Dólar abre o dia em queda após isenção do IOF

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A cotação do dólar no mercado à vista operava em queda de 0,23% no final da manhã, negociado a R$ 2,132, depois de começar o dia em baixa de 1,97%, a R$ 2,0950 na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa). No mercado futuro, os contratos da moeda para janeiro de 2014 tinham taxa de 8,46%, estável em relação a ontem.

 

A queda tem sido interpretada como uma reação do mercado ao anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre a redução a zero do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o capital estrangeiro, cujo decreto foi publicado na manhã desta quarta-feira (05) pelo Diário Oficial da União.

 

De acordo com informações da Agência Brasil, Mantega destacou que a eliminação do IOF foi possível porque o mercado de câmbio está normalizado, com a redução do excesso de liquidez (dinheiro em circulação no mercado) internacional, que pressionava o dólar para baixo nos últimos anos. Atualmente, com as indicações de recuperação da economia norte-americana e mudanças nas taxas de juros dos Estados Unidos, o dólar voltou a subir de preço.

 

“No passado, tínhamos elevado esse tributo porque havia grande liquidez na economia internacional, que entrava fortemente no Brasil e ameaçava o câmbio. Na época, fomos obrigados a colocar obstáculos para reduzir o [ingresso de] capital de curto prazo. Agora, que observamos a possibilidade de a liquidez internacional se reduzir, podemos retirar esse imposto”, disse Mantega .

 

O ministro também afirmou que o governo ainda está avaliando se essa queda já fez efeito no preço da moeda norte-americana. “A medida é de longo prazo. não é para ter efeito imediato. Queremos deixar livre para aplicações em renda fixa, títulos do governo brasileiro. Na verdade, já havia aplicações, mas tínhamos diminuído muito sua rentabilidade, com IOF de 6%. Hoje, não faz muito sentido. Não há todo esse fluxo porque também a rentabilidade caiu na medida em que a taxa de juros é bem diferente [em comparação a] quando estabelecemos essa medida.”

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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