Bolsa termina o dia com leve ganho; diretor do BC puxa dólar

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa de valores passou boa parte da terça-feira ligada ao desenvolvimento do mercado norte-americano, mas fechou o dia em leve alta após apresentar um comportamento bastante volátil ao longo do dia. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou o dia com valorização de 0,14%, aos 54.017 pontos e um volume negociado de R$ 7,138 bilhões.

 

Embora os números da produção industrial brasileira – alta de 1,8% em abril ante o mês anterior, e de 8,4% no período de 12 meses – tenham até superado as expectativas de alguns analistas, o mercado operou muito atento ao setor externo, em especial os Estados Unidos. O foco da atenção foi o programa de compras de bônus do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano), por conta da possibilidade de início do ciclo de redução dos estímulos à economia norte-americana.

 

Quanto ao câmbio, dados do serviço Broadcast, da Agência Estado, sinalizam que a cotação fechou o dia em alta de 0,42%, negociado a R$ 2,1370. Embora as cotações tenham recuado no começo do dia devido ao leilão de títulos promovido pela Cetip, o mercado sentiu as declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes. Em entrevista coletiva, Mendes afirmou que “não está preocupado” com a oscilação recentemente apresentada pelo real e que, com a percepção de mudanças nos Estados Unidos (diante do início da retirada dos estímulos), “será inevitável que haja a apreciação do dólar e consequente depreciação de outras moedas”.

 

Outra medida adotada pelo governo – e que pode influenciar a cotação do câmbio na quarta-feira – envolve a decisão de zerar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) dos investidores estrangeiros que aplicam em renda fixa no país. Segundo declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a medida também busca estimular a entrada de recursos externos no país.

 

Para quarta-feira, a agenda será de poucos índices domésticos, como a sondagem do setor de serviços divulgada pelo banco HSBC, a atividade do comércio referente ao mês de maio pela consultoria Serasa Experian e os dados do IPC-Fipe – embora a expectativa pela divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) na quinta-feira possa trazer algum impacto.

 

A movimentação será mais intensa no exterior, diante do PIB preliminar da zona do euro, os números do emprego no setor privado dos Estados Unidos, além da sondagem de serviços e dos números referentes ao volume de encomendas industriais no mercado norte-americano.

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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