Carlos Lyra, um dos artífices da Bossa Nova

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Por JNS

Carlos Lyra, um dos artífices da Bossa Nova

” …o João Gilberto vem do interior da Bahia e faz música para o povão” – Odair José

De acordo com Tom Jobim, o ritmo e ginga de Lyra são ímpares e as suas melodias fornecem um apanhado da cultura brasileira, com informações de todas os cantos do Brasil.

Carlos Lyra

Lyra é um dos criadores da Bossa Nova, prestes a comemorar 60 anos carreira, continua ativo, compondo e se apresentando pelo mundo.

Carlos Lyra entrevistado por Luiz Roberto Oliveira

CL – Várias vezes o Tom chegava para mim e dizia: “Pô, Carlinhos, você já viu o preço do arroz como é que está !?”
LR – Ele dizia isso?
CL – Dizia e ganhava bem. Eu vi o cheque que ele ganhou só pela “Garota de Ipanema”, numa editora em Nova York onde eu também tinha contrato. Era de cem mil dólares.
LR – E quando foi isso ?
CL – Foi em 1964.
LR – Esse devia ser apenas um cheque entre muitos outros.
CL – Ganhou, mas ele estava sempre com a preocupação da segurança, e dizia assim: “Não, porque eu tenho várias famílias e pensam que eu estou rico…”

Carlos Lyra se declarou de classe média alta e, prontamente, recebeu uma voadora aplicada pelo cantor e compositor Odair José:

– “Deixa de ser babaca. Quem é de classe média alta e chique não precisa falar essas coisas. Mesmo porque todos os cantores da bossa nova são uma cópia do João Gilberto. E o João Gilberto vem do interior da Bahia e faz música para o povão.” – Revista IstoÉ Gente!, edição 342

Fonte:   [ http://www.instrumentalsescbrasil.org.br/artistas/carlos-lyra ]

             [ http://www.jobim.com.br/clyra/lyra.frame.html ]

             [ http://pt.wikiquote.org/wiki/Carlos_Lyra ]

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

20 Comentários

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    1. Mestre Ura

       

      Bora curtir um cara que, infelizmente, não está no Paraíso.

      [video:https://youtu.be/EfNWAboguJQ width:600 height:450]

      Quando o purificado Negão partiu, as portas do céu estavam todas abertas pra ele, pois sabiam que o Monstrinho do Jazz daria um toque de qualidade e movimentaria aquela pasmaceira insuportável.

      No entanto, para espanto geral, o sacana foi, com tamanha velocidade, que ultrapasou o limite superior da cúpula celestial estabelecida pelo Divino.

      Hoje, quem quiser achar o São Armstrong, deve pesquisar, como faz o Mano Hortencio, acima do Éden.

      Incapaz de ajudar ao meu ídolo Satchmo – apelidado pelo seu sorriso largado -, afogarei as minhas mágoas no bordel mais próximo.

      Fui!

  1. Nós não precisamos olharmos

    Nós não precisamos olharmos para a vida pessoal ou opiniões pessoais dos gênios, simplesmente os compositores criaram um estilo de tocar e cantar que mudou a cara do Brasil que é a bossa nova, e, hoje, cantores como Odair José, são o que são por alcançarem o seu público. O público de João Gilberto não é o mesmo do Odair José, mas quem escuta João canta Lyra, Jobim, Vinicius, Boscoli, Walter Santos, Vandré, Buarque, Djavan, Ivan Lins, João Bosco, Gil, Caetano, Baden Powell, Vera Brasil, Johnny Alf, Menescal, Bonfá, Deodato, Donato, Luiz Henrique, Luiz Eça, Dori Caymmi, Oscar C. Neves, Rita Lee, Kledir, Geraldo Azedo, Dominguinhos, Vanda Sá,  Alceu Valença, Rosinha de Valença, Dick Farney, Lucio Alves, Sérgio Bittencourt, Taiguara, e outros e outros feras desse quilates.

  2. Quem sabe de mim, sou eu…

    Eh, diziam que o Tom era muquirana. Todo o contrario do Vinicus, que bebia tudo 🙂 Em todo caso, cada um sabe de si e de suas dividas. E o Odair José mandou uma… Certo que muitos copiaram o estilo Bossa de João Gilberto, mas esse estilo de batida, ja circulava pelas rodas do Rio, antes de ser batizada de Bossa Nova e do antologico disco Chega de Saudade. Todos tem seu mérito. E Carlos Lyra contribuiu com uma boa parcela para a beleza da MPB.

    Musicas de Carlos Lyra interpretas pelo divino Zimbo Trio e crianças. Vai a primeira de três levas dessa apresentação.

    [video:https://youtu.be/h7SsM_TZ2MA%5D

     

  3. Louis Armstrong

     

    O Eterno Rei do Jazz

    (Gilbert Millstein*) 

    Seus fãs têm chegado a arriscar a vida para ouvi-lo tocar

    “Uma pessoas não tem necessidade de fazer o mal, se não quiser” – disse o pistoleiro Louis

    Louis Armstrong (Satchmo) é conhecido e querido em toda a parte do mundo. Quando toca o seu famoso trompete, o público fica delirante de prazer e pede mais e mais, como se pudesse ficar a ouvi-lo para sempre.

    Quando tocou em Londres no Royal Albert Hall, em 1956, a Orquestra Filarmônica Real, que devia executar o último número do programa, não pôde tocar durante quarenta minutos porque o auditório se recusava a deixar Satchmo sair. Na Costa do Ouro, (Ghana), no mesmo ano, tocou para 25.000 africanos, mas o chefe de polícia teve de lhe pedir que executasse música mais lenta, porque o auditório estava ficando excessivamente excitado!

    Quando tocou em Berlim Ocidental, em 1955, os fãs de jazz atrás da Cortina de Ferro arriscaram a vida atravessando a fronteira para ouvi-lo. Na Noruega a polícia teve de usar mangueiras de água para dispersar um milhar de fãs que protestavam porque não puderam entrar em um de seus concertos.

    Satchmo passou a infância num bairro pobre de Nova Orleans, onde nasceu em 1900. Era um bairro turbulento e ele cresceu vendo brigas, esfaqueamentos e tiroteios. Louis frequentou a escola o tempo suficiente para aprender a ler e escrever. E nas ruas ele encontrou o jazz.

    LS_ LOUIS ARMSTRONG.JPG

    Naquela época havia nos bairros negros de Nova Orleans muitas orquestras que tocavam sua própria música tirada dos ritmos africanos de seus antepassados. Essas orquestras tocavam em toda a parte – em tabernas e cabarés, em casamentos e enterros, em piqueniques, desfiles e toda a espécie de comemorações. O pequeno Louis, chamado “Satchel-mouth” (boca de saquitel) ou “Satchmo”, apelido que lhe foi dado por causa de seu sorriso largo, integrava o exército maltrapilho de crianças que seguiam as orquestras. À noite ele parava do lado de fora dos cafés, ouvindo a música tocada por negros que mais tarde iriam tornar-se famosos como músicos de jazz.

    Louis conheceu a verdadeira pobreza. Para ganhar um pouco de dinheiro carregava carvão, trabalhava de lixeiro e vendia jornais. Algumas vezes tinha de procurar comida nas latas de lixo dos restaurantes. Ainda não tinha doze anos quando organizou um pequeno conjunto e começou a percorrer a cidade tocando por alguns trocados.

    Ele acredita que o ambiente em que foi criado lhe fez bem. Quando criança viu muito de bom e de mau e aprendeu uma lição que ainda hoje repete: “Uma pessoas não tem necessidade de fazer o mal, se não quiser”.

    http://ccriderblues.com/wp-content/uploads/o-louis-armstrong-facebook-1050x525.jpg

    Entretanto, foi um ato de mau procedimento – embora completamente inocente – que colocou Louis no caminho da fama. Era véspera de Ano Novo e ele foi comemorá-la, levando uma velha pistola que tinha encontrado num cofre pertencente ao seu padrasto. Afinal de contas, que era uma comemoração sem barulho? Acabava de disparar o último cartucho de pólvora seca quando a polícia lhe botou a mão em cima e o levou ao tribunal de menores. Mandaram-no para o Lar de Enjeitados Para Rapazes de Cor, por dezoito meses, e foi lá que ele aprendeu a tocar cornetim.

    Quando foi posto em liberdade, Satchmo foi tocar numa orquestra. Quando podia, fazia mandados para a esposa do grande músico de jazz Joe Oliver (“King”). Em troca, Oliver dava-lhe lições de música. Mais tarde, em 1918, quando Oliver foi para Chicago, ofereceram a Louis o lugar dele em outra orquestra – com a condição de que arranjasse umas calças compridas! Não tardou a tornar-se conhecido como o melhor tocador de cornetim de Nova Orleans.

    Oliver sempre insistia com ele para que fosse para Chicago, que era na época a capital do jazz. Num dia de agosto de 1922 Louis arrumou a mala e pegou o tem. Em Chicago logo se revelou um músico melhor do que Oliver, seu antigo professor. Algumas gravações que fez na década de 1920 com seus conjuntos “Hot Five” e “Hot Seven” tornaram-se clássicos do jazz. Nessa altura Louis já tinha trocado o cornetim pelo trompete porque o empresário dele achava que a corneta maior era mais imponente.

    As vendas dos discos de Louis fizeram tal sucesso que ele decidiu excursionar pela Europa. Quando voltou para uma segunda excursão pela Europa, em 1933, foi recebido em todas as capitais, segundo um repórter, “como um monarca em visita”. Em Copenhague, 10.000 pessoas foram recebê-lo e aclamá-lo na estação. Foi recebido pelo então Príncipe de Gales (hoje Duque de Windsor), pelo Príncipe Herdeiro da Suécia, pelo Rei da Bélgica e pelo Rei da Itália.

    Louis chegou a ganhar 125.000 libras por ano, mas ele não dava a menor importância ao dinheiro. O seu empresário precisa controlá-lo para que ele não desse dinheiro demais aos outros!

    Como a maioria dos músicos que tocam instrumentos de sopro, Satchmo sofria de uma coisa muito semelhante a calos nos lábios. Usava enormes quantidade de unguento alemão para os lábios, que passou a ser conhecido com o nome dele. Também bebia uma mistura de mel e glicerina e usava um gargarejo especial por causa de sua voz naturalmente rouca. Aquela famosa aspereza já foi comparada ao som de “um cansado pedaço de lixa chamando a sua companheira”.

    – Não há um momento do dia em que eu não esteja fazendo alguma coisa pelos lábios e por essa corneta – diz ele. – Deus ajuda os pobres, mas não os pobres preguiçosos. A única coisa que esses músicos modernos querem é ficar sentados e dar aquela nota aguda e são preguiçosos demais para se manterem em forma para dá-la. Quantos trompetistas modernos seriam capazes de tocar os meus solos? Seria preciso carregá-los para fora em macas.

    Nenhum músico de jazz tem recebido tanto louvor dos críticos como Satchmo. O jazz tocado por outros músicos pode ser ruidoso e desagradável, mas como disse um famoso crítico, “nos dedos flexíveis de Louis e em sua voz áspera e estranhamente eficaz, o jazz torna-se obra de um artista”.

    *Adaptado de “Mayfair”/**Transcrito do “Livro da Juventude”

    Link: http://www.dopropriobolso.com.br/index.php/component/content/article?id=205:louis-armstrong-rei-do-jazz

    1. Aí cê dexa!

       

      O Lulu faz de conta que é um Menino de Deus, mas não é!

      O meu radar identifica um periculoso Lobo do Mar em qualquer lugar.

      Lulu está, de migué, sentado à direita da go-go girl, colado ao palco, com a blusa clara.

      [ O meu Parça também gosta da safardagem. ]

      Respeitem o Lulu Matador!

      Eu sei que é ele.

      É ele…

      1. Na boca do blog

        Ma che! Eu so o defendi de ser um libertinoso! Tudo bem, pra vir ao blog vou colocar chapéu e oculos escuros. Principalmente depois do post da primavera! 

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