Apesar da Petrobras, bolsa mantém valorização e sobe 0,68%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro acompanhou o otimismo do setor externo e emplacou sua terceira sessão consecutiva de alta, mantendo-se na casa dos 56 mil pontos. Os dados do mercado de trabalho norte-americano ajudaram a trazer otimismo, embora as ações da Petrobras tenham fechado o dia em queda.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em alta de 0,68%, aos 56.460 pontos e um volume negociado de R$ 6,472 bilhões. Desta forma, o total acumulado no mês chega a 7,37%, enquanto a desvalorização anual é de 7,37%.

Depois da disparada vista na segunda-feira, por conta dos resultados do leilão da área do pré-sal de Libra, as ações da Petrobras encerraram o dia em queda, com os investidores preferindo embolsar os lucros. “A bolsa reagiu de forma relativamente favorável, embora a Petrobras tenha caído devido aos altos investimentos que terá de fazer, em meio a dúvidas quanto aos desafios que a extração nesses campos vão trazer”, diz Luis Morato, operador-sênior da TOV Corretora, citando inclusive a questão do endividamento da estatal como um ponto a ser acompanhado, já que a empresa não possui caixa suficiente para os investimentos necessários para exploração da área do pré-sal.

Por outro lado, os números do mercado de trabalho norte-americano ajudaram a sustentar o mercado internacional – o país abriu 148 mil empregos em setembro, abaixo dos 180 mil estimados inicialmente, enquanto a taxa de desemprego caiu de 7,3% em agosto para 7,2%. O mercado acredita que, por conta da fraqueza dos números divulgados, a retirada dos estímulos da economia pode ser adiada, o que justifica a euforia. “Os dados corporativos também tem vindo bons, e tem impulsionado o mercado, a ponto do S&P 500 (índice de referência da bolsa norte-americana) apresentar altas históricas, e parte se reflete aqui, mas de maneira mais contida”, diz Morato.

No câmbio, a divulgação das novas vagas de emprego nos Estados Unidos em nível abaixo das expectativas ajudou a reduzir as cotações no dia, justamente por reforçar a percepção de que o corte de estímulos só será iniciado em 2014.

Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, os agentes também esperavam números relacionados à rolagem dos swaps com vencimento programado para 1º de novembro, em um total de US$ 8,9 bilhões. Depois de apurar a demanda, foi anunciada uma primeira rolagem de 20 mil contratos, no total de US$ 1 bilhão, o que foi interpretado por alguns agentes como um sinal de que o vencimento não será rolado em sua íntegra, o que poderia trazer um viés de alta para o dólar em meio a um quadro que pressiona as cotações para baixo.

A agenda macroeconômica no Brasil tem como destaque a divulgação dos dados de confiança do consumidor e do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) da Fundação Getúlio Vargas. No setor externo, são esperados os números de empréstimos hipotecários e os dados relacionados à importação nos Estados, além de pesquisa de demanda e o panorama de produção empresarial na França, a ata referente a última reunião do Banco da Inglaterra, os números de confiança do consumidor na zona do euro. “Na minha opinião, a bolsa tem que realizar pois subiu muito forte nos últimos dias, mas não tem ocorrido uma vez que os investidores estão preocupados em perder o rendimento recente”, diz o operador da TOV.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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