Cenário: último dia do mês deve levar bolsa a subir

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A bolsa de valores manteve-se em alta ao longo de toda a segunda-feira, repercutindo tanto o comportamento do setor externo como o balanço da Petrobras. E a expectativa é que o quadro se repita nesta terça-feira, embora com menos intensidade.

 

Segundo Alfredo Sequeira, superintendente da Fator Corretora, o balanço trimestral apurado pela estatal ficou pouco acima do que o mercado esperava. “O resultado ficou cerca de 17% acima das expectativas. A média do mercado falava em R$ 6,4 bilhões, mas o resultado foi de R$ 7,7 bilhões. Isso ajudou a bolsa a dar a essa puxada”.

 

Às 17h48, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores de São Paulo) avançava 1,17%, aos 54.887 pontos. Os papéis da estatal estavam entre os destaques de alta do dia, com PETR3 subindo 6,21% e PETR4 em alta de 5,50%. Mas o destaque do dia ficou com a OGX ON (OGXP3), que às 17h42 subia 18,58%. De acordo com Sequeira, o desempenho dos papéis da Petrobras ajudou a puxar a ação da OGX, que é mais volátil. “Também houve um papo envolvido com o aporte de capital na empresa, e isso afetou as negociações”.

 

De acordo com o analista, o setor externo também favoreceu o quadro doméstico nesta segunda-feira. “As bolsas da Europa subiram, e os indicadores macroeconômicos norte-americanos foram positivos em sua maioria. Então, creio que o cenário deu uma melhorada”. O superintendente da Fator Corretora ressaltou que, mesmo com o avanço apurado na bolsa brasileira nesta segunda-feira, o Ibovespa está atrasado ante outros mercados. “A bolsa brasileira acumula uma redução de 9,3% no ano e de 10,4% em doze meses. Em contrapartida, o S&P 500 (índice da bolsa dos Estados Unidos) sobe 12,9% em 2013 e 13,7% em doze meses. Em tese, a bolsa teria que reverter a queda e subir mais 12% para ficar no azul”.

 

Para esta terça-feira, a tendência é que o cenário se repita – “não com a Petrobras subindo, mas bolsa deve seguir com trajetória de alta no curto prazo. Como amanhã é o último dia do mês e a bolsa precisa subir mais 2% para fechar em alta em abril, pode ser que tentem dar uma puxadinha para fechar no azul”, diz o superintendente da Fator Corretora.

 

A agenda do dia estará igualmente movimentada. Além da repercussão dos balanços divulgados após o fechamento do pregão de segunda-feira, com destaque para Pão de Açúcar, BRF, Oi e Embraer, o mercado também vai acompanhar os dados de Itaú Unibanco, TIM e AmBev, que serão publicados antes da abertura do pregão. Entre os indicadores macroeconômicos, a agenda norte-americana estará cheia, com os números de custo de emprego, confiança do consumidor e dados de produção regional. No Brasil, os agentes acompanham a Sondagem da Indústria.

 

Estimativas prévias divulgadas pela equipe da Ativa Corretora indicam que o GPA (Grupo Pão de Açúcar) deve registrar um lucro líquido consolidado em torno de R$ 250 milhões, “refletindo principalmente o crescimento na margem operacional da Via Varejo e os bons números da Páscoa antecipada, registrando um aumento de 40% se comparado ao mesmo período do ano passado”, entre outros fatores.

 

Entre os balanços estimados para esta terça-feira, a corretora espera que o Itaú Unibanco apresente um leve crescimento no lucro líquido na comparação trimestral, porém com queda de 1% em relação ao mesmo período de 2012, atingindo R$ 3,5 bilhões, diante da redução na margem financeira, na esteira do fraco crescimento da carteira de crédito no período (+1% no comparativo trimestral) e de um mix desfavorável, sendo contrabalançado pela queda nas despesas com provisão para devedores e no nível de inadimplência. Quanto aos dados da AmBev, a Ativa acredita que o lucro ficará em torno de R$ 2,5 bilhões, alta de 6,4% ante 2012 devido a uma queda no volume de vendas de cerveja.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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