Clientes de varejo e varejo alta renda investem R$ 574,9 bi no semestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os investimentos dos clientes Varejo e Varejo Alta Renda alcançaram o total de R$ 574,9 bilhões no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 8,1% se comparado a dezembro de 2013. Somente no segmento de varejo – que concentra R$ 207,5 bilhões do total – o crescimento chegou a 9,1%, enquanto a área de varejo alta renda, por sua vez, cresceu 7,6% e aloca agora R$ 367,4 bilhões, segundo informações divulgadas pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Em relatório, a associação explica que os produtos de tesouraria – CDB (certificado de depósito bancário), operações compromissadas, LCI (letras de crédito imobiliário), LCA (letras de crédito do agronegócio) e letras financeiras – continuam a ganhar espaço na carteira dos clientes, representando 56,5% de todo o montante investido no segmento. O volume aplicado nestes papéis cresceu 12% no semestre e chegaram a R$ 324,8 bilhões. Já os fundos de investimento perderam espaço nas carteiras e cresceram apenas 3,3% no mesmo período, atingindo o volume de R$ 250,1 bilhões.

A participação dos produtos isentos de Imposto de Renda, as LCIs e LCAs, também continua a crescer entre as aplicações dos clientes de Varejo e Varejo Alta Renda. Eles são responsáveis por 43% dos investimentos totais em títulos, ultrapassando pela primeira vez a aplicação em CDBs, que, em junho, chegou a 40%. Em dezembro último, as LCIs e LCA respondiam por 37% da carteira e os CDBs, por 47%.

Na distribuição por número de clientes, os produtos isentos já atraíram 21% dos investidores que destinaram recursos para produtos de tesouraria. Em 2013, essa participação era de 16%.

De acordo com a Anbima, a alta volatilidade apresentada pelos produtos de renda variável tem feito com que os investidores busquem alternativas mais conservadoras para “preservar o principal e os ganhos financeiros, aguardando um cenário internacional e nacional melhor definido para investir em outros produtos”.

Na indústria de fundos, o investidor permanece em busca de opções mais conservadoras. Se em 2013 os fundos da categoria referenciado DI tinham um volume de R$ 92,9 bilhões no segmento, no primeiro semestre de 2014 houve um aumento de 14,3%, chegando a R$ 106,1 bilhões. A alta levou a participação destes fundos subir de 38,4% no ano passado para 42,4% nos primeiros seis meses de 2014. Nas demais categorias, apenas os fundos de Curto Prazo representaram alguma alta, o que reflete a preferência dos clientes por aplicações mais conservadoras.

O número de clientes Varejo e Varejo Alta Renda chegou a 7,5 milhões em junho de 2014, um crescimento de 4,4% se comparado a dezembro de 2013. Em uma visão regional, as regiões centro-oeste, nordeste e norte apresentaram o maior crescimento do número de clientes. As três regiões representam 20% do total investido no segmento. Contudo, a região sudeste continua a concentrar a grande parte dos investidores (68,2%) e do total de recursos investido (64%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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