Marietta chegou ao Recife em princípios de 1851 e apresentou-se no Teatro de Santa Isabel. Repetiram-se as cenas de Milão, Trieste, Londres, Rio: aplausos, flores, poemas de admiradores. Então, um desses admiradores publicou um “a pedido” no Diário de Pernambuco (28 de janeiro), elogiando a sedutora exibição da bailarina italiana no pas-des-deux do Lago delle Fate e perguntando, provocadoramente, por que razão alguns obstinavam-se em manter fora dos palcos “os nossos fados, lunduns e bahianos, que são danças brasileiras”; “por que razão estas danças são rotuladas como indecentes e imorais”? (…) “Qual o passo, qual o bamboleio, o rebolado do lascivo lundum que poderia ser comparado aos trechos em que a delicada Baderna, leve como uma sílfide, abre as pernas como se desejasse se dividir em duas”?

    Fiel ao seu temperamento, Marietta aceitou o desafio. No mês seguinte (fevereiro), apresentou no palco do Santa Isabel o espetáculo Lundum d’Amarroa. O público se dividiu violentamente: na platéia, os estudantes de Direito aplaudiam e, nos camarotes, a elite açucareira vaiava. Em maio, ela repetiu a dose com o balé Negri, de título inequívoco. Novas confusões na platéia. A palavra baderna começava a ganhar um novo significado. Nos jornais, entretanto, multiplicavam-se as poesias de fãs ardorosos.

     Lundum – gravura de Johann Moritz Rugendas (1835)

    De volta ao Rio, Marietta torna a ocupar o centro das atenções. Novas companhias italianas e francesas aportaram no Rio e logo os costumes desinibidos dos artistas provocaram a reação irada dos conservadores. Seu porta-voz, o Jornal do Commercio desencandeou uma violenta campanha moralizadora, denunciando “a indecência das danças”, identificando a arte como “uma escola de prostituição”. Marietta é citada nominalmente como “vivendo uma vida desregrada”.

    Novamente no Rio, sua carreira começa a oscilar. Cada vez mais fica sem contrato, até desaparecer completamente da cena teatral da cidade. Durante algum tempo, seus admiradores provocaram tumulto nos teatros, exigindo sua presença. E o termo baderna ganhou definitivamente, ao que parece, sua concepção moderna. Ela ainda tentaria uma minitemporada malsucedida em Bordeaux, na França, na qual, ao que consta, deixou de comparecer a uma sessão, tendo o público atribuído a ausência ao álcool. O fiasco repercutiu na imprensa italiana, que lamentou o fato de ter abandonado uma brilhante carreira para transferir-se para o Brasil, “o túmulo de seu talento”. Depois disso, nunca mais se falou em Marietta Baderna. A “graciosa sílfide que sempre aplaudimos” (José de Alencar) saiu de cena e entrou para os dicionários.

    O último registro sobre ela parece ter sido colhido por Rejane Bonomi Schifino, que em recente dissertação de mestrado na Unicamp, afirma ter se tornado professora de dança nas escolas femininas do Rio em 1870, vivendo em precárias condições financeiras. Além das teses acadêmicas, a memória dessa extraordinária bailarina está registrada num curta-metragem dirigido por André Francioli, em 2004, e, recentemente, na homenagem de sua cidade natal, Castel San Giovanni, que lançou em março passado um concurso de poesia com o seu nome.

    Franca Anna Maria Mathea Baderna, Marietta Baderna, de André Francioli, no vídeo a partir dos 07:20.

    [video:http://youtu.be/cNqIjWjriYE width:600 height:450]

    Informações extraídas por Homero Fonseca do livro de Silverio Corvisieri, traduzido por Eliana Aguiar.

    Imagens da Internet.

  2. Sexo na Escola

     

    O peludinho ‘Neném de Mamãe’, a TPM e o período fértil

     

    A professora de Ciências convocou todas as mães de alunos para uma reunião na escola do Jejê.

    Elas foram informadas que os seus filhotes iríam receber ensinamentos sobre os fenômenos da fecundação humana.

    A professora disse que os seus aluninhos iriam estudar algumas questões relacionadas ao desenvolvimento sexual do ser humano, incluindo noções sobre os métodos para evitar a gravidez indesejável e os riscos de doenças venéreas.

    A professora enfatizou que as mães não deveriam ficar surpresas quando, nos cadernos escolares, começassem a aparecer as matérias relacionadas ao tema e se preparassem para eventuais perguntas sobre a gravidez, por exemplo.

    Uma das mães não gostou daquela notícia e bufou:

    – Nossa! Já vai ensinar isto pros meninos?

    A valente professorinha respondeu sem rodeios:

    – Vou ensinar como evitar a gravidez precoce e alertar as crianças para o assédio sexual, bem como prevenir contra a pedofilia e os estupros que vocês estão cansadas de saber através das notícias da televisão.

    E continua a falar sem dar atenção demasiada pra mãe que fez a reclamação:

    – Mães, vocês não tem noção do que os seus filhos me perguntam. Surge cada pergunta, que me deixa toda sem jeito, mas eu sou a professora e tenho que responder… claro. Têm uns aqui – piscando e acenando pro lado da mãe do Jejê – com tanta liberdade, que me deixam muito feliz ao alcançar este nível de intimidade, porque é muito difícil, para um garoto novinho, fazer determinadas perguntas, como fez o Jejê: – “Ô tia é normal um menino de nove anos ter pelos no pênis e debaixo do braço?”. Quando eu perguntei o motivo daquela pergunta, ele me chamou para mostrar os pelinhos sob o braço e eu falei que isso depende dos hormônios – do DNA – dos pais e que é normal sim.

    A professora revelou que o Jejê está muito entusiasmado com as aulas de Ciências e “está doido” prá chegar à página 121, onde tem um nu feminino.

    – Ô tia, ô tia, quando é que a senhora vai chegar à página 121, prá gente estudar?

    – Calma meninos, ainda estamos na página 58… a gente vai chegar lá.

     

    Algumas semanas mais tarde

     

    – Agora, mamãe, eu sei por que você fica nervosa.

    – Por quê Jejê?

    – Porque você está com TPM.

    – Como é que você sabe.

    – Nós já estamos naquela página 121.

     

    Passados mais alguns dias

     

    – Mamanhêêê!

    – Ôôôôi! O que foi Neném de Mamãe?”

    – Você está no seu período fértil?

    – O quê? Quem te falou isso?

    – Nós estamos estudando sobre sexo…

    – Que bom Jejê!

  3. “(…)apresentou excelentes

    “(…)apresentou excelentes fotos de jardineiras e trepadeiras, não necessariamente na mesma ordem(…)

    Rsrsrsrsrsrsrsrs cuidado com esse “trocadalho do carilho”!

  4. Êita dupla dukct!

    Não dá pra não ver e não ouvir!

     

    PS: Falando em ver, sinto (sentimos, acho) falta dos posts visuais do(a) Vaas, Cadê ele(a), Nassif?

  5. Ainda que mal

    Ainda que mal pergunte,
    ainda que mal respondas;
    ainda que mal te entenda,
    ainda que mal repitas;
    ainda que mal insista,
    ainda que mal desculpes;
    ainda que mal me exprima,
    ainda que mal me julgues;
    ainda que mal me mostre,
    ainda que mal me vejas;
    ainda que mal te encare,
    ainda que mal te furtes;
    ainda que mal te siga,
    ainda que mal te voltes;
    ainda que mal te ame,
    ainda que mal o saibas;
    ainda que mal te agarre,
    ainda que mal te mates;
    ainda assim te pergunto
    e me queimando em teu seio,
    me salvo e me dano: amor.

    Carlos Drummond de Andrade

    Rock A Bye Billy Goat por FredDavis

    Bode expiatório é aquele que fica expiando as cabras mudar de roupa.

    1. Ao Jejê!

      Ainda que mal pergunte:

      Você sabe o que é fuio?

      – Fuio é um buiaco na paiede!

      Você sabe o que é taba?

      – Taba é a mãe dos tabitinhos!

      Está ficando muito saberete. Aí vai a pergunta final:

      Você sabe o que é xéu?

       – Oia pa xima que xê xabe…

      FUI!

      Vá ser besta assim pra lá da baixa da égua, três legua e meia!!!

      – Num dá três légua naum. Dá só palm e méi… 

  6. VERÍSSIMO

     

    Precisava?

    A volta do ioiô e do bambolê, tudo bem. Mas precisava voltar a Guerra Fria? Tantas outras coisas poderiam voltar em vez do equilíbrio do terror entre potências nucleares…

    Aquelas balas de coco que colavam no céu da boca, por exemplo. Baleiros nos cinemas. Filmes de caubói. Programas de auditório. “O Vigilante Rodoviário”. Os “Patrulheiros Toddy”!

    Mas não, o que volta é a Guerra Fria. Pela Ucrânia, gente. (Dizem que nos Estados Unidos já tem gente tirando as bicicletas quebradas, os long plays e o resto da tralha acumulada dos abrigos antiaéreos, para o caso de o Putin atacar).

    OGLOBO

    1. Eu fui um Patrulheiro TODDY!

       

       

       

      Com estrela douradinha e tudo, que fui buscar numa firma que ficava no fim duma escadona que a gente chegava lá e trocava num sei quantos rótulos de toddy tudo amassadim por uma estrela amarelinha e novinha em fôia:

       

      Nós somos patrulheiros Toddy

      A lei ousamos defender

      Protegemos nossa terra nossa genteeeee

      Vaidosos e contentesssssssssssss!!!

       

      Vendedor de chegadim

       

      Sou do tempo do chegadim, chegadim assim, que era vendido na rua por um rapaz que o anunciava tocando um triângulo e a gente conhecia de longe; Sou do tempo do puxa-puxa, onde uma negra já bem velha, com o vestido alvo como uma núvem, vendia os pedacim de puxa puxa e o resto que ficava ela ficava puxando e repuxando ad infinitum; sou do tempo da rapadura grande e alva, “e de coco e castanha”; Sou do tempo das mariolas, que eram pequenos doces de goiaba cascão enrolados na palha da bananeira; Sou do tempo do colar de coco de macaúba, que a gente comprava no mercado e ia comendo um a um, até ficar só o cordão véi no pescoço; Sou dos tempos dos guizados, que toda a meninada fazia dentro de panelinhas de barro compradas no mercado e aprendia a coiznhar sem nem sentir; Sou do tempo do refresco de pega pinto, que era uma bebida dos deuses, feito com um matim chamado pega-pinto, que dá uma florzinha roxa pequenininha e uma sementinha que gruda nas pernas da gente; Sou do tempo das obras das vocações sacerdotais, que a querida Tia Teresa, minha tia avó, inscrevia a gente pra colaborar sem que a gente nem autorizasse e ficava cobrando os tustoezim da gente todo fim de mês; sou do tempo de brincadeira de médico e de fazer moralidade; Sou do tempo em que a chegada da puberdade era um inferno e os irmão da gente ficavam prestando atenção na piroca da gente pra ver se estava já empenduando e ainda saima pra contar pros zôto; Sou do tempo em que era normal uma criança recitar e cantar, tendo eu ódio quando chegava uma visita e lá se tinha eu de recitar: Lá vem o pato, pataqui patacolá; Lá vem o pato, para ver o que qui há. É aquela mesmo que o Vinicíus musicou. O diabo é que eu tinha os pés de pato e ficava puto da vida por ter que recitar uma coisa que me arrombvava até o talo.

      Dom JNS e Jejê:

      Sou do tempo em que a maldade num havia nem nascido, como bem o disse nosso Chico Buarque!

      (Desculpem: Escrevi com o coração. A mão só fez obedecer)

      Ah! Tinha aum versinho que todo menino sabia de cor: Vou mudar só uma letrinha pru mode a censura:

      Por aqui não vem ninguém

      Por ali também num vem

      Por ali só vem o trem

      Mas no trem não vem ninguém

      Toco aqui minha corneta

      Nem devo nada a ninguém,

      F U I !

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