Bolsa emplaca quarto mês consecutivo de valorização

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A forte queda registrada pelas ações da OGX afetou o desempenho da bolsa brasileira em outubro, mas o total acumulado foi positivo pelo quarto mês consecutivo, e o índice encerrou o último pregão do período com uma leve valorização, puxada pelas ações da Petrobras e de siderurgia.

 
O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou a quinta-feira em alta de 0,15%, aos 54.256 pontos e um volume negociado de R$ 7,950 bilhões. Com o resultado, o índice encerrou o mês de outubro em alta de 3,67% – acumulando um ganho de 14,32% em quatro meses -, ao passo que as perdas registradas em 2013 foram de 10,99%.
 
“O Ibovespa terminou o último pregão de outubro em alta, na contramão das principais bolsas norte-americanas, que caíram com os investidores digerindo os balanços corporativos e após a decisão do FOMC (Federal Open Market Committee, equivalente ao Copom) de manter inalterado o atual programa de compras de ativos no valor de US$ 85 bilhões mensais ontem. O índice S&P 500 fechou no positivo pelo segundo mês consecutivo”, explica o analista Nataniel Cezimbra, da BB Investimentos, em relatório.
 
“O mercado esteve muito indefinido, e o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) trouxe um pouco dessa indefinição devido a retirada ou não dos estímulos econômicos”, diz Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora. “A OGX fez peso no índice, mas teve seu peso anulado por Petrobras e siderurgia. Por enquanto, falta definição ao mercado”.
 
O destaque do dia foi a OGX Petróleo, que entrou com pedido de recuperação judicial ontem, na busca por uma reestruturação da dívida de R$ 11,2 bilhões. Embora o ativo tenha sido negociado pela última vez nos índices da bolsa, eles seguirão sendo negociados na BM&F Bovespa. As ações da empresa, que chegaram a valer R$ 23,27 em outubro de 2010, fecharam o dia cotadas a R$ 0,13.
 
Com a retirada da ação OGXP3 do índice, haverá uma redistribuição de sua participação de sua participação entre todas as empresas do Ibovespa, proporcionalmente. Quanto a saída da empresa de Batista do índice, Pereira diz que ainda não se sabe se o índice ficará mais leve e subir, mas a tendência é que o Ibovespa fique menos volátil.
 
Por outro lado, as empresas de siderurgia foram destaque, principalmente devido ao aumento de 57,4% apurado pela Gerdau no terceiro trimestre em relação ao visto em 2012, chegando a R$ 642 milhões.
 
No câmbio, a cotação no balcão encerrou o dia em alta de 1,64%, a R$ 2,2310 – maior patamar de fechamento desde 27 de setembro, quando chegou a R$ 2,2590. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, um dos pontos de destaque ficou com o comunicado do Federal Reserve, que manteve a possibilidade de redução dos estímulos à economia a partir do mês de dezembro. O comunicado emitido pela autoridade monetária eliminou a referência ao aperto das condições financeiras, em um sinal de que a entidade enxerga um quadro econômico mais favorável.
 
No Brasil, as negociações com o câmbio foram afetadas pela disputa entre comprados (que apostam na alta do dólar) e vendidos (que apostam na queda) para a formação da Ptax, a taxa que vai liquidar os contratos cambiais no mês de novembro. A confirmação de que o Banco Central não vai rolar cerca de US$ 2,9 bilhões em swaps com vencimento neste dia 1º de novembro também causou algum impacto nas operações.
 
No primeiro dia útil de novembro, os agentes vão acompanhar a divulgação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal), as vendas de veículos pela Fenabrave, a produção industrial de setembro e a balança comercial brasileira referente ao mês de outubro. No setor externo, destaque para o orçamento norte-americano, o índice de preços manufaturados e o índice antecedente nos Estados Unidos, além do índice de manufatura da Inglaterra.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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