Bolsa de valores consegue encerrar o dia em alta

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após um começo instável, a bolsa ensaiou uma leve recuperação e encerrou o pregão de terça-feira em alta, puxada pelas ações da Vale e da OGX – mesma empresa que ajudou a derrubar o pregão de segunda-feira.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou o dia em alta de 0,77%, aos 49.464 pontos e um volume negociado de R$ 6,745 bilhões. No mês, o índice acumula perda de 7,55% e, no ano, a desvalorização chega a 18,85%.

A divulgação do novo código do setor de mineração ajudou a impulsionar as ações da Vale mas, no caso da OGX, o fato do papel ter seu preço na casa dos centavos ajuda na volatilidade, ao mesmo tempo em que os investidores não se sentem confortáveis em investir na companhia.

“De uma certa maneira, a bolsa ainda está operando de maneira bem tímida, não teve aquele impulso muito forte”, explica o analista Elad Revi, da corretora Spinelli. “Tivemos algumas blue chips subindo, mas de uma maneira geral ainda é difícil falar em recuperação. Talvez seja um ajuste, após um patamar psicologicamente muito baixo, mas acho que a gente ainda precisa esperar notícias melhores”.

Na visão de Revi, ainda existem muitos gargalos setoriais que só serão resolvidos lentamente. “Será preciso aguardar a safra de balanços para ver se o esforço do governo repercutiu em alguma melhora para poder determinar a trajetória da bolsa. Ainda estamos à mercê de indicadores internacionais, e talvez algumas mudanças na economia doméstica possam ajudar, mas é algo que ainda não está concretizado. Por isso a bolsa não está subindo tanto”.

Quanto ao mercado de câmbio, informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, mostram que a moeda norte-americana fechou em alta de 0,23%, a R$ 2,1780 – o maior patamar de fechamento desde abril de 2009. Nem mesmo as duas atuações registradas pelo Banco Central foram suficientes para conter o avanço da moeda, uma vez que as preocupações em torno da economia brasileira, assim como a alta do dólar no exterior e a busca por proteção, tem sido expressivas.

A primeira operação de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) foi anunciada logo às 9h40. Após anunciar os resultados desse leilão, às 10h10, o BC decidiu fazer mais uma intervenção.

Segundo informações da Agência Brasil, todos os 30 mil contratos ofertados, com vencimento em 1º de agosto, foram negociados. No total, foram US$ 1,498 bilhão. Outros 30 mil contratos foram ofertados e negociados, com vencimento em 2 de setembro de 2013. O valor ficou em US$ 1,496 bilhão.

No segundo leilão, os 20 mil contratos com vencimento em 2 de setembro foram negociados. No total, foram US$ 996,6 milhões. Dos outros 20 mil contratos ofertados, 10,2 mil foram negociados, com vencimento em 1º de outubro. O valor chegou a US$ 507,1 milhões.

Diante de uma agenda doméstica esvaziada de indicadores, a expectativa do mercado nesta quarta vai ficar em torno do pronunciamento do presidente do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), Ben Bernanke, devido à possibilidade de recuo do pacote de incentivos à recuperação econômica dos EUA, cuja sinalização na semana passada foi suficiente para causar estrago nos mercados.

“Bernanke vai dizer se vai ou não reduzir os estímulos e, se vai, como isso vai ser feito. Ele pode tanto trazer uma surpresa muito positiva – já que o mercado espera algo pequeno e pontual – como uma surpresa muito negativa, como o corte drástico. Amanhã ele pode mudar o rumo dos negócios”, explica Revi.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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