Desempenho da OGX leva bolsa a começar o semestre em queda

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Mesmo com os indicadores favoráveis apresentados no mercado internacional, o comportamento das ações da OGX comprometeu outras companhias e levou a bolsa brasileira a fechar o primeiro pregão do segundo semestre em queda. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações de segunda-feira (1) em queda de 0,49%, aos 47.229 pontos e um volume negociado de R$ 5,911 bilhões. Com o resultado, o índice acumula baixa de 22,51% no ano até o dia 1º de julho.

As ações da empresa petrolífera de Eike Batista tomaram as atenções da bolsa neste começo de semana, depois do anúncio da suspensão do desenvolvimento de três poços de produção localizados no campo de Tubarão Azul. Segundo fato relevante divulgado ao mercado, foi realizada uma análise do comportamento de cada um dos poços desde o início da produção, e o resultado mostrou que “não existe, no momento, tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional nesse campo visando aumentar o seu perfil de produção”. A empresa revelou ainda que os poços atualmente em funcionamento podem parar de produzir ao longo de 2014. A notícia levou a ação da OGX a fechar o dia em queda de 27,85%, a maior da bolsa, após perder cerca de 35% no piso do dia.

“O mercado estava com um viés positivo, com exceção da OGX, o que acaba pesando no índice e levou a bolsa a fechar no negativo”, explica Marcelo Torto, analista da Ativa Corretora. “De forma geral, houve busca dos investidores por ativos que estão com valores com forte queda no ano, refletindo as operações do exterior, que vieram mais otimistas após a divulgação de dados favoráveis na zona do euro”. Outro vetor de alívio ficou com a China, que, no curto prazo, conseguiu retirar o risco de crise de liquidez.

Quanto ao dólar, a divulgação de dados favoráveis nos Estados Unidos e na Europa impulsionaram a demanda dos investidores por ativos de risco e levaram a moeda norte-americana a fechar em queda. Segundo informações divulgadas pelo serviço Broadcast, da Agência Estado, o dólar negociado no mercado de balcão fechou em queda de 0,04%, a R$ 2,230.

Pela manhã, o instituto de pesquisas Markit divulgou que o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da zona do euro subiu para 48,8 pontos em junho, ante 48,3 pontos em maio, atingindo seu maior resultado em 16 meses. Ao mesmo tempo, a atividade do setor de manufatura norte-americano, mensurado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), subiu de 49 pontos, em maio, para 50,9 pontos, em junho.

A agenda de indicadores para esta terça-feira (2) destaca os dados de produção industrial no Brasil a serem divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), além do IPC-Fipe. No exterior, foco para os dados de serviços na China, além dos preços ao produtor na zona do euro, as vendas de veículos nos Estados Unidos e o discurso de William Dudley, representante do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) de Nova York. “Existe uma probabilidade de grande de viés de alta; vai depender do mercado lá fora, com indicadores e discursos de autoridades”, acredita Torto.

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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