Morre o jornalista Gilberto Dimenstein

Dimenstein foi quadro da Folha por 28 anos, tendo sido diretor da sucursal em Brasília, correspondente em Nova York, colunista e membro do conselho editorial. Fora da Folha, criou o site Catraca Livre.

Jornal GGN – Morreu nesta sexta, dia 29, o jornalista Gilberto Dimenstein, em decorrência de um câncer de pâncreas. O jornalista morreu na manhã de hoje, em sua casa.

Nascido em São Paulo, em 1956, formou-se em jornalismo na Faculdade Cásper Líbero.

Dimenstein foi quadro da Folha por 28 anos, tendo sido diretor da sucursal em Brasília, correspondente em Nova York, colunista e membro do conselho editorial. Fora da Folha, criou o site Catraca Livre.

O Catraca Livre está no ar desde 2009, com atrações culturais e divulgador de soluções para as áreas de mobilidade, lazer, educação, saúde e empreendedorismo.

O site foi eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle em 2012 e apontado pela Universidade de Oxford, BBC e Financial Times como uma das mais importantes inovações digitais de impacto social no mundo em 2013.

Outra vertente do trabalho do jornalista foi no campo educacional. Criou o programa bairro-escola, desenvolvido por meio do Projeto Aprendiz e replicado pelo mundo com ajuda da Unesco

Dimenstein era presidente do conselho da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, em São Paulo, e membro do conselho consultivo do Museu do Amanhã, no Rio.

O jornalista foi ainda um dos criadores da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi).

Dimenstein recebeu diversos prêmios. Um deles, o Prêmio Esso de 1988, na categoria principal, com a reportagem “A lista da fisiologia”, que escreveu na Folha. No ano seguinte recebeu novo Prêmio Esso, na categoria Informação Política.

Seu livro “O Cidadão de Papel”, sobre diretos da criança, venceu o Prêmio Jabuti na categoria de melhor livro de não-ficção em 1993.

Dimenstein é autor de diversos livros, como “A República dos Padrinhos: Chantagem e Corrupção em Brasília” (1988); “As armadilhas do poder – Bastidores da imprensa” (1990); “A Guerra dos Meninos – Assassinatos de Menores no Brasil” (1995); “A Democracia em Pedaços” (1996); “O Aprendiz do Futuro” (1997); “O Mistério das Bolas de Gude” (2006); “Fomos Maus Alunos” (2009) e “Mundo de REP” (2002).

É coautor de “A Aventura da Reportagem” (1990), com Ricardo Kotscho; “A História Real – Trama de uma Sucessão” (1994), com Josias de Souza; “O Brasil na Ponta da Língua” (2002), com Pasquale Cipro Neto; “Prazer em Conhecer” (2008), com Miguel Nicolelis e Drauzio Varella; “É Rindo que se Aprende” (2011), com Marcelo Tas, entre outros.

Redação

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