Bolsa começa a semana em queda de 0,31%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A instabilidade voltou a dar o tom das operações, e a bolsa encerrou o dia em queda pelo terceiro pregão consecutivo: o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou a semana em queda de 0,31%, aos 52.809 pontos e com um volume negociado de R$ 5,052 bilhões.

As operações foram diretamente afetadas pelo mau desempenho das ações da Vale e dos bancos Itaú Unibanco e Banco do Brasil. Os papéis preferenciais da Vale (VALE5), com prioridade na distribuição de dividendos, recuaram 3,18%, a R$ 17,05. Os papéis ordinários (VALE3), com direito a voto em assembleia, perderam 2,43%, a R$ 20,10. Já as ações do Banco do Brasil (BBAS3) recuaram 0,45%, a R$ 22,23, e o Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,42%, a R$ 33,01.

No exterior, as operações também fecharam em queda devido à inquietação dos agentes diante do impasse existente sobre a Grécia, com os agentes ponderando sobre a possibilidade de o Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) aumentar a taxa básica de juros do país em setembro, principalmente após a divulgação de dados mais expressivos sobre o mercado de trabalho na última sexta-feira.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 1,29%, a R$ 3,11 na venda. A moeda registrou sua maior queda percentual diária desde 14 de maio, quando o dólar havia caído 1,51%, e também seu menor valor de fechamento desde o dia 25 do mês passado, quando a moeda encerrou a sessão valendo R$ 3,098.

A variação do dólar refletiu o quadro mais tranquilo no mercado internacional. No começo das operações, a agência Bloomberg News citou uma autoridade francesa dizendo que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, teria dito aos países do G7 que o dólar forte seria um problema – declaração que foi negada pela Casa Branca.

Contudo, qualquer tipo de pronunciamento que envolva o processo de recuperação dos Estados Unidos afeta o cenário econômico, uma vez que o fortalecimento do dólar acaba por encarecer produtos norte-americanos para seus parceiros comerciais – e o tema ganha mais força no momento em que o Federal Reserve avalia os indicadores econômicos para decidir quando deve começar a elevar os juros.

No Brasil, investidores aguardam a divulgação, na quinta-feira, da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Na última reunião, o Banco central elevou a Selic (taxa básica de juros) a 13,75% ao ano. Além disso, a presidente Dilma Rousseff defendeu o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, antes do Congresso do PT.

Ao mesmo tempo, o BC vendeu a oferta total de até 7 mil swaps cambiais (contratos equivalentes à venda futura de dólares) em leilão para rolar parte dos contratos que vencem em julho.

Para terça-feira, os analistas aguardam a publicação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) referente ao mês de maio, além dos dados de estoque no atacado dos Estados Unidos.

 

(Com Reuters)

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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