A “Bíblia do Bitcoin”, segundo o JPMorgan


Na foto, Jamie Dimon, Chairman e CEO do JPMorgan – REUTERS/Mike Blake

Enviado por Giorgio Xenofonte 

Mais uma vez em busca de educação e conhecimento do que convencer alguém, trago o texto abaixo, traduzido livremente do publicado nesta segunda, 12/02/2018, no site FOXBUSINESS, do canal de TV FOX, americano:

Por  

Da Fox Business

O CEO/Diretor do JPMorgan Chase (JPM) Jaime Dimon percorreu, com certeza, um longo caminho em matéria de bitcoin – primeiro chamando a cryptomoeda de “fraude”, depois dizendo que a tecnologia do “blockchain” era real, e agora lançando o que alguns estão chamando a “BIBLIA DO BITCOIN” para investidores – tudo isto em menos de 5 meses.

O panfleto de 71 páginas, o qual foi apresentado nesta segunda, detalha desde a tecnologia das cryptomoedas até suas aplicações e desafios.

De acordo com o documento, o “extremamente rápido crescimento” e as “quedas” de várias das moedas digitais nos últimos meses forçaram não só o JPMorgan mas todos os investidores a monitorar e entender de perto este novo mercado.

“[Cryptomoedas], muito provavelmente, não vão desaparecer completamente e podem facilmente sobreviver em várias formas e formatos entre os investidores (players) que desejam grande descentralização, redes ponto-a-ponto e anonimidade, mesmo que este último ponto esteja sob ameaça”, diz o documento, acrescentando que a tecnologia de base [das cryptos] pode ter sua maior aplicação na área onde os atuais sistemas de pagamento são lentos.

(RIPPLE e STELLAR são duas moedas criadas especialmente para agilizar pagamentos entre pessoas e/ou instituições – nota do tradutor)

Hoje, há mais de 1.500 cryptomoedas com um teto de mercado de 400 bilhões de dólares, com a Bitcoin sendo a maior, representando um terço do mercado (140 bilhões de dólares), de acordo com o site CoinMarketCap.

O JPMorgan Chase disse que o maior desafio à frente das moedas digitais é que será extremamente difícil substituírem e competirem com as moedas emitidas por governos (fiat), “dólares, euros e yuans são virtualmente monopólios naturais em suas regiões e não vão desistir facilmente de seus lucros como entidades dominantes”.

Ainda, cryptomoedas estão experimentando alto índice de volatibilidade e vão enfrentar desafios perenes tanto de um ponto de vista tecnológico, em vista dos altos custo de mineração das mesmas e das ameaças de hacking, quanto dos reguladores, que estão preocupados com a questão da lavagem de dinheiro e da proteção ao investidor.

No último outubro, um mês depois de chamar a Bitcoin de uma “fraude”, Dimon atacou novamente a moeda digital na conferência do Instituto de Finanças Internacionais, dizendo: “se vocês são estúpidos o suficiente para comprar, vocês pagarão o preço disto um dia”.

Mas, em janeiro, Dimon deu pra trás em seus comentários prévios em uma entrevista com Maria Bartiromo, da FOX Business, dizendo que lamenta ter feito tais declarações e admite que a tecnologia da “blockchain é real”.

Bitcoin está com ganho de 2,41%, nesta segunda, custando por volta de 8.615 dólares.

 

COMENTÁRIOS do Tradutor (livre):

Wall Street está começando a ver que HÁ DINHEIRO A SER GANHO COM AS TECNOLOGIAS DAS CRYPTOS, quando não com a especulação envolvendo as mesmas.

Há um claro, embora ainda fraco, “medo” dos mercados tradicionais de perder dinheiro para o mercado desregulado das cryptomoedas.

Em vista disto, estão se preparando. Por baixo do pano, há notícias brotando que o JPMorgan já vem comprando cryptos há algum tempo, seguido por outras instituições de igual calibre.

Onde há dinheiro, os ratos gordos vão atrás. Ao pequeno investidor, resta ficar antenado e não achar que vai ganhar dinheiro fácil… esta promessa é uma mentira em 99,99% dos casos.

 

Redação

4 Comentários

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  1. O dia da grande hecatombe mundial

    Quando chegar esse dia, que vai fazer parecer o 15.09.2008 uma brincadeira de criança, os sobreviventes inundarão a mídia de explicações do tipo “…então, até que era uma boa ideia, mas sabe como é, né, desvirtuaram um produto que representava uma mudança de paradigma…fizeram mau uso de um negócio promissor…o mercado desencaminhou o produto…”. E por aí vai. 

    Não sei precisar, mas foi entre 1997/1998, havia uma romaria em direção à minha mesa de trabalho no banco do brasil naquela grande cidade próxima a São Paulo. Todos com um só assunto: ovo de avestruz. Chegou a tal ponto que realmente fiquei confuso com os relatos entusiasmados de pote de ouro no fim do arco íris. Convoquei o agrônomo do banco, um grande amigo, para uma conversa, e relatei que estava sendo soterrado com propostas mirabolantes envolvendo o bitcoin da época, o ovo de avestruz. 

    O agrônomo, formado na ESALQ, ouviu tudo e pediu um tempo. Dali a uma semana, ele deixou na minha mesa um parecer técnico de mais de 5 laudas, datilografadas em máquina Olivetti. Era um primor, digno de emoldurar. Estava tudo ali, minuciosamente relatado, as razões e os motivos porque aquela bagaça era uma aventura, não havia uma cultura de consumo de carne de avestruz (sim, porque do ovo presume-se que venha após uma ave do tamanho da porra que ninguém sabia como tratar). O parecer técnico desceu a detalhes impressionantes.

    A partir daí, rechacei todos, rigorosamente todos os delírios que chegavam à minha mesa, escudado por um magnífico parecer. 

    Dali pouco tempo vi a criação da Aravestruz. Lembrei-me do parecer. Em seguida, o estouro. 

    Tudo, rigorosamente tudo foi previsto e estava contemplado naquele parecer feito por um técnico do Banco do Brasil.

    Boa sorte. 

    1. Pode ser, realmente pode

      Pode ser, realmente pode ser…

      Algo está havendo nos mercados do mundo, cada um tem sua aposta… qual a que vai ganhar, ninguém sabe.

      Eu não aposto exatamente nas Cryptos, mas tem sido uma boa viagem aprender sobre elas.

      Mesmo que dêem em nada (o que duvido), a quantidade de informação nova é espantosa, mesmo para alguém que tem uma relativa cultura 🙂

  2. Rastros

    Para ativar legenda, abra o vídeo no Youtube, clique no botão “detalhes” na parte inferior direita do vídeo e selecione “legendas”, “inglês (gerada automaticamente)”, [volte para legendas] “traduzir automaticamente”, escolha o idioma (português disponível). As legendas apresentam erros por serem automatizadas. 

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    https://www.youtube.com/watch?v=A8As8mFaRGU

     

    Nós, povos do mundo, estamos no mesmo barco furado e à deriva – ou pior, capitaneado por piratas saqueadores que pensam estar a salvo com suas asas de abutres enquanto a maioria ou morre de sede ou afogada, de inúmeras maneiras. 

    O povo informado e empoderado produz belezas potentes como a que nos foi presenteada pela escola de samba Paraíso do Tuiuti (São Cristóvão/RJ) neste Carnaval. 

    Enquanto a coxinhada que destrói o país foge para Portugal… 

    Cada escolha nossa faz a diferença, porque nosso consumo – e criação – de produtos, idéias, comportamentos e hábitos modela o mundo e financia a desigualdade. Não basta a escolha política ou ideológica abstrata porque, por falta de compreensão básica sobre o funcionamento do mundo e coragem de autocrítica, mantemos a engrenagem girando e moendo: quant@s de nós sabemos como funciona o sistema econômico-financeiro que tanto criticamos e agimos sobre esse (des)conhecimento? Quant@s que reconhecem o poder deletério dos meios de comunicação de massa cheirosa, a mídia comercial, com ela colaboram, direta ou indiretamente, ao adotar suas pautas sob pretexto de que fazem o contraponto ou a crítica quando deveriam estabelecer pautas realmente alternativas e autônomas, com tanta coisa acontecendo e que precisa de espaço de discussão mas não interessa nem aos “alternativos” porque ultrapassa os limitados caracteres das redes sociais eletrônicas do fast food mental? Quant@s continuam aproveitando as promoções de lojas de roupas cuj@s don@s são escravocratas? Quant@s de nós criticam a direita política e  praticam seus métodos autoritários, discriminatórios e individualistas nos gestos cotidianos através da “lavagem ideológica” do comportamento? – vamos a manifestações engajadas “de esquerda” e mal olhamos para quem está ao nosso lado, fazendo do ato apenas um palco para transmitir “live pro face” ou para repercutir em nossas bolhas pessoais… pra não falar do rastro de lixo deixado pelo caminho: quem se importa?  

    Sugiro ao GGN um espaço de cidadania no site para informar – e disseminar tantas idéias interessantes já praticadas por aí mas pouco divulgadas porque guetificadas e glamourizadas como  estilo de vida cool e descolado para poucos – questões comportamentais ligadas às pautas ditas progressistas, em especial as que são diretamente vinculadas à economia, às relações sociais públicas e à sustentabilidade ambiental e de saúde pública: quanto gastamos – ou desperdiçamos – de água por dia e como realizar usos mais eficientes e inteligentes do ouro líquido nas atividades corriqueiras individuais e sociais? quais mudanças de hábitos e métodos podem impactar nossa pegada ambiental individual e coletiva, da alimentação à produção e descarte de lixo? redução do consumo de plástico e de embalagens, educação financeira honesta (que não replique as técnicas duvidosas do sistema financeiro para enriquecer rápido de forma especulativa), cuidados com a saúde de animais domésticos (informação sobre castração, serviços públicos e sites especializados), reciclagem de recursos e objetos, entre muitos outros de interesse público e impacto idem. 

    A impressão de que há pouco que possamos fazer diante da complexidade da vida e do mundo nos dispensa de refletir sobre nossas escolhas e decisões individuais e a responsabilidade sobre suas consequências, e de perceber como aparentemente coisas tão simples como trocar o enlatado da prateleira do supermercado pela feira livre fazem uma diferença significativa para a saúde e para o bolso. Ou economizar com taxas bancárias (anuidades de cartões de crédito de que não precisamos) para financiar iniciativas de comunicação independente ou ações humanitárias. Ou não deixar eletroeletrônicos ligados sem uso (quem não viu ainda luminárias acesas em pleno dia em lugares públicos, mesmo em sua casa e no local de trabalho? aprendi quando criança que não era “sócia da Light” e a lição ficou), não descartar lâmpadas ou medicamentos no lixo comum para evitar mais contaminação, trocar pilhas descartáveis por recarregáveis. Não se calar diante de injustiças apenas porque não se sente afetad@ diretamente, teme represálias ou porque “alguém sempre colhe porque plantou” ou porque “o mundo é assim mesmo”. Antes de se juntar a um partido político ou esbravejar em manifestações, de direita ou esquerda, se olhar no espelho da consciência para descobrir quais suas reais motivações – especialmente as inconfessadas. A roda da exploração, social e ambiental, e da desigualdade social e econômica não seria tão difícil de combater se as pessoas que se acham “@s progressistas” – as “pessoas de bem à esquerda” – agissem de maneira consequente com aquilo que pregam ou dizem se identificar. A partir de suas próprias casas, relações de amizade e de trabalho ou de “ativismo”. Há sempre um preço a pagar. E o da coerência é o mais barato no fim das contas e o mais difícil de bancar no meio do caminho – [antes do pote de ouro no final do arco-íris]. Quem aceita o risco? A honestidade em todas as suas formas é a virtude mais difícil de praticar. 

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=XeEYaX82jSE&t=524s%5D

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    Sampa/SP, 13/02/2018 – 20:40 (envio original às 18:58 – trecho sublinhado entre colchetes acrescentado).

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