Clientes do segmento de private banking investiram R$ 591 bi no primeiro trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O volume de investimentos realizado pelos clientes da área de private banking atingiu R$ 591 bilhões durante o primeiro trimestre de 2014, o que representa um crescimento de 2,46% em relação ao total registrado em dezembro do ano passado, quando a variação foi de R$ 577,2 bilhões, de acordo com dados divulgados recentemente pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais).

Os dados foram diretamente influenciados pelo volume de investimentos em títulos e valores imobiliários, que foram 4,17% maiores ao longo do período – subindo de R$ 261,5 bilhões para R$ 272,4 bilhões. Desse montante, a maior parte está concentrada em ativos de renda fixa, com um total de R$ 185,68 bilhões, alta de 4,05% ante o registrado ao fim de 2013. Durante o primeiro trimestre, os chamados títulos e valores mobiliários foram responsáveis por 46,1% das carteiras dos clientes private, seguidos pelos ativos de renda fixa, com 31,4%.

Ao se avaliar os investimentos realizados em renda fixa, o destaque do período ficou com o aumento de 4,22% nas aplicações efetuadas e, títulos privados, que avançaram de R$ 169,4 bilhões para R$ 176,6 bilhões. Já os ativos com lastro agrícola (LCA) apresentaram um acréscimo de 7,99%, subindo de R$ 62,2 bilhões para R$ 67,2 bilhões, o equivalente a 11,4% do total aplicado no período.

Já os ativos com lastro imobiliário (LCI) tiveram crescimento de 7,37%, passando de R$ 37,6 bilhões para R$ 40,3 bilhões, representando 6,8% do total investido. As aplicações em debêntures cresceram 16,51% em relação a dezembro do ano passado, para R$ 5,093 bilhões em março, mas a participação no total investido pelos clientes de private era de apenas 0,9%. E na renda variável, os investimentos em ações cresceram 4,41%, passando de R$ 83,0 bilhões para R$ 86,7 bilhões, representando 14,1% das carteiras do private.

Os números também mostram que os investimentos em fundos representaram 46,5% das aplicações dos clientes private banking, com R$ 274,750 bilhões investidos, o que corresponde a um avanço de 0,49% em relação a dezembro do ano passado, quando as alocações estavam em R$ 273,407 bilhões. Dentro desse total, as carteiras com fundos exclusivos/restritos detinham 22,6% dos investimentos, com um total de R$ 133,861 bilhões, alta de 0,54% ante dezembro do ano passado, quando a variação foi de R$ 133,137 bilhões – ou 23,1% do total.

Varejo registra R$ 557,85 bi em aplicações

Os números da Anbima mostram que as aplicações consolidadas pelo segmento de varejo chegaram a R$ 557,855 bilhões no total consolidado até março, o que corresponde a um crescimento de 4,9%. Somente no Varejo Alta Renda – que concentra R$ 363,1 bilhões, 65,1% do total – o crescimento chegou a 6,3%. O Varejo, no entanto, cresceu apenas 2,4% e concentra R$ 194,8 bilhões.

Neste caso, é possível ver algumas diferenças nas formas como os investimentos são alocados. Por exemplo: do total apurado pelo segmento, a maior parte (ou R$ 119,956 bilhões) estão concentrados no segmento de tesouraria, principalmente no CDB, com R$ 51,543 bilhões, seguido por pelas operações com LCA (R$ 15,762 bilhões) e operações compromissadas (R$ 15,151 bilhões). O investimento em fundos totaliza R$ 74,846 bilhões, em sua maioria em fundos de renda fixa (R$ 35,967 bilhões) e referenciado DI, com R$ 27,701 bilhões.

As aplicações realizadas pelo segmento de varejo alta renda mostram-se mais diversificadas, embora a Tesouraria registre um pouco mais de volume (R$ 195,933 bilhões) em relação aos fundos (R$ 167,118 bilhões). No primeiro segmento, o capital está alocado principalmente em CDB (R$ 80,562 bilhões) e operações compromissadas (R$ 42,832 bilhões), ao passo que os fundos mais procurados são o referenciado DI (R$ 71,775 bilhões), renda fixa (R$ 63,946 bilhões) e multimercados (R$ 21,099 bilhões).

Ao todo, 7,319 milhões de clientes atuam no segmento de varejo, em sua grande maioria (R$ 3,053 milhões) em São Paulo. Desse total, 4,991 milhões estão classificados como investidores de varejo, e o segmento de varejo alta renda totaliza 2,327 milhões de clientes.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador