Morre aos 89 anos B.B.King, o ‘Rei do Blues’

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da BBC Brasil

O guitarrista e cantor americano B.B.King, considerado o “Rei do Blues”, morreu aos 89 anos em Las Vegas, nos Estados Unidos, segundo seu advogado.

Conhecido por seus hits LucileSweet Black Angel e Rock Me Baby, morreu enquanto dormia.

Ele havia sido hospitalizado recentemente para tratar complicações decorrentes de diabetes.

Nascido no Mississippi, e ex-agricultor, King começou a se apresentar como músico nos anos 1940. Sua fama o levou a ter seu nome inscrito no Blues Foundation Hall of Fame e no Rock and Roll Hall of Fame.

A revista Rolling Stone certa vez classificou B.B.King como o terceiro em uma lista dos cem melhores guitarristas de todos os tempos, atrás somente de Jimi Hendrix e de Duane Allman.

O músico recebeu em 2009 seu 15º prêmio Grammy da carreira por seu álbumOne Kind Favor.

Até recentemente, ele ainda vinha fazendo cerca de cem apresentações ao ano.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

11 Comentários

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  1. While my heart gently weeps.

    B.B.King, nascido em 16 de setembro de 1925 e falecido em 14 de maio de 2015. Duas informações irrelevantes, é inútil tentar reter o eterno entre dois marcos temporais. Onde e enquanto houver blues, ele estará entre nós.

     

    Divino blues

     

    O preto não entendia o que acontecia,

    O preto só tocava e sorria.

     

    O preto batia os dedos nas cordas

    e tirava delas um som celestial.

    O preto tocava do jeito que o diabo gosta,

    do jeito que o mundo gosta.

    O diabo escutou a música e subiu

    para ver o que ouvia, o que havia.

    O diabo ouviu, gostou e resolveu ficar,

    feliz.

    A Terra toda ficou feliz.

    De repente, não existiam mais guerras,

    só aquela música enchendo o planeta

    do desejo de ser feliz.

     

    O preto não entendia o que acontecia,

    O preto só tocava e sorria.

     

    O diabo se juntou com uma negra latina

    do Mississippi, chamada Maria Magdalena.

    O diabo passava o dia inteiro bêbado

    dançando no cais da beira do rio.

    Dava gosto ver aquele homem grandão,

    ruivo, de cara vermelha

    rindo feliz

    como um bebê rosado

    com a barriga cheia de leite.

    Um mundo de bêbados se abraçava a ele.

    Passavam-lhe a mão na bunda

    e  ele dizia com a língua enrolada:

    “Aí não! “.

    O bafo de cerveja e enxofre assustava,

    mas mais mal do que isso não fazia.

     

    O preto não entendia o que acontecia,

    O preto só tocava e sorria.

     

    Deus entendia.

    E não gostava do que via,

    daquela quebra de hierarquia.

    Aquilo começava nos domínios do demônio,

    mas só Deus sabe onde acabaria.

    Restabelecer a ordem então cabia.

    Matou o preto.

    Tomou uma guitarra emprestada com o Papa,

    levou o preto pra tocar só para Ele,

    no Céu.

     

    O preto não entendia o que acontecia,

    o preto só tocava e sorria.

     

    O diabo acordou com o silêncio, mal humorado.

    Abandonou Maria Magdalena e os filhos dela

    e enfiou a cara no mundo,

    arranjando encrencas por aonde ia.

    Tudo voltou ao normal.

     

    E, agora, eu estou aqui,

    tentando inventar um blues

    para distrair o capeta.

    Mas nem preto eu sou,

    e as coisas não têm andado muito fáceis,

    ultimamente.

  2. A viuvez de Lucille.

    BB King vinha muito ao Brasil, até mesmo a BH! E já idoso, não parava de tocar, e bem. Lucille ficou viúva…

    Pra quem não sabe, Lucille era o nome carinhoso e feminino que BB King dava à guitarra elétrica, sua eterna companheira. 

    Pra acompanhar a letra traduzida, clique no segundo ícone à direita do vídeo.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=OzGOg5cYW5w%5D

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