Fala de Dilma muda prognósticos no mercado

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

No segundo e último dia de reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), nesta quarta-feira, um ajuste dos juros na casa de 0,50 ponto percentual ganhou força, a despeito das expectativas iniciais de manutenção da taxa.

O pronunciamento da presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira, em Belo Horizonte, foi o principal fator para a mudança no mercado. Na ocasião, Dilma afirmou que “não há a menor hipótese de o Brasil não crescer”, mas admitiu que pode ser necessário alterar a taxa básica de juros para conter a alta da inflação. 

“O tom mudou bastante de ontem para hoje após o discurso”, afirma Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora. “A leitura é que o tom empregado (por Dilma) foi de que não vai haver juros altos, mas que vai subir.” E acrescenta: “Não caberia a ela falar isso, mas essa declaração no dia da divulgação fez quem acreditasse que não ia subir mudar de opinião”.

Por isso, acompanhar o comportamento do mercado de juros será importante no dia de hoje. Dados da corretora Socopa mostram que a curva do DI no dia de ontem já sinalizava apostas mais firmes em um aumento de 0,50%. Os contratos com vencimento programado para janeiro de 2014 fecharam a 8,23%, e os documentos que vencem em julho fecharam a 7,63%.

Além da taxa básica de juros, o mercado acompanha a divulgação do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) das capitais no mercado doméstico, o fluxo cambial e a criação de empregos formais no mês de março, via divulgação do Caged, além do vencimento de opções do Ibovespa.

No exterior, o destaque é a publicação dos níveis de estoques de petróleo nos Estados Unidos e o Livro Bege – documento que detalha a situação financeira norte-americana. A revisão do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o crescimento da Europa – prevendo o avanço da região em zero neste ano – e a perspectiva de um rating da China rebaixado devido ao problema de descontrole de dívidas do país, são outros componentes que injetam tensão nos negócios, o que deve levar a bolsa brasileira e outros mercados de risco a perderem fôlego.

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador