Bolsa perde força ao fim do dia, mas mantém 53 mil pontos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa de valores chegou a apresentar alguns momentos de alta, mas acabou fechando o pregão de quarta-feira (2) com leve queda, acompanhando a trajetória dos mercados norte-americanos, que devem continuar ditando o ritmo dos negócios pelos próximos dias. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou o dia em queda de 0,15%, aos 53.100 pontos e com um volume negociado de R$ 4,663 bilhões. A alta apurada no mês chega a 1,46%, enquanto a desvalorização em 2013 chega a 12,88%.

Os Estados Unidos seguem em destaque no mercado, uma vez que a paralisação do governo devido à falta de acordo quanto ao orçamento já começa a fazer preço nas ações. Existe o temor de que tal interrupção atrapalhe o aumento do teto da dívida, que tem duas semanas para ser fechado. “A história da dívida fiscal norte-americana está mais difícil do que no fim do ano passado. O vencimento se dá no dia 17, e vai ser duro para o mercado até lá”, diz Hamilton Moreira Alves, analista do BB Investimentos. “Quanto mais se aproximar desse dia, e não tiver acordo, mais o mercado fica temeroso e, assim como aconteceu com os estímulos do Federal Reserve, não acreditamos que a reunião programada para o fim do mês vai trazer um resultado mais efetivo”.

Os agentes também repercutiram alguns dados ruins da economia norte-americana, como a criação de 166 mil vagas de emprego segundo dados da ADP, abaixo dos 178 mil inicialmente esperados, além da revisão para baixo do total de empregos em agosto, de 176 mil para 159 mil. Contudo, a queda do Ibovespa só não foi maior devido a notícias específicas do mercado local, como a fusão da Oi com a Portugal Telecom, que levaram as ações da operadora de telefonia a apresentar algumas das maiores valorizações do dia: Oi PN chegou a subir 5,21%, enquanto as ações ON avançaram 3,58%.

No câmbio, a cotação da moeda norte-americana no balcão terminou o dia em queda de 1,12%, negociada a R$ 2,1980, segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado. Tanto os números abaixo do esperado para a criação de vagas no setor privado norte-americano, como o leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) e um ingresso de capital no país durante a tarde, afetaram as negociações.

O Banco Central manteve sua estratégia de liquidez no mercado ao negociar os 10 mil contratos de swap cambial para 03 de fevereiro de 2014 ofertados em leilão, o que representou a injeção de US$ 498,1 milhões no mercado.

Nesta quinta-feira (3), a agenda macroeconômica será mais movimentada nos Estados Unidos, devido aos números de seguro-desemprego (pedidos semanais e o total de cidadãos cadastrados), pedidos de fábrica, os índices de serviços PMI (gerentes de compras) do Brasil, França, Alemanha e zona do euro, além das vendas no varejo na Europa. “A partir de agora, o mercado (brasileiro) fica mais à mercê do que acontece lá fora. Houve um descolamento do setor externo em setembro, mas agora vai ficar mais colado, e o volume baixo de negociação não aponta um direcionamento mais consistente”, pontua Moreira.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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