Com Petrobras e índice futuro, Bolsa sobe

Jornal GGN  O mercado acionário brasileiro seguiu o dia otimista, diferentemente do norte-americano, que permaneceu em queda durante a maior parte do dia aguardando o comunicado da reunião do Federal Reserve (Banco Central norte-americano). Por aqui, o vencimento dos contratos de índice futuro pressionou a bolsa. As ações da Petrobras também impulsionaram o Ibovespa ao fecharem em alta.

A Petrobras PN subiu 0,24% e a Petrobras ON fechou em alta de 0,90%. O bom desempenho veio após a companhia informar que poderá alterar o pagamento de dividendos para a ação ON no quarto trimestre, e também devido ao anúncio da primeira descoberta de petróleo em águas profundas da Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte.

O Ibovespa encerrou o dia em alta, antes do anúncio do Fed, que acontecia no mesmo horário. O índice subiu 0,94% aos 50.563,43 pontos. No ano, as perdas se acumulam em 17,04% e, no mês, queda de 3,66%. O volume negociado foi de R$16,653 bilhões.

Decisão do Fed

O Federal Reserve anunciou que iniciará a retirada de estímulos monetários da economia a partir de janeiro de 2014. O programa de compras mensais de bônus terá corte de US$ 10 bilhões. A autoridade monetária considera que a atividade econômica está se expandindo a um ritmo moderado, por isso a decisão de reduzir modestamente o ritmo de suas compras de ativos. As medidas de redução de compra poderão continuar nas próximas reuniões se a instituição verificar “melhora contínua nas condições do mercado de mão de obra e se a inflação se mover de volta, na direção de sua meta de longo prazo”.

Com o objetivo de alcançar máximo emprego e estabilidade nos preços o comitê reafirmou que permanecerá com sua política monetária altamente acomodatícia por período considerável de tempo. Sobre a taxa atual de juros a autoridade monetária reitera que a “meta atual e excepcionalmente baixa para a taxa dos Federal Funds, de zero a 0,25%, será apropriada pelo menos enquanto a taxa de desemprego permanecer acima de 6,5%, enquanto a inflação projetada para entre um e dois anos ficar não mais de 0,5 ponto porcentual acima da meta de longo prazo do Comitê, de 2%, e enquanto as expectativas de inflação continuarem bem ancoradas”.

A reação imediata do mercado acionário americano após a decisão do Fed foi de queda, mas, após constatar que a decisão foi melhor do que esperava, pois foi baseada no crescimento da economia e do desemprego, o mercado virou.

Apesar de a bolsa doméstica já estar fechada no momento do anúncio, o Ibovespa futuro teve a mesma reação do mercado norte-americano. Segundo informações da Agência Estado, o índice teve queda de 0,32% após a o anúncio e logo depois começou a operar com ganhos de 1,38%.

O Fed demonstrou transparência ao deixar claro que a redução de estímulos não significa um aperto monetário. O mercado recebeu isso de forma positiva – o índice Dow Jones fechou em alta de +1,84%, a Nasdaq subiu 1,15% e o S&P500 disparou para 1,66%.

As bolsas europeias só reagirão à decisão do Fed amanhã, já que nesta quarta fecharam no patamar positivo apostando que o comitê não faria nenhuma alteração.

Agenda

A agenda desta quinta-feira (19) focará nos dados de desemprego divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que também divulgará o IPCA-15 (Índice nacional de Preços ao Consumidor) de dezembro. O BC (Banco Central) divulgará a nota de crédito de novembro.

Amanhã, o presidente do BC, Alexandre Tombini, participa da última reunião ordinária do CMN (Conselho Monetário Nacional) de 2013.

Na agenda internacional, importantes indicadores dos EUA,  como pedidos de auxílio-desemprego, vendas de moradias usadas, índice de indicadores antecedentes e índice de atividade regional do Fed da Filadélfia.

Os dirigentes da UE (União Europeia) se reunirão nesta quinta e na sexta-feira (20) em uma reunião marcada pelo retorno da chanceler alemã Angela Merkel, à frente de um governo de coalizão, cuja prolongada ausência deixou a UE a ver navios.

Redação

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