Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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O pic-nic foi bom, mas a volta…

Dando uns bordejos pela internet, encontrei essa foto de J. Marques Pereira: Santos. Nova Cintra volta de um pic nic. Ao que parece trata-se de um antigo cartão postal e está à venda no Mercado Livre.

Como não consigo acabar com essa mania de sempre associar tudo o que vejo ou leio com música, recordei os bons tempos da JOVEM GUARDA, em que o excelente Grupo Musical OS CAÇULAS faziam muito sucesso com a composição de Mário Faissal intitulada A VOLTA DO PIC NIC.

Em tempos meio atrapalhados e cheios de sobressaltos, nada melhor do que a gente olhar uma boa imagem e encher os ouvidos com uma melodia simples, porém muito agradável, com excelente interpretação de OS CAÇULAS.

O Grupo Musical, em 1968, era composto por Yara, Vera, Gilberto e Alvinho.

O pic-nic foi bom
Mas a volta é que foi tão triste
Briguei com meu amor na estação
No trem ela voltou a chorar

Só perguntando meu bem
Qual foi o motivo que eu dei
Pra você me tratar assim
Querendo por no nosso amor um fim

Há um ditado que existe
Ninguém há de querer mudar
Em toda volta de pic-nic.
Alguém tem que chorar

O pic-nic foi bom
Mas a volta é que foi tão triste
Briguei com meu amor na estação
No trem ela voltou a chorar

Só perguntando meu bem
Qual foi o motivo que eu dei
Pra você me tratar assim
Querendo por no nosso amor um fim

Há um ditado que existe
Ninguém há de querer mudar
Em toda volta de pic-nic.
Alguém tem que chorar

Só perguntando meu bem
Qual foi o motivo que eu dei
Pra você me tratar assim
Querendo por no nosso amor um fim

Há um ditado que existe
Ninguém há de querer mudar
Em toda a volta de pic-nic

Alguém tem que chorar

 

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

43 Comentários

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        1. Chamando o entardecer com música

           

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=p2mNw-gYXw0%5D

           

          OLHOS DE VER

           

          Ainda não

          Agora sim ?

          Ainda não.

           

          Pés na água

          Pés na terra

          Pés no chão

          Passos.

          Agora  sim ?

          Ainda não.

           

          Aguardo o instante

          Aguardo a luz certa

          O brilho certo

          Aquela nuvem

          Aquele movimento

          Aquele tom

           

          Giro o olho

          Paro o olho

          Encaro

          Emolduro

           

          Agora sim

          Ainda, sim !

           

          Odonir Oliveira

          1. .

                                Aguardo a luz certa

                                O brilho certo

                                Um poema

             

                                Calígrama Hombre

                             Hombre sombra que lo nombra cae como el agua

                             De espuma y reflejos
                             ¡Cielo en el lago!
                             ¡Se sambullen las nubes,
                             baten alas los peces!

                             Calígrama Alfredo Espinosa

          1. Associadas Lenita e Odonir:

            Precisamos nos unir para manter o decoro e os bons costumes da Sagrada Seita da Macaxeira Benta, vez por outra deixados de lado pelo nosso Comandante em Chefe denominado JNS, vulgo Jones!

            Sou protegido pela lei da terceira idade e isso nem sempre é respeitado pela “Chefia”.

            Em nome de três associados vou dizer a ele que:

            QUANDO EU FOR EU VOU SEM PENA!

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=7QMpdu0RdjQ%5D

          1. Dessa vez, a campainha tocou, o céu esfriou e eu nem pude ir

            bater ponto na lojinha do Luciano.

            Graças ao bom Deus que ele , Luciano, me socorre nos momentos mais terríveis, nas horas últimas da noite solitária mineira e eis que

            ME SALVA!

            Obrigada senhor, pela música bem editada do santo das causas perdidas, Dom Luciano. (Já que a chefia hoje foi dormir cedo ou bater ponto noutro batcanal)

  1. Amigo da Onça

    Aê Lulu, o vídeo revela um bom lugar para você fazer um piquenique.

    Recomendo, porém, ficar atento com as rotineiras rondas das onças pardas e pintadas do Parque Estadual do Rio Doce.

    [video:https://youtu.be/XRJAihiZz18 width:600]

    Vou, propositalmente, mandar cevar umas três ou quatro onças parrudas, que são facilmente encontradas naquela região, para, mais tarde, convidar o amiguinho para fazer um luau sob a majestosa figueira imortal.

    O meu desejo é que só ela permaneça imortal, depois que eu fugir de lá, de mansinho para você não perceber, e deixá-lo roncando e sonhando com os anjinhos, sem portar a sua afamada peixeira politicamente incorreta.

    Amigo é para essas coisas…

     

    1. Pau que dá boa sombra!

      Excelente vídeo, Dom JNS! A grossura tu deves saber pois sempre foste mais interessado na circunferência dos paus que dão boa sombra. Aliás esse é um ditado que está na coleção “Agora eu digo como diz o dito”:

      A gente só deve se encostar em pau que dê boa sombra.

      Abraço acochado do teu parceirinho ameaçado de ser sacrificado às onças.

      luciano

      1. Sr.Luciano Hortêncio

        Ontem, lendo sua advertência no blog, até imaginei que fosse dirigida a mim, que usei a palavra “lambança” p/ as brincadeiras do jns. Mas hoje sou eu que quero advertí-lo s/ as brincadeiras indecorosas entre o sr. e seu pupilo ou gurú, sei lá. Assim não dá para uma velhinha idosa como eu, continuar a entrar aqui, pois está ficando perigoso ler tamanhas “indecências ” e muito menos para uma professora do nível da Odonir.

        Como diria o meu , infelizmente, ex presidente FHC : “Assim não pode, assim não dá”, Como pode uma aposentada, ops “vagabunda” passar o dia todo na internet, lendo essas coisas.

        kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

        1. Lenita, esses mocinhos alegram os dias … já aprendi a rir com

          eles; ligo mais não.

          Também nem tão pudica, mocinha, carolinha sou assim.

          E sei que nem você é também.

          VIVA MINAS GERAIS, sô !

          1. kct

                               Ô teclado infernal,

                               porque você está

                               errando tanto assim

                               BAIXANDO O NÍVEL?

          1. Sessão da Tarde (Em japonês)

            Atenção associada LENITA:

            Tendo em vista não ser esse membro da Sagrada Seita da Macaxeira Benta versado em japonês, será de bom alvitre essa pudica associada contratar primeiro um tradutor, a fim de que detecte alguma possível inconveniência na letra.

            Em assim fazendo, estará essa nobre assocxiada contribuindo sobremaneira para a preservação da moral e dos bons costumes da SSMB.

            Atenciosamente,

            SSMB.

            [video:https://www.youtube.com/watch?v=EBc0v-qbXSc%5D

        2. são lembranças das lambanças

                            Pra quem vive de saudade
                            Quando a noite apaga a tarde
                            É sempre o pior momento
                            Coração se faz viajante
                            Sem rumo, sem horizonte
                            Nos trilhos do pensamento

          [video:https://youtu.be/07ljQaEbZO8 width:500]

      2. Sr. Luciano

                          Como bom cearense como você,

                          Gif

                          sei que você teme a onça parda

                         

                          mas faz até carinho na pintada.

  2. Dá um tempo Lulu!

                        Lulu, você é injusto.
                        Você só vê as pingas,
                        que eu mando pro buxo,
                        fingindo que não contabiliza,
                        com correção e juros,
                        os meus recidivos deslizes.

    [video:https://youtu.be/G1Xi2GSmlBI width:600]

    1. jns

      Que delícia ouvir está música, e me lembrar dos bailinhos. Infelizmente meu irmão tb ia p/ cuidar da gente, e rostinho colado, nem pensar. Lá estava ele com o pescoço esticado me procurando no salão. kkkk

      1. A Lambança do Mineirinho

        Eu também já dancei

        de rostinho colado e sem cueca.

        O som era mecânico, mas,

        toda vez que acabava a música,

        – no momento fatídico que a gatinha

        se afastava pra tomar um arzinho -,

        como um artista agradecendo a ovação,

        inclinava a minha cabeça pra frente

        e saía de fininho do salão

        batendo palmas pro artista.

        Prá disfarçar a lambança…

        Sacumé,

        né?

  3. MORGANA

    A negativa de apoio do Faustão provocou o suicídio de Morgana

    Morgana foi a TV Globo pedir uma chance ao Faustão para aparecer em seu programa dominical. O gordo disse-lhe que se ela pagasse 10 mil dólares, com certeza, participaria de seu programa. Morgana voltou para casa revoltada e deprimida, pegou o revolver do marido, que trabalhava em uma empresa de segurança, e deu um tiro na boca.

    Morgana cantava em várias línguas – era considerada por muitos, como a melhor cantora brasileira ,teve sorte quando seu primeiro registro, ”Serenata do Adeus” de Vinicius de Moraes, foi direto para o primeiro lugar nas paradas.

    A ‘Revista do Radio’ via Morgana como ‘fabricada’ por paulistas para ser uma ‘Maysa loira’.

    “A cantora esteve no Rio, participando do que sua gravadora chamou de ‘blitz Morgana’, uma ‘operação’ para consagrá-la, de vez, com os cariocas. A campanha deu resultados positivos e, todo mundo, do Rio, quis conhecer ainda melhor a nova sensação paulista, principalmente a Sociedade Amigos da Marafa, interessadíssima no talento da revelação”.

    Em 23 de novembro de 1960, o ‘Correio da Manhã’ comenta as ‘gaffes’ de Morgana:

    “Em seu ultimo LP comete dois erros na letra do samba ‘Menina moça’ de Luiz Antonio. Ao invés de dizer ‘Confissões não ouça… ela diz: ‘audições não ouça’. Mais adiante, Morgana, em vez de dizer: ‘o céu, a lua, a terra e o mar, missões de Deus…’  ela canta: ‘O céu, a lua, a terra, o mar… missões dever’…

    Morgana foi lançada em 1958 pela gravadora Copacabana para faturar com o filão musical descortinado pelo fenômeno chamado Maysa, que tomou conta do Brasil a partir de 1956.

    Maysa tinha sido uma jovem da alta sociedade, que decidiu que queria se tornar cantora e deixou seu rico marido, assinou um contrato com RGE Records e logo seus discos estavam sendo tocados em todo o Brasil, tornando-se a novidade mais explosiva no meio musical. 

    Morgana também era uma garota voluptuosa e, como atração adicional, era loira – se uma loira oxigenada ou não, não importa! Seu nome verdadeiro era Isolda Correa Dias. Ela era uma jovem da classe média baixa da Mooca, uma classe trabalhadora subúrbio de São Paulo, diferentemente de Maysa que tinha vindo da burguesia.

    A “Serenata do Adeus” é uma bela e lamentosa balada, que deu a oportunidade para Morgana mostrar que não era só um rosto bonito, mas uma boa cantora.

    Em 1965 voltou ao sucesso interpretando a música-tema da novela ‘O Direito de Nascer’, da TV Tupi. 

    Em 1973, Morgana decidiu trocar a carreira de cantora por uma rede de pizzarias, montada em sociedade com o marido.

    Morgana e o seu ‘bolo-de-noiva’.

    Morgana & Agostinho dos Santos na capa da Revista do Radio, em 1959; Morgana volta à capa da RR em 1960.

    Em 1958 ganhou o Troféu Impresa de melhor cantora. Seus principais sucessos foram “Arrependida” e “Serenata do Adeus”, ambas de 1958, “Canção da Tristeza”, “Conselho”, “Este seu Olhar”, estas de de 1959, “Hino ao Amor”, de 1960, “Não Pense em Mim”, de 1967, e “E a Vida Continua” de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. 

    A MORTE TRÁGICA DE MORGANA

    Noticia publicada na revista “Istoé-Gente” de 17 Janeiro 2000.

    Faleceu tragicamente em 4 de janeiro de 2000, aos 65 anos, quando após uma tentativa de suicídio com um tiro na boca, foi socorrida e levada a um hospital. Ao despertar e perceber que estava ligada a aparelhos, Morgana arrancou os tubos que a mantinham viva e faleceu imediatamente. Foi sepultada no cemitério Quarta Parada, em São Paulo. 

    Varias cantoras contemporânea de Morgana disseram que ela estava enfrentando um período de depressão e só pensava em poder voltar a cantar novamente. A cantora Bianca Bellini, morava na Mooca, perto da família de Morgana. Em 1957, pegavam o bonde juntas para irem cantar ao auditório da Radio Record na rua Quintino Bocaiúva. O pai de Bianca era marceneiro. Bianca diz que no final dos anos 90, Morgana tinha períodos de depressão, chorava ao telefone e só sonhava em voltar aos palcos. Tinha tido três filhos com o Amaury, que já estavam adultos.

    Morgana organizou uma maneira de cantar acompanhada de um conjuntinho musical  de garotos, amigos de seus filhos, que moravam no mesmo condomínio e depois de vários ensaios, já se apresentava em festas da redondeza, tendo, inclusive, feito algumas gravações ‘demo’ com eles. Nessa época, ela foi entrevistada por José Carlos Gomes, DJ da Radio Difusora Oeste, de Osasco, que tomou a totalidade do programa dominical dele. Morgana estava muito contente e respondeu vários telefonemas de antigos fãs que foram levados ao ar pela emissora. O próximo passo seria a TV.

    Alguém lhe sugeriu que fosse à TV Globo pedir uma chance ao Faustão para aparecer em seu programa dominical. O gordo disse-lhe que se ela pagasse 10 mil dólares, com certeza, participaria de seu programa. Morgana voltou p’ra casa revoltada e deprimida, pegou o revolver do marido (que trabalhava com  firma de ‘segurança’) e deu um tiro na boca.

    Essa história foi confirmada pela cantora Esterzinha de Souza, casada com o maestro Cyro Pereira.   

    Morgana ainda era notícia em 1967 – ver artigo Melodias sobre seu mais recente lançamento ‘E uma vez Minha’ b / w ‘Montanha azul’; Morgana também afirmaVA que era proprietáriA de muitos edifícios de apartamentos em São Paulo, EM Praia Grande e EM Bertioga-SP.

    A matéria de Carlus Maximus foi publicada pelo site Brazilian Pop

    http://brazilianpop1957-1964.blogspot.com.br/2012/04/morgana.html

    [video:https://youtu.be/lStWscCbnAs width:600]

  4. Agradecimento.

    Mais uma vez obrigado Luciano. Belas recordações, inclusive afetivas, como santista de nascimento . Esta foto histórica do Morro da Nova Cintra de um período longínquo, que desconhecia.

  5. POETAÇÃO

    ÊXTASE

    Tocam a campainha. Quem seria naquele momento tão especial. Não poderia abrir a porta naqueles trajes, com aquela expressão inequívoca no rosto, descendo-lhe dos olhos à boca qual um derramamento incontrolável.

    Era ele que lhe entregava sofregamente um toque na nuca, um gesto suave no cotovelo, um ralar de suspiros anteriores. Era ele. E agora ter que abrir a porta assim de repente.

    Por que interromper aquele ritual quase fluído de sonhadora presença? Por que quebrar o par mágico da situação inesperada com um toque de campainha? Por que deixar de auscultar-lhe o peito e saber-lhe a respiração? Por que  desgrudar-se do onírico, da ideia, da sensação suprema?

    Ora, atender a campainha. Quem poderia trazer notícia melhor, quem poderia derramar-lhe outros embevecimentos? Quem no roçar de pelos saberia adivinhar seus excessos e devaneios naquele momento em evolução? Quem no emudecimento das explicações estaria ali fora a tocar aquela campainha? Não importava quem fosse, seria menor. Seria pior. Seria insuficiente.

    Do meio do corredor até ao sofá, ouviu uma, duas , três vezes a campainha. Resolveu não deixar entrar ali  nada que fosse inferior a ele em si mesma.  O bônus reiterava o prazer, a satisfação com a visita etérea do corpo magro e retilíneo a lhe pressionar todos os músculos.

    Quem poderia ser melhor que aquilo que sentia em seu corpo naquele instante?

    A insignificância de se estar com.

    Além, a plenitude da ideia, o apreço pela invenção, a graça pela fantasia. Elementos complexos e sem filtro da razão.

    Que tocasse a campainha mil vezes que do sonho não sairia por nada.

    Depois de algum tempo, olha ela pela janela e descobre que fora ele, o cavaleiro da fantasia, que estivera ali tocando duas, três vezes sua campainha.

     

    Odonir Oliveira

    The promenade, Marc Chagall 

  6. Senhoras preciosidades!

    Caro Luciano,

    Eis o típico post pra ‘favoritar’. O clássico de Os Caçulas é um saudoso achado, e a seleção oferecida pelos comentaristas ‘excede’ o serviço! 

    Valeu, amigo.

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