Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Espalha Brasa é o nariz de quem chamou!, por Luciano Hortencio

Espalha Brasa é o nariz de quem chamou!, por Luciano Hortencio

Quando eu era menino, no tempo em que Adão também o era, não se sabia ou ouvia falar de bullying. Quando a molecada pegava um pra Cristo o dito cujo tinha que criar marra e ser engenhoso em respostas, podendo também perder a paciência e aplicar uns tabefes em algum colega mais desaforado.

Ontem coloquei no Grupo COISAS QUE O TEMPO LEVOU (Facebook) um dito muito usado para quem tinha sardas: Dormiu molhado, acordou enferrujado. Sequer pensei que o ditado poderia molestar alguém ou ser considerado bullying, porém soube que uma criança com sardas ficava desesperada com o ditado.

Lembrei então de uma resposta contundente para esses casos: Enferrujado é o (*) da mãe! Era tiro e queda. Ou havia um bafafá dos grandes e ai se veria quem tinha força e o desaforado metia o rabo entre as pernas.

Fui verificar se tinha alguma música referente ao assunto que hoje está sendo bem abordado e encontrei Espalha Brasa. Obviamente os autores colocaram palavras mais brandas em seus versos, para que fossem publicados. A conferir!

Zé da Bronca – ESPALHA BRASA – Honório B. de Sousa – M. Neto.

Disco RGE10.035-A.

Ano de 1957.

Disco constante do Arquivo Nirez.

Coisas que o tempo levou.

 

Chamaram o meu boi de Espalha Brasa

A turma lá de casa bronqueou.

Até minha mulher não gostou

Espalha brasa é o nariz de quem chamou. (bis)

 

Quando o meu boi entrou no picadeiro

A turma lá de trás gritou:

Espalha Brasa!

Isso não se faz aonde já se viu.

Espalha Brasa é a cara do titio.

 

 

 

 

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

12 Comentários

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  1. Conheço outra versao, mais simples mas mais apimentada…

    Chamaram o meu boi de espalha merda

    A turma lá de casa bronqueou

    Espalha merda ora ora já se viu

    Espalha merda é a “ponte que partiu” (sem o eufemismo, rs)

     

    Quando o meu boi entrou no picadeiro

    A turma lá de trás gritou

    Espalha merda!

    Espalha merda ora ora já se viu

    Espalha merda é a “ponte que partiu”

  2. Naustaugia

    Seu Luciano sempre “lenitivando a nossa naustaugia.”

    Quando criança eu era sardento. Não me incomodava com isso, nem com os apelidos que vinham e iam aos montes: Ferrugem, praga do café, casca de banana, sapo, alpiste e por ai afora.

    Eu sempre fui terreno árido para alcunhas, posto que não as regava com nenhuma emoção, quer boa quer ruim.

    A despeito do bullyng, tive um colega, lá pela segunda série, que passou água sanitária no rosto ( provavelmente seguindo alguma sugestão dada em chacota ) e ficou por mais de ano com a pele escamando como se tivesse psoríase.

    Não ousavam batizá-lo com alcunhas porque era de família mais abastada do que a maioria, mas com certeza as sardas o incomodavam mais do que os apelidos a mim.

    As sardas , assim como os apelidos são coisas que o tempo levou.

          1. Parafraseando o velho ditado:

             

            Parafraseando o velho ditado: É muita chula para o meu terreiro.

            Aqui na região onde moro, sul de Minas, os terreiros são para secar café, desafortunamente não se dança chula por estas plagas.

             

            [video:https://youtu.be/sjrxLtFZHi4%5D

  3. A versão de Afonso Romancini

    Mestre Hortencio, o Romancini cantava assim:

    Chamaram o meu boi de espalha merda

    isto não se faz

    aonde já se viu

    espalha merda é a ponte que partiu (mas era pqp mesmo que ele cantava, rsrs!)

     

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