Bolsa de valores começa o mês com recuperação

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após o tombo generalizado visto no último pregão de maio, a bolsa de valores mostrou sinais de recuperação na segunda-feira, embora a divulgação de uma série de indicadores importantes no Brasil e no exterior deva fazer com que o pregão ao longo da primeira semana de junho apresente um comportamento mais volátil. Com todas as incertezas,  ainda assim existe uma possibilidade de valorização no mês por conta do desempenho enfraquecido de maio.

Após a queda de 2,07% (e volume de R$ 12,677 bilhões) registrada na sexta-feira, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) conseguiu uma recuperação parcial e encerrou a segunda-feira em alta de 0,82%, aos 53.944 pontos e um volume negociado de R$ 7,542 bilhões.

“Acho que o mercado ficou bem pressionado por conta dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) e, na volta do feriado, a decisão da Selic afetou vários setores. No pregão de segunda-feira, se viu um sinal de recuperação no mercado local”, comenta Gabriel Ribeiro, analista da Um Investimentos, citando dois dos eventos que acabaram por derrubar o último pregão de maio.

Na falta de indicadores domésticos mais influentes, os analistas acompanharam com mais atenção a divulgação dos dados internacionais. No mercado de commodities, o avanço do preço do minério de ferro na China na segunda-feira favoreceu as ações da Vale. “O mercado tem tido precificação por conta do dólar alto, e a desvalorização favorece empresas como a Vale, recuperando as perdas da sexta-feira”, diz Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora.

“A bolsa não foi tão ruim, acompanhando os índices norte-americanos e os dados da China, que foram bem recebidos. Depois do que vimos na sexta-feira, vimos uma recuperação dos negócios”, comenta Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora. “Contudo, devemos ter uma forte saída de estrangeiros da bolsa em maio”.

Na agenda doméstica, destaque para a divulgação dos números de produção industrial pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo Luis Gustavo Pereira, os números serão importantes para uma avaliação inicial da economia durante o segundo trimestre, após o tombo registrado durante os primeiros três meses do ano.

A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que será publicada na quinta-feira (06), e os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que serão publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na sexta-feira (07) são igualmente aguardados, e a expectativa em torno desses dados pode trazer um pouco de volatilidade ao mercado, principalmente por conta da resposta mais firme da autoridade monetária, que aumentou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual na semana passada com o objetivo de reduzir a inflação.

“O mercado também está atento a qualquer sinal do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos) quanto ao fechamento quantitativo, acompanhando inclusive os discursos dos presidentes regionais da autoridade monetária norte-americana”, diz Pereira, ressaltando que outros dados não podem ser deixados de lado, como a possibilidade de taxas de juros negativas na zona do euro.

A movimentação da autoridade monetária norte-americana também foi citada pelo analista da SLW. “Temos um evento importante em junho, com a possível antecipação do Federal Reserve deixando de comprar títulos, o que de certa forma pode pressionar o dólar novamente. O Ibovespa não foi tão bem em maio, e a redução de compra do Fed pode mexer com os mercados”, explica Pedro Galdi.

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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