Bolsa sobe 0,13%, em dia marcado pela instabilidade

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa de valores brasileira encerrou as atividades com leve alta, em dia marcado pela instabilidade. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou o dia com valorização de 0,13%, aos 53.080 pontos e com um volume negociado de R$ 5,414 bilhões. Com isso, a Bolsa encerra o mês com valorização de 0,61%. No ano, acumula alta de 6,15%.

A situação econômica da Grécia foi o ponto de destaque do dia. Os países da zona do euro rejeitaram o pedido de socorro de última hora feito pelo país para evitar um calote de 1,6 bilhão de euros ao FMI (Fundo Monetário Internacional), o que tornou inevitável o não pagamento da dívida com vencimento programado para esta terça-feira. Com isso, o país deixa de contar com socorro externo pela primeira vez em cinco anos.

As ações da Cielo (CIEL3) foram destaque de alta nesta sessão, subindo 3,67%, a R$ 43,82. Por outro lado, os papéis da Vale apresentaram forte desvalorização: as ações ordinárias da empresa (VALE3) perderam 4,74%, a R$ 18,29. Os papéis preferenciais (VALE5) recuaram 4,12%, a R$ 15,58.

Segundo informações da agência de notícias Reuters, o mercado acionário brasileiro vai começar o segundo semestre em um ambiente marcado pela deterioração da economia local e indefinição acerca da primeira alta da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) em quase uma década.

No câmbio, a cotação do dólar comercial registrou a segunda queda seguida e caiu 0,34%, a R$ 3,109 na venda. Assim, a moeda norte-americana encerra o mês com desvalorização de 2,46%, mas ainda acumula alta de 16,93% no ano.

Assim como aconteceu com a bolsa, os investidores estavam de olho na Grécia, e a percepção de que o impacto do provável calote seria pequeno no Brasil evitou uma alta do dólar. As operações nacionais também foram afetadas pela formação da Ptax de junho, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais. Nas últimas sessões do mês, operadores costumam disputar para deslocar a Ptax para patamares mais favoráveis a suas apostas.

A estratégia de intervenção da autoridade monetária brasileira foi outro ponto de análise. O BC sinalizou que deve rolar 70% dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) a vencer em agosto, proporção aproximadamente igual à rolagem dos contratos para julho. Na véspera o BC havia anunciado um montante para o primeiro leilão dessa rolagem que sinalizava a intenção de rolar cerca de 67% do total. Mas nesta manhã o BC alterou a oferta, segundo sua assessoria de imprensa, para ajustar os números devido ao feriado paulista de 9 de julho.

A agenda de indicadores na quarta-feira destaca os números da balança comercial referente ao mês de junho, IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) produção industrial, fluxo cambial e o PMI (índice dos gerentes de compras) no Brasil; PMI industrial e os dados de criação de vagas nos Estados Unidos; PMI industrial na Alemanha e na zona do euro, além dos desdobramentos do default da Grécia.

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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