Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
[email protected]

Centenário do cantor e compositor Walter Tourinho, por Luciano Hortencio e Roberto Vianna

Centenário do cantor e compositor Walter Tourinho

por Luciano Hortencio e Roberto Vianna

Tomei conhecimento mais aprofundado com a obra de Walter Tourinho através de seu sobrinho neto Roberto Vianna, que trouxe à tona grande parte das composições de seu tio avô, na própria voz do compositor-cantor e na de prestigiados intérpretes da nossa música brasileira.

Trato aqui, ipsis literis, o artigo de Roberto Vianna, elaborado com a finalidade de prestar homenagem a Walter Tourinho, no ano de seu centenário:

Centenário de Walter Tourinho (1918-2018)

Walter Tourinho. Cantor. Compositor.

18 de outubro de 1918. Salvador, BA.

17 de abril de 1982. Salvador, BA.

 

  1. Introdução

Por ocasião da comemoração do centenário de nascimento de Walter Tourinho, foi elaborado o presente artigo e tem como propósito resgatar a obra para que pesquisadores e apreciadores do samba-canção e afins tenham acesso à sua e biografia e produção musical disponibilizada no Youtube.

 

  1. Biografia e Obra

Walter Daumèrie Tourinho, nasceu em Salvador, em 18 de outubro de 1918, terceiro filho do funcionário público, Manoel Inocêncio Bittencourt Tourinho e da professora de francês da Aliança Francesa, Mérine Daumèrie Tourinho.

A infância foi marcada por uma sequência de tragédias familiares, a irmã do meio, Valdelice,  aos 4 anos morre engasgada por sementes da fruta pinha, perde a mãe aos 2 anos e o pai, aos 8 anos, sendo criado pela tia paterna, Sofia Tourinho e pela irmã mais velha, Amnéris, de apenas 12 anos de idade, a qual se casa mais tarde com José Nogueira, e mesmo após o casamento destes, passaram todos a morar juntos.

Aluno de boas notas, aprendeu a cantar no coro do Colégio São Bento em Salvador e trabalhou no Jornal A Tarde, importante periódico da Bahia. Boêmio, ainda na capital baiana, acalentava na juventude o sonho de ser cantor.

Segue o seu sonho com destino a Belo Horizonte, com poucos recursos, em 1942, aos 24 anos. Lá se estabelecendo, se apresenta como crooner na recém-inaugurada Casa do Baile e no Cassino, edificações modernistas projetadas por Oscar Niemeyer e inaugurada pelo então prefeito Juscelino Kubitscheck no entorno da lagoa da Pampulha, área de lazer, entretenimento e convivência. Após as suas apresentações costumava dançar com as moças da sociedade mineira.

Em 1946 com a proibição, por meio do decreto-lei, do então presidente Eurico Gaspar Dutra, os cassinos são obrigados a encerrar as suas atividades em todo território nacional, e todo o staff dos Cassinos: artistas, garçons, compositores e muitos outros profissionais tiveram que se adequar à nova realidade e buscar outras alternativas de trabalho em boates ou salões de baile.

Na capital mineira casa-se com Adelina, porém o enlace não deu certo e também não tiveram filhos.

No início da década de 1950, Tourinho muda-se para o Rio de Janeiro, na época Capital Federal, lá começou a cantar em várias rádios, utilizando o pseudônimo Jarbas Ribeiro, pois acharam que esse nome era artisticamente mais apropriado. Na Rádio Nacional no faixa das 18h, participava de programas de talentos musicais que eram transmitidos ao vivo, ao qual era ouvido pelos seus parentes na Bahia.

Conforme a matéria no Jornal carioca “A Noite” de 27 de janeiro de 1956, “Walter Tourinho já é um nome bastante conhecido na música popular brasileira. Baiano, ex-cantor de melodias cuja dor era o tema recorrente, por conta da sua modéstia não lhe faltava talento para concorrer com os medalhões, resolveu dedicar-se a fazer letras e melodias populares”.

Era considerado um poeta romântico que evitava letras de fácil apelo, sucessos importados ou jingles de propaganda. Há na sua obra, a preocupação com os dramas sociais, o resgate de elementos da cultura baiana, como a capoeira, candomblé e o universo praiano e os dramas amorosos., seu principal tema e compôs também músicas para o carnaval, através da gravadora Disco Bahia.

Não há um número exato do acervo de W. Tourinho, o que se sabe, através de entrevistas e pesquisas é que o mesmo interpretou em disco duas canções de sua própria autoria e compôs mais de duas dezenas de canções, dentre as quais, 19 registradas no site do instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB), organização sem fins lucrativos sediada em Niterói, RJ, voltado para a pesquisa, preservação e promoção da Música Popular Brasileira.

W. Tourinho interpretou, em 1955, em disco de 78 rpm, os sambas-canções “Maria Rita”, composição de W. Tourinho e Alex e “Bote Na Balança”, composição de W. Tourinho, C. Araújo e R. Penteado. Curiosamente, a personagem Maria Rita é personagem de duas composições “Maria Rita” e “Ponta de Rua”, mulher bonita e formosa de um arraial que fora morar na cidade grande e que a encontrou “num lugar onde não se pode dizer”. Na segunda composição: “Bote na balança toda dor que em meu peito mora / Bote na balança todas lágrimas que chorei até agora”, revela os dramas amorosos, tema recorrente em suas composições.

Há uma série de composições musicais em parceria com outros autores desde 1953 a 1964, e que foram gravadas, em sua maioria, por intérpretes que possuíam vasta discografia e exitosos nas suas carreiras. Essas composições viraram sambas-canções, toadas, boleros, tangos, sambas, baiões e marchas. É oportuno ressaltar a forma como os intérpretes usavam os vibratos e interpretavam de forma dramática, à moda da época.  Isso aconteceu até do surgimento da Bossa Nova em 1959 e da MPB na década seguinte, em que surgia uma maneira alternativa de interpretar.

Compôs, inicialmente para outros intérpretes, o baião “Mulatinha Sarará” de W. Tourinho e Izaias Ferreira, interpretado pelo Trio Nagô (disco Sinter), obtendo sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo. Foi considerada a quadragésima música, incluindo também as canções estrangeiras, entre as mais vendidas e executadas nas rádios em 1953, na frente, inclusive, de artistas renomados como Nora Ney (Luzes da Ribalta), Ivon Cury (O Xote da Meninas) e Jackson do Pandeiro (Sebastiana).

 Ainda em 1953, “Ponta de Rua”, composta por W. Tourinho, Walter Wanderley e Orlando Trindade (disco Copacabana), projetou o cantor Hélio Chaves e, durante longo tempo, foi a coqueluche do Rio de Janeiro. Essa canção foi regravada em mais sete versões diferentes: duas versões por Carlos Filgueiras, sendo uma delas com a Orquestra Masterplay, Walter Levita, Sexteto Prestige, Maestro Zezinho e The Seven Stars. O seu parceiro de composição, Walter Wanderley, organista já casado com a cantora Isaura Garcia, fez muito sucesso nos Estados Unidos nas décadas de 1960 e 1970 utilizando o seu órgão em belas interpretações instrumentais de Bossa Nova. 

Numa demonstração da versatilidade da sua veia poética, W. Tourinho em parceria com Ari Monteiro, nos apresenta “Depois das Dez” de 1954 e “Bolha de Sabão” de 1955. A primeira é um samba-canção que em poucos versos retrata a vida após a última balda depois das dez horas e também a segunda, um samba-canção que retrata a volatilidade e a ilusão do amor, ambas gravadas pela cantora Lolita Rios que interpretou inúmeras composições de Ari Monteiro. O seu parceiro, o conhecido Ari Monteiro produziu mais de 100 composições de diferentes estilos musicais que foram gravadas por diferentes intérpretes, dentre os quais, Luiz Gonzaga, Ivon Curi, Aracy de Almeida, Demônios da Garôa, Cyro Monteiro e Jackson do Pandeiro.

Não parou por aí, em 1954, o outro sucesso de W. Tourinho e Guará, o samba-canção “Luto Fechado”, um drama amoroso, gravação da Todamérica, que na voz de Déo, também conhecido como criador de sucessos como “Balde de Piche Ambulante’ marcou o seu lugar entre os compositores populares.

Em 1955, no auge da sua produção artística e prestigiando as suas raízes, W. Tourinho em parceria com J. B. de Carvalho e Guará compuseram “Capoeira”, incialmente lançada em disco de 78 rpm e cujo tema era incomum para sua época, mas familiar a Tourinho por este ser um filho da Bahia. Carvalho, por sua vez, conhecido como “O batuqueiro famoso”, autor e intérprete de músicas relacionadas ao candomblé. “Capoieira” foi relançada em 1970 integrando a bem-sucedida coletânea em LP “Macumba Canjerê Candomblé”. Na letra há um trecho em que revela a fusão de crenças e raças no Brasil “Eu sou filho de umbanda/Meu avô era pajé/Tenho sangue de guerreiro”.

A letra de W. Tourinho e Caboclo “E o culpado foi você”, lançada pelo disco Bahia em 1955 na voz da bela Vanda Maria que utilizou o sambalanço em trabalhos posteriores.

Em matéria do Jornal “A Noite” de 27 de janeiro de 1956, com o título “Mesmo depois do carnaval viverá o Velho Morro”, apresenta o seguinte artigo sobre a composição:

“Com a sinceridade dos poetas que realmente vivem os dramas sociais da cidade, Walter Tourinho, inspirado compositor de música popular, produziu para o próximo carnaval, o samba intitulado “Velho Morro”, que foi gravado na fábrica Polydor pelo jovem cantor Carlos Filgueiras, um futuro substituto de Nelson Gonçalves, Orlando Silva etc.”

“Conta o poema a história de um pobre favelado do quase extinto morro de Santo Antônio, ora sacrificado em prol da topografia da cidade, e para facilitar o extermínio de mais uma das cabeças dessa hidra policéfala que é o nosso tráfego.”

Como se fosse uma premonição ao referido artigo, a canção “Velho Morro” não somente se classificou, como ganhou o Concurso Noel Rosa na categoria de melhor letra de carnaval na edição de 1956 e que segundo a imprensa, foi uma cerimônia tumultuada realizada no Teatro João Caetano em 28 de fevereiro de 1956. O Troféu Noel Rosa, importante prêmio musical da sua época, onde os medalhões concorriam em outra edição realizada em outubro.

Letra de “Velho Morro”

Ai!… / A quem eu vou pedir socorro / Estão botando abaixo o morro / E eu não tenho onde morar / Se eu fosse sozinho não ligava / Mas, a Maria e as crianças / Onde é que vão morar? / Adeus velho morro que me viu nascer / Adeus barracão que assistiu meu sofrer / Adeus barro do chão / Que o meu pé amassou / E o suor do meu corpo regou.

Posteriormente, “Velho Morro” foi escolhida para integrar o filme realizado na Argentina, Cangerê: uma fantasia musical, comédia musical, produção da Luso Filmes, dirigida por Lincol M. Costa, e exibido em 1957 em várias capitais brasileiras, a canção foi regravada com imagens de 35mm na voz de Carlos Filgueiras e contou, dentre as outras atrações da película, Hélio Chaves, Cauby Peixoto e Leny Eversong.

Como uma continuidade de “Velho Morro” ainda em 1955, mais uma canção de cunho social, “Petição” de W. Tourinho e Alex na bela voz de Cyro Monteiro, cantor e compositor de dezenas de canções e conhecido no cenário musical brasileiro. A letra continua citando João de tal, casado, empregado braçal, desabrigado do morro de Santo Antônio no Rio e ao saber que o Senado Federal tinha umas tábuas sobrando, por conta de uma reforma, resolve fazer uma petição das madeiras em troca de voto para as eleições seguintes.

“Velho Arvoredo” de 1955, de W. Tourinho e César Brasil, dá sequência a parceria iniciada por “Velho Morro”, desta vez na voz de Arthur Montenegro. Na letra revela o tema constante: o drama amoroso “Procuro esquecer dos amores que no meu peito brotaram/ E vejo uma árvore seca que só as raízes ficaram” “Entregue aos caprichos do tempo repleto de desilusão”. Posteriormente Montenegro se notabilizou como cantor de marchas carnavalescas.

W. Tourinho em parceria com Aires Viana e Luís Moreira, lançam a marcha “Trombone do Botelho” para o Carnaval de 1956 na voz de Antônio Carlos. Esse é o único fonograma não localizado, porém, a sua letra foi resgatada em esforço conjunto com outros pesquisadores musicais:

“Ninguém mais aguenta o seu Botelho / Depois que arranjou / Um trombone pra tocar…/ Dizem que o Botelho era de nada /  Mas ele está provando /   Que dá muita trombonada /    Seu Botelho está velho / Mas, conserva a embocadura / Quando toca em Madureira / Se escuta em Cascadura / Piquenique ou gafieira / Seu Botelho vai tocando… / Se o trombone enguiçar /         Lubrifica e… vai levando!”.

“Roteiro de Boêmio” de W. Tourinho e Isaias Ferreira na voz de João Dias de 1956, um samba-canção que revela a realidade dolorosa: “Boêmio sofre calado”, “os amigos do boêmio são apenas companheiros” “Os amores dos boêmios são passageiros”, “Tem sempre um sorriso no rosto e um novo amor ao seu lado”.

A letra “Isabel” é um samba-canção que conta a história de uma moça pobre que se apaixona por um rapaz rico da sua terra natal e que se entrega ao amor e por questão de família não pôde se casar sendo renegada pela família por não ser mais virgem. Trata-se de um costume da época, as moças de família deveriam se casar virgem.

“Trem de Minas” toada de W. Tourinho e Rubens Castro gravado por Bolivar em 1962, revela em sua letra  o retorno a Minas a um antigo amor “Eu pergunto a mim mesmo / Pra que foi que eu amei” e segue “Eu não sei se ela inda existe / Ou se tem um novo amor”.

Em 1962, compõem o tango “Eterno Carnaval”, W. Tourinho e Everaldo de Barros, interpretado por Albertinho Fortuna, conhecido cantor brasileiro de tangos. No Jornal “A Noite” de 02 de junho de 1956, Everaldo de Barros coautor da música, escreveu uma nota em sua coluna “Música em Conserva”: “Certa ocasião escrevi que Walter Tourinho e eu estávamos com tose, tosse, tosse, lembramo-nos da receita de Manuel Bandeira e fizemos um tango. Tudo pronto, procuramos o Carlos Filgueiras, exclusivo da fábrica Polydor, completamente sem tosse, tosse, tosse e lhe apresentamos a coisa que foi batizada de Eterno Carnaval. Gostaram Carlos Filgueiras e o Sr. Alfredo Fixel, diretor artístico da Polydor, e, em consequência dessa bem-querência, dentro em breve estaremos sem tosse, tosse, tosse porque Carlos Filgueiras vai gravar a nossa música (…)’. Contudo, a versão disponibilizada é a de Albertinho Fortuna, gravada em 1976.

“…Da Silva” de W. Tourinho, N. Pinheiro e A. Costa, marcha para o carnaval de 1964, cantada por Amauri de Castro. Letra: “Olha o …da Silva aí / ele não pode faltar / ele não é brincadeira Q Está em todo lugar / Ai seu…da Silva / Que família pra crescer / Quando morre um…da Silva / Quando morre um…da Silva / Já tem dez pra nascer!”

“Seu Desejo” Jacobina e W. Tourinho interpretada por Carlos Filgueiras e Nubia Lafayette em seu disco de 1971, conhecida cantora romântica e dramática, cantou sempre as perdas amorosas e a dor de cotovelo.

“Pária” de W. Tourinho e Wilson Pinho interpretado por Bolívar. Talvez, certamente a letra mais dramática, o que muito provavelmente refletia as desilusões amorosas. “árvore da vida que eu plantei não deu frutos, muito cedo ela secou”

As letras de W. Tourinho representam fragmentos biográficos, através dos sues sofrimentos e alegrias, dos dramas amorosos, da boemia, das noitadas cariocas, da convivência com artistas, do amor mineiro que não deu certo, dos filhos que não vieram, e sobretudo de fazer parte da efervescência musical do Rio dos anos 50 até o golpe militar de 1964.

Ainda no tempo em que levou no Rio de Janeiro, W. Tourinho fundou a “Editôra Walter Tourinho” e a “Disco Bahia”, pequena gravadora, uma realização pessoal e que dava oportunidades para artistas em início de carreira para cantar. Devido a uma inundação, perdeu-se boa parte do seu acervo. A gravadora se especializou também em lançar músicas para os carnavais que perdurou até 1964.

Um fato curioso é que Tourinho havia ganhado duas vezes na loteria, porém, nunca se soube o valor do prêmio. Depois de fechar um ciclo de 22 anos, realizando os seus sonhos e de uma carreira artística bem-sucedida, em 1965 retorna a Salvador, era como se ele voltasse para o ponto de onde tinha partido e volta a morar com a irmã e o cunhado. Abre uma gráfica no bairro da Ondina, depois aposenta-se. Sem filhos, Vilma Tourinho é a única sobrinha e descendente, bem como os filhos e netos desta. Mantinha, mesmo depois do retorno a Bahia, frequente correspondência com o amigo Tito Madi (falecido pouco antes do seu centenário, em outubro de 2018). Morre aos 63 anos por complicações do fígado.

Artigo elaborado por Roberto Vianna, sobrinho neto de W. Tourinho.

 

  1. Discografia e composições

 

  1. Walter por ele mesmo

Walter Tourinho – BOTE NA BALANÇA – W. Tourinho, C. Araújo, R. Penteado – Ritmos 20-0012-B – 1955. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=CXf9yZdliBM

Walter Tourinho – MARIA RITA – W. Tourinho – Alex – Ritmos 20-0012-A – ano de 1955

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=4bl9RFozQlU

 

  1. Eles cantam Walter

Trio Nagô – MULATINHA SARARÁ – Walter Tourinho – Izaias Ferreira – Sinter 00-00.245-B – 07.1953. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=wxfOWmJw2eY

Hélio Chaves – PONTA DE RUA – Walter Tourinho, W. Wanderley, Orlando Trindade Copacabana 5.093-A. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=LQbJvqE608M

Carlos Filgueiras – PONTA DA RUA – Walter Tourinho, Orlando Trindade, Walter Wanderley – 1963. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=qE3xaySaNr4

Carlos Filgueiras – PONTA DE RUA – Walter Tourinho, Orlando Trindade, Walter Wanderley (versão 2). Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=6h7kB0ycD50

Maestro Zezinho – Orquestra Old Play – PONTA DE RUA – Walter Tourinho – W. Wanderley – O. Trindade

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=Yu_ofMS1Ync

The Seven Stars. Festival dançante, vol. 4. – Meu Sonho É Você / Só Eu Esperando / Ponta de Rua (04:21 minutos) / Ela Disse-Me Assim / Tédio.

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=2DOOMdDjhLA

Sexteto Prestige – Música e Festa, Vol. 4 Meu Sonho É Você / Só Eu Esperando / Ponta de Rua / Ela Disse-Me Assim / Tédio

Link de acesso:  https://www.youtube.com/watch?v=ty_HL4OOvGM

Déo – LUTO FECHADO – Walter Tourinho – Guará – Todamérica TA-5.478-A – ano de 1954. Link de acesso:https://www.youtube.com/watch?v=JQ5DGp4mYsg

Lolita Rios – DEPOIS DAS DEZ – Ari Monteiro – Walter Tourinho – TA-5.404-A – ano de 1954. Link de acesso:  https://www.youtube.com/watch?v=Tp2vmENNlRg

Lolita Rios – BOLHA DE SABÃO – Ari Monteiro – Walter Tourinho – RCA Victor 80-1414-B – 03.1955. https://www.youtube.com/watch?v=QeaRU7ibWd0

J.B. de Carvalho – CAPOEIRA – Macumba Canjerê Candomblé (Walter Tourinho, Guará, J. B. de Carvalho). Gravação original de 1955, relançada em coletânea de 1970.

Link de acesso:  https://www.youtube.com/watch?v=5gZQ0WS8AnQ

Vanda Maria – E O CULPADO FOI VOCÊ – Walter Tourinho – Caboclo – Bahia BA-C-1.002-B. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=XkKxhwXasVI

Carlos Filgueiras – VELHO MORRO – Walter Tourinho – César Brasil – Polydor 120-B – ano de 1955.Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=xNv7VABUrAc

Cyro Monteiro – PETIÇÃO – Walter Tourinho – Ari Monteiro – Todamérica TA-5.572-B – 09.1955. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=fllwsIuveaA

Arthur Montenegro – VELHO ARVOREDO – Walter Tourinho – César Brasil – Bahia BA-C-1.002-A. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=Xu_Of19YGLc

João Dias – ROTEIRO DE BOÊMIO – Isaias Ferreira – Walter Tourinho – Copacabana 5.658 -B – 1956. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=xrtdTOyxtTk

Alcides Gerardi – ISABEL – Walter Tourinho – Columbia CB-10.386-B – 12.1957.

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=uc9QL9aXx8M

Bolivar – TREM DE MINAS – Walter Tourinho – Rubens Castro – Bahia 1.001-B matriz BA1001-B  – 1962. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=bIlU3s4eJ0M

Nubia Lafayette – SEU DESEJO – Jacobina – Walter Tourinho. CBS – 1971

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=ZJhTt2B3E3E

Albertinho Fortuna com Orquestra Radamés Gnatalli Tangos – ETERNO CARNAVAL – Walter Tourinho – Everaldo de Barros. Phonodisc 0-30-404-060-A – 1976

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=93Uanlro0vM

Bolivar – PÁRIA – Walter Tourinho – Wilson Pinho – Bahia 1001-A – matriz BA1001-A – 1962. Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=5M72QTDT4D8

Existe um fonograma do acervo da família Tourinho cujo tema é a praia Amaralina em Salvador. Atribui-se essa gravação a W. Tourinho e interpretação de Carlos Filgueiras. Aguarda-se, contudo, a localização de todos os dados.

Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=FyUQuDZOji8

Letra: Amaralina / Meu amor já está lhe esperando / Que nossa senhora me transforme em peixe / E eu volte nadando / Tomei meu barquinho / Voltei pelo ao vento / Aí barra fora / Uma praia bonita / Andei procurando / Atravessei mares / Em todos lugares / Por onde passei / Uma praia bonita como Amaralina eu não encontrei / E fui mais além  / Na grande ilusão de ainda encontrar / Mas para meu castigo meu barco furou / E não pude voltar.

A outra é a memória auditiva da sua sobrinha, Vilma Tourinho que costumava cantar para seus filhos quando pequenos.

Letra: Minha vida é um romance sem fim

Toda madrugadinha / Quando Volto pra casa / Tu ficas na janela / Tristonha a me olhar / Dissestes a certo alguém / Que gostas de mim / Porém a minha vida / É um romance sem fim / Não sejas tão criança / Cuida do teu futuro / Pois, eu só poderei dar-te infelicidade / Só amo a boemia / Romances não convém / Olha o que eu te digo / Que é para o tem bem.

 

  1. Agradecimentos

A Vilma Tourinho, única sobrinha de Walter Tourinho. Depoimento sobre a vida e a obra do tio.

A Luciano Hortêncio, incansável pesquisador musical pelo inestimável apoio em localizar e disponibilizar os fonogramas no seu Canal do Youtube que possui mais de 68 mil seguidores e apreciadores da memória musical brasileira.

A César Gravier, especialista em composições carnavalescas, por gentilmente localizar e disponibilizar as letras de “Trombone do Botelho” e “…da Silva”.

 

  1. Referências

Arquivo Nirez. Disponibilização de parte dos fonogramas.

As músicas mais tocadas a cada ano. Disponível em

<https://asmusicasmaistocadas.wordpress.com/2013/09/28/musicas-cancoes-mais-populares-tocadas-e-vendidas-no-brasil-em-1953/>. Acesso em 07 de dezembro de 2018.

CASTRO, Ruy. A noite do meu bem: a história e as histórias do samba-canção. 1ª ed. São Paulo: Companhia da Letras, 2015.

Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB). Dados do artista  

<http://immub.org/compositor/walter-tourinho> Acesso em 07 de dezembro de 2018.

Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB). Dados do compositor

 <http://immub.org/artista/walter-tourinho> Acesso em 07 de dezembro de 2018.

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador