Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Haja carnaval ou não, eu vou cantar!

por Luciano Hortencio

do jornal O Estado do Ceará

Exposição “arquivo Nirez“ reúne acervo sobre Fortaleza

A Caixa Cultural Fortaleza apresenta, de 17 de fevereiro a 16 de abril, a exposição “Arquivo Nirez”, que reúne peças raras do acervo de Miguel Ângelo de Azevedo, mais conhecido como Nirez. São artigos de seu museu particular, que há mais de 50 anos é mantido e disponibilizado ao público na residência do colecionador. Algumas das peças serão expostas pela primeira vez fora da casa dele.

Com a curadoria de Nirez e Weaver Lima, a exposição contará com fotos de Fortaleza antiga, discos de cera e de vinil, livros, revistas, equipamentos de imagem e som. São mais de 200 itens dentre mais de 140 mil peças que compõem o acervo do museu. As fotos expostas retratam Fortaleza dos primeiros anos do Século XX, numa seleção dentre as mais de 30 mil imagens presentes no museu de Nirez.
Merece destaque a coleção de gravações em 78 rotações (discos de cera), considerada uma das maiores do país em gravações brasileiras. A mostra conta com os mais curiosos discos, selecionados dentre os mais de 22 mil presentes no museu, que contemplam todas as fases da produção musical de 1902 a 1964.

A exposição Arquivo Nirez receberá grupos para visitas guiadas de escolas, universidades, instituições e pessoas interessadas. O agendamento deverá ser feito com a equipe da bilheteria da Caixa Cultural Fortaleza.
Como parte da programação da exposição, Nirez vai dar uma palestra gratuita sobre sua trajetória e o acervo selecionado para a exposição, no dia 18 de março, a partir das 15 horas, no próprio centro cultural.

Sobre Nirez
Miguel Ângelo de Azevedo é jornalista, historiógrafo, memorialista e colecionador. Começou a colecionar discos de 78rpm nos anos 50, possuindo uma das mais importantes discotecas especializadas do País. Somam aos discos uma grande coleção de livros especializados sobre MPB. É dele também o mais importante acervo de fotografias de Fortaleza.
Nirez é autor, com a parceria dos pesquisadores Alcino Santos, Grácio Barbalho e Jairo Severiano, da Discografia Brasileira em 78rpm – 1902-1964, editada em 1982 pela Funarte/Xerox.

Nirez participou da equipe que coordenou a elaboração da Enciclopédia da Música Brasileira – Erudita e Popular (Art. Editora Ltda. São Paulo – 1ª edição). Juntamente com o pesquisador Jairo Severiano organizou e produziu os LPs Revolução de 30 (1998), Revolução de 32 (1982) e O Ciclo Vargas (1983), editados pelo SESC e Fundação Roberto Marinho, e o LP Memória da Farmácia, nos 50 anos dos Laboratórios Roche, em 1981.
Desde 1963 mantém o programa intitulado Arquivo de Cera, que semanalmente homenageia um músico ou gênero da música brasileira, que vai ao ar pela Rádio Universitária FM, difundindo a música gravada em discos de 78rpm (cera) sempre com informes históricos sobre cada gravação.
Atualmente, Nirez supervisiona o setor de digitalização dos acervos no Instituto Moreira Sales do Rio de Janeiro, coordenando a organização das gravações.

São muitos os prêmios e reconhecimentos recebidos por seu trabalho. Dentre eles: Medalha do Mérito Cultural da Fundação Joaquim Nabuco, de Recife/PE, em 1982; também em 1982, a Discografia Brasileira foi contemplada com o Prêmio Almirante de melhor obra publicada no ano sobre a Música Brasileira; Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1994; e o Prêmio Sereia de Ouro, também em 1994.

SERVIÇO
Exposição Arquivo Nirez. Caixa Cultural Fortaleza. Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema. Data: 17 de fevereiro a 16 de abril de 2017 (abertura no dia 16/02, às 19h, com a presença de Nirez). Horários: terça-feira a sábado, das 10h às 20h | domingo, das 12h às 19h. Entrada Gratuita. Classificação indicativa: Livre. Serviço de manobrista gratuito no dia da abertura. Informações gerais | Caixa Cultural Fortaleza: (85) 3453-2770.

 
https://www.youtube.com/watch?v=tIDlOXS5coQ

Francisco Alves – HAJA CARNAVAL OU NÃO – Pedro Caetano – Claudionor Cruz.

Disco Odeon 12.550-A.

Fevereiro de 1945.

Disco constante do Arquivo Nirez.

Coisas que o tempo levou.

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

8 Comentários

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  1. Mais que nunca é preciso cantar

    Que beleza de exposição, reunindo ai a produção de todo o inicio do século passado, preciosidades que eu gostaria muito de ver/ouvir in situ. Sorte de quem podera ir à Fortaleza se deliciar com tamanha exposição, melhor ainda participar da palestra do Nirez que, pelo extenso curriculo e coleção, sabe muito sobre a Historia da Musica Brasileira.

    Adeus urucubada, bem-vindo o carnaval!

    [video:https://youtu.be/cAyblUz1iV0%5D

  2. Carnavais cariocas, baianos

    Passei alguns carnavais em Salvador, quando morava no Farol de Itapuã, anos carlistas, mas havia menos abadás,menos corda, mais folião pipoca e Gil, Caetano, Elba ficavam entre nós, de papo, na Praça Castro Alves. Não havia os chamados circuitos isso, circuitos aquilo… muito paulista/paulistano começando a descobrir o carnaval baiano. Slogan de ACM: “Baiano, mete saudade nele”, da Bahiatur ou Bahiatursa- não me recordo mais.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=DPi2GvElSUQ%5D

    Mas nos 60, no meu Rio, aí sim !

    Era carnaval uma brasa mora, sacô? Fantasias tradicionais- cada dia uma, no baile vesperal e outra no noturno. Depois as mais criativas da era hippie, estilizadas, com desenhos nos rostos, na pele- em tempos que não eram os de tatuagens e piercings ainda. Era tudo uma grande curtição. As marchinhas tradicionais eram um barato. 

    Nunca importava a falta de grana, dava-se um jeito. Não havia grilos.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=zUb66zHf0FQ%5D

     

     

  3. Outros tempos, carnavais que

    Outros tempos, carnavais que não conheci, conheci outros , mas sempre tem carnaval, mesmo que os tempos sejam difíceis, a forma tenha mudado, mas já estou a mil. Vai ser muito bom como sempre foram e serão até “minhas pernas não poderem mais” mesmo q eu não tenha ”um anel de bamba” para entregar. Marchinha, samba, samba reggae, e tudo o que vier. Sair na rua e me misturar com o povo da minha cidade, cantando e dançando(este ano tocando tambor no Cores de Aidê) e desejando que tudo que não presta fique no ano que acaba e q o próximo seja de amor, prosperidade, alegria e tudo o mais , nesta linha, para Floripa e para todo mundo. É assim q brinco, uma reza, pra valer.

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