Cineasta Arnaldo Jabor morre aos 81 anos

Diretor despontou com adaptações cinematográficas de Nelson Rodrigues, mas teve maior sucesso, nos últimos anos, como comentarista político dos telejornais da Rede Globo

(foto: site oficial ArnaldoJabor.com.br)

O diretor de cinema e comentarista político Arnaldo Jabor faleceu na madrugada desta terça-feira (15/2), aos 81 anos. Segundo comunicado da família, a morte teria sido causada por complicações de um acidente vascular cerebral sofrido há cerca de dois meses, e que o mantinha internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 17 de dezembro de 2021.

Jabor iniciou sua carreira com obras como “Opinião Pública” (1967) e “Pindorama” (1970), mas só alcançaria o sucesso com duas adaptações cinematográficas de Nelson Rodrigues.

“Toda Nudez Será Castigada” (1973), enfrentou a censura da Ditadura Militar, que proibiu o filme durante seus primeiros meses de exibição. Após a participação no Festival Internacional de Berlim, onde recebeu o prêmio Urso de Prata, os censores permitiram sua distribuição com alguns cortes em cenas de sexo.

Situação similar ocorreu com o filme “O Casamento” (1975), que também enfrentou a censura e cortes na versão original.

Anos depois, Jabor realizou a chamada “Trilogia do Apartamento”, iniciada com o filme “Tudo Bem” (1978), seguido de “Eu Te Amo” (1980) e “Eu Sei Que Vou Te Amar” (1986).

Após esse período, ele se afasta do cinema e começa a se dedicar a escrever colunas no jornal O Globo, cujo sucesso o levaram a se tornar um comentarista também nos telejornais do canal televisivo do Grupo Globo – especialmente no Jornal da Globo, mas eventualmente participando também do Jornal Nacional.

A partir da Década de 2000, Jabor passa a se dedicar quase exclusivamente aos comentários políticos na televisão. Tanto é assim que, neste Século XXI, lançou apenas uma obra cinematográfica: “A Suprema Felicidad” (2010).

Jabor também lançou livros de destaque no mercado editorial nos últimos anos, como “Amor é Prosa, Sexo é Poesia” (2004) e “Pornopolítica” (2006).

Redação

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