Morre Kirk Douglas, uma das últimas lendas de Hollywood

Ator na chamada Era de Ouro de Hollywood, entre 1950 e 1960, Kirk Douglas estrelou filmes como Spartacus, em 1960, e A Montanha dos 7 Abutres, em 1951.

Portrait of American actor Kirk Douglas as he poses with his hands in his pockets, 1950. (Photo by PhotoQuest/Getty Images)

Jornal GGN – O ator norte-americano, Kirk Douglas, morreu nesta quarta-feira, dia 5, aos 103 anos. Ele foi uma das figuras importantes do cinema americano, uma das últimas estrelas da velha Hollywood e um dos que contribuíram para que esse sistema caísse. Foi produtor, escritor e comediante.

Ator na chamada Era de Ouro de Hollywood, entre 1950 e 1960, Kirk Douglas estrelou filmes como Spartacus, em 1960, e A Montanha dos 7 Abutres, em 1951.

Seu filho, Michael Douglas, anunciou a morte do pai pelas redes sociais. Dizia, na mensagem, que, para o mundo, ele era uma lenda, uma estrela da Era de Ouro do cinema, um humanista. E fez uma bela declaração do amor que os unia.

Kirk Douglas tinha mais de 80 filmes realizados, e foi premiado somente em 1996 pela Academia, pelo conjunto da obra.

Nascido Issur Danielovitch Demsky, filho do casal judeu vindo da Russia Bryna e Herschel, Kirk conseguiu estudar na St Lawrence University, trabalhando como zelador. Recebeu o diploma como bacharel em artes e foi para Manhattan e, conseguindo bolsa, foi estudar no American Academy of Dramatic Arts.

Se formou e, em 1941, fez sua estreia na Broadway. Em 1942 alistou-se na Marinha e serviu durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1944 foi dispensado, com a patente de tenente.

Voltou para a Broadway e, em 1945, por sugestão da amiga Lauren Bacall, foi fazer um teste para filme em Hollywood. Logo foi escalado para o par romântico de Barbara Stanwyck em ‘O Tempo não apaga’, em 1946.

Durante o Macartismo, perseguição de supostos comunistas que estremeceu os Estados Unidos, sob o comando do senador Joseph McCarthy, desafiou a censura e contratou um dos roteiristas mais perseguidos na ocasião, Dalton Trumbo, que assinaria com pseudônimo, mas Kirk colocou o nome verdadeiro nos créditos. O filme em questão foi Spartacus.

Em 1991, sofreu um acidente de helicóptero que deixou grande parte de seu corpo queimada e quase lhe tirou a vida. Há mais de 20 anos, ele teve um AVC que prejudicou sua fala.

Além de Michael, Kirk deixa a mulher, Anne Buydens, com quem era casado desde 1954, e os filhos Joel e Peter, também produtores. Seu caçula, o comediante Eric, morreu em 2004, aos 46 anos, vítima de uma overdose acidental.

Com informações do jornal O Globo e do Le Figaro

Redação

3 Comentários

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  1. Eu costumo dizer que nasci dentro de uma sala de cinema,e fui criado dentro de uma biblioteca.São minhas duas grandes paixões.Kirk Douglas não foi só um grande ator,mais ainda,foi um grande homem.Adiante.Ainda que eu destaque o papel do ator,mas a prioridade que dou é de que seja um grande homem,decente,correto,leal.Paul Newman juntou as duas coisas subliminarmente.Newman era um homem dos mais corretos que passou pelo mundo cinematográfico.Jamais se deixou levar pela fama,dinheiro,drogas,mulheres,terreno tão fértil no mundo que ele habitava.Seu maior amigo,Robert Redford,outro decente,proferiu essas palavras quando do falecimento do amigo:”O mundo fica mais pobre quando se perde homens como Newman”.Chorei na morte de Newman,e me consolei vendo “Hombre” e “Estrada Para Perdição”,seu último trabalho e já enfermo.Para não dizer que não falei de flores,na conta-mão do que penso politicamente,não posso deixar de registrar o gigante cineasta conservador americano,Clint Eastwood.Assisti todos os filmes dele,sem exceção.Desde os western spaghetti de Sergio Leone,passando pelo Inspetor Harry Callahan.Clint é um monstro sagrado,e começou a se agigantar quando passou a atuar atrás das cameras como Diretor.As Pontes de Madison lhe abriu as portas,além de Menina de Ouro,Cartas de Iwo Jima,Sobre Meninos e Lobos(em verdade Rio Misterioso),estão entre suas mais belas obras.A trilha sonora dos seus filmes,são de tirar o folego.Clint é o maior cineasta norte-americano vivo.Vida longa ao rei.

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