Bolsa supera volatilidade e encerra operações em alta de 0,60%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Em um dia de volatilidade por conta do vencimento de opções e do Ibovespa futuro nesta quarta-feira (14), a bolsa de valores brasileira conseguiu manter o ritmo dos últimos dias e manteve o ritmo de valorização apurado ao longo da tarde da terça-feira (13). O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou a terça em alta de 0,60%, aos 50.600 pontos e com um volume negociado de R$ 7,659 bilhões. Com isso, o desempenho no mês aponta um ganho de 4,91%, enquanto a desvalorização no ano chega a 16,98%.

O pregão foi marcado pela instabilidade, que atingiu principalmente as ações de maior volume de negociação, por conta do exercício de opções marcado para quarta-feira. Um dos destaques ficou com a Petrobras, tanto pelas incertezas geradas quanto ao endividamento mostrado em seu balanço trimestral, como pelo processo administrativo em andamento na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre a aplicação da contabilidade de hedge nos resultados e pelas declarações do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão – ele afirmou que, embora os preços da estatal sigam defasados ante o custo de produção e o petróleo no exterior, o governo vai avaliar os pedidos por um novo reajuste dos combustíveis.

Em termos de agenda de indicadores, o dia foi mais favorável. “A gente começou o dia com alguns dados de confiança na zona do euro, que vieram bons, e as vendas do varejo nos Estados Unidos, que melhoraram 0,2%, não ficaram nem lá nem cá”, explica Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

O mercado também aguardava o pronunciamento de Dennis Lockhart, presidente do Federal Reserve, que acabou discursando após o fechamento das negociações no Brasil. Segundo informações da agência de notícias Reuters, Lockhart declarou que o desempenho da economia norte-americana está misto demais para que os representantes da autoridade monetária apresentem um caminho mais detalhado para a redução e, eventualmente, para a interrupção do programa de compra de títulos na próxima reunião, programada para setembro. Mas o representante da Atlanta permaneceu aberto a uma redução modesta no ritmo de compra, atualmente em US$ 85 bilhões/mês.

Além do impacto gerado pelo andamento do setor externo, o mercado doméstico acompanhou a divulgação de uma série de resultados financeiros, nesta que é a última semana da temporada de balanços referentes ao segundo trimestre. Entre os destaques, estão o lucro elevado do Banco do Brasil, que ajudou a manter os papéis do setor bancário em alta durante o dia; o prejuízo abaixo das expectativas por parte de Suzano Papel e Celulose e a melhora dos dados da CCR (Companhia de Concessões Rodoviárias). Segundo Galdi, nestes casos acaba se configurando uma espécie de “efeito pipoca”, em que as ações de empresas com melhores resultados acabam subindo, e vice-versa.

No câmbio, as negociações no balcão terminaram o dia em alta de 0,96%, a R$ 2,3090, segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado. A cotação chegou a bater a marca de R$ 2,3130, o maior valor desde março de 2009, mas acabou por perder força. O Banco Central manteve-se fora do pregão, priorizando sua atuação apenas para os momentos em que a moeda cai. Tanto os números divulgados na Europa como a valorização registrada pelo dólar ante outras moedas.

Para quarta-feira, a agenda de indicadores destaca os dados de vendas no varejo no Brasil, o vencimento de opções do Ibovespa na bolsa (o que deve dar o tom das negociações durante o dia), além do PIB preliminar do segundo trimestre na zona do euro e o discurso de James Bullard, presidente do escritório do Federal Reserve de Saint Louis. “O problema é que o Federal Reserve está dividido, e tem gente querendo aterrorizar o mercado. Ao mesmo tempo, o PIB da zona do euro não deve vir maravilhoso, e as vendas do varejo devem vir boas”, diz Galdi.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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