Agenda doméstica agitada promete movimentar Bolsa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A realização de lucros influenciou o comportamento do mercado ao fim de terça-feira (28), e a expectativa em torno da divulgação de índices de peso na economia brasileira acabou por nortear as operações mesmo que parcialmente.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou a terça-feira em queda de 0,64%, aos 56,036 pontos, e um giro financeiro de R$ 6,399 bilhões. As operações começaram em alta devido a divulgação de diversos indicadores favoráveis nos Estados Unidos, aliado à venda de bônus soberanos na Itália que ultrapassou as expectativas dos agentes.

“O mercado realmente abriu com um humor mais positivo, mas alguns papéis começaram a pesar, como Vale e OGX, e eles tem grande peso na composição do Ibovespa”, explica José Cataldo, estrategista da Ágora Invest e da Bradesco Corretora. “Com a estabilidade pressionada, a bolsa acabou por devolver uma parte grande dos ganhos. Os papéis com peso relevante em commodities pressionaram, mas não teve nenhuma notícia relevante que levasse à queda”.

Na visão de Pedro Galdi, analista da SLW Corretora, a semana como um todo será de indicadores domésticos. “Os mercados voltaram com força após o feriado nos Estados Unidos. Indicadores locais vieram bons, mas a Bovespa acabou perdendo força”.

A divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro referente ao primeiro trimestre de 2013 será o principal ponto de referência nas negociações desta quarta-feira (29), também por conta da expectativa em torno da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que vai divulgar sua decisão para a taxa básica de juros (Selic) após o fechamento do pregão.

“Todos os investidores aguardam o Brasil melhorando seus indicadores, mostrando que o país finalmente não vai ter um voo de galinha como aconteceu no ano passado”, afirma Galdi. Na visão de Cataldo, os agentes continuam bastante divididos quanto a decisão da taxa básica de juros. “Não se sabe se o ajuste será de 0,25 ou de 0,50 ponto percentual, então existe uma grande expectativa”. Por conta disso, as negociações do mercado de juros podem apresentar uma volatilidade mais expressiva.

Outras informações que vão movimentar a agenda brasileira envolvem a divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) de maio, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os dados do Governo Central pelo Tesouro Nacional e, no mercado internacional, destaque para os dados conjunturais da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e os números de pedidos de hipoteca nos Estados Unidos.

“O mercado doméstico está em compasso de espera. Até a aposta da Selic ficou vinculada ao PIB. Por exemplo: se o PIB vier na casa de 0,6%, tudo bem um ajuste de 0,25 ponto percentual. Mas se o PIB vier na faixa de 1%, o aumento de 0,50% deixa de ser uma hipótese”, explica Galdi.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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