Efeito calendário imprime ritmo menor no varejo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O Índice Antecedente de Vendas (IAC) realizado mensalmente pelo IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo) projeta uma desaceleração das vendas em abril, ficando o crescimento perto de 2,1%, confrontado com abril do ano passdo. Para maio e junho, há uma projeção bem mais animadora, de 9,2% e 9,4%, respectivamente, na comparação com mesmos meses do ano passado.

O resultado esperado para abril tem como causa o chamado ‘efeito calendário’, já que as vendas deverão apresentar desaceleração em virtude do deslocamento do feriado de Páscoa para março.

Há no horizonte a expectativa de recuperação no crescimento real de vendas no conceito utilizado pelo Índice de ‘mesmas lojas’, a partir de maio, estendendo-se para junho, na ordem de 3,17% e 3,40%, evidenciando ainda que a expansão ocorre em função da abertura de lojas de rede de varejo nos últimos meses.

Bens não duráveis, que entram nos resultados obtidos por supermercados, estão apoiados nas vendas de ovos de Páscoa, demonstrou, segundo o IDV, uma ‘bipolaridade em março e abril’, isso porque em março houve crescimento de 9,4% nas vendas e, neste mês, estima-se queda de 6,8%, na comparação com mesmo período do ano passado. Para maio e junho, sem ‘efeito calendário’, o IDV estima taxas de dois dígitos em crescimento, com 16,7% e 14,9%, respectivamente.

Semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, têm expectativa de alta de 10,5%, 10,8% e 11,3%, para os meses de abril, maio e junho, respectivamente. Bens duráveis vêm com expectativa de 10,6%, 5,6% e 6,2%, para abril e os dois meses subsequentes, e na comparação com os mesmos meses de 2012.

Segundo o IDV, mesmo com a desaceleração ocorrida nos dois primeiros meses do ano nas vendas do comércio varejista, ainda é preciso observar os próximos meses para que se defina uma tendência mais acurada das vendas em 2013. Pesando a favor, ainda se tem emprego e renda como fortes auxiliares, mesmo com taxas de crescimento menores que em 2012, com expansão do crédito ao consumidor e crescimento do PIB mais expressivo.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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