Câmbio impulsiona resultado trimestral da Suzano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Variação monetária e cambial afetou resultado em R$ 698 milhões

Jornal GGN – A Suzano Papel e Celulose encerrou o primeiro trimestre de 2016 com um lucro líquido de R$ 1,125 bilhão, revertendo o prejuízo de R$ 762,5 milhões registrado em 2015 – e igualmente acima dos R$ 340,7 milhões visto no quarto trimestre do ano passado. Os números foram afetados pela variação cambial do período.

As variações monetárias e cambiais impactaram positivamente o resultado da empresa em R$ 698 milhões no trimestre, em função da variação da taxa de câmbio de 8,9% sobre a exposição de balanço entre a abertura (R$ 3,90/US$) e o fechamento (R$ 3,56/US$) do trimestre, com impacto contábil positivo na marcação a mercado da parcela da dívida em moeda estrangeira, porém com efeito caixa somente nos vencimentos ou amortizações da dívida

De acordo com os dados divulgados, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 1,27 bilhão, avanço de 36% na comparação anual. A alavancagem medida pela relação da dívida líquida sobre Ebitda ajustado ficou em 2,3 vezes, ante 2,7 vezes no fim do ano passado.

A receita líquida totalizou R$ 2,708 bilhões, aumento de 26% contra os três primeiros meses do ano anterior, diante do aumento do volume de vendas e maior preço da celulose em reais, além do preço mais alto do papel no mercado interno. O resultado financeiro foi positivo em R$ 724 milhões, contra despesa de R$ 1,74 bilhão na mesma etapa de 2015.

Contudo, a receita ficou estável na comparação com os três últimos meses de 2015, uma vez que as vendas de papel recuaram por fatores sazonais e houve deterioração no preço de lista da celulose, apesar dos maiores volumes de vendas.

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) no trimestre totalizou R$ 1,594 bilhão, 14,8% superior ao visto em 2015, explicado pelo maior volume vendido de celulose, pelo impacto da variação cambial nos insumos atrelados ao dólar, e pelo menor benefício com a venda de energia. Na comparação com o quarto trimestre, o CPV ficou estável: o maior volume vendido foi compensado pela redução de custos com madeira, pela maior diluição do custo fixo e pela inexistência de parada nos primeiros três meses de 2016.

A dívida bruta, em 31 de março de 2016, era de R$ 14,1 bilhões. A dívida em moeda estrangeira representou 66,3% da dívida total da Companhia e em moeda nacional 33,7%. O percentual da dívida em moeda estrangeira, considerando o ajuste com derivativos, foi de 64%.

A Suzano comercializou 905,9 mil toneladas de celulose de mercado no trimestre, registrando recorde histórico de vendas, com incremento de 22% na comparação com o quarto trimestre (+165 mil toneladas) e de 6% com o primeiro trimestre do ano passado (+49 mil toneladas). 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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