Em dia de giro fraco, Bolsa começa semana em queda de 0,93%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira começou a semana apresentando um giro enfraquecido, sem notícias de impacto e sendo pressionada pelo desempenho de papéis como Vale e Petrobras.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em queda de 0,93%, aos 52.725 pontos e com um volume negociado de R$ 4,856 bilhões. Com isso, o índice acumula perda de 3,48% no mês, ganho anual de 2,37% e de 0,91% em 12 meses. No índice, os setores com mais fracos desempenhos foram petróleo/petroquímico; siderurgia/mineração; bancos; e serviços financeiros.

“O Ibovespa, em dia de agenda esvaziada, iniciou ascendente, apoiado nos positivos futuros dos índices de Nova York e das bolsas europeias em alta”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório. “Todavia, sem maiores notícias favoráveis, o índice começou a sofrer pressões vendedoras a partir das 13h, acentuadas hoje pelo volume financeiro reduzido em relação à média do mês (R$6,5 bilhões até o dia 7), entrando definitivamente em campo negativo após às 14h e prosseguiu deslizando até seu fechamento – quase na mínima do dia”.

A véspera de feriado nos Estados Unidos também trouxe algum impacto sobre as operações, ao mesmo tempo em que a Petrobras tem sido investigada pelo governo norte-americano. Citando o jornal britânico Financial Times, a agência de notícias Reuters explica que autoridades dos Estados Unidos investigam se a Petrobras ou seus funcionários violaram uma lei que proíbe o pagamento de propinas a funcionários no exterior para vencer ou manter contratos.

As ações da Vale foram outro fator negativo, uma vez que as quedas de preços do minério de ferro na China seguem afetando os papéis da empresa, mesmo depois da divulgação de dados de comércio no país, que acabaram superando as expectativas dos analistas.

No câmbio, a cotação do dólar comercial interrompeu uma sequência de seis altas consecutivas e fechou em queda de 0,55%, chegando a R$ 2,549 na venda. Pode-se dizer que houve um ajuste nos investimentos após o recente ciclo de alta, que foi influenciado pelas incertezas quanto a política econômica no Brasil.

As intervenções do Banco Central no câmbio também afetaram as operações. A autoridade monetária manteve seu programa de venda diária de 4 mil novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados. Nesta segunda-feira, foram negociados 2,2 mil contratos com vencimento em 1º de junho de 2015, e outros 1,8 mil com vencimento em 1º de setembro do ano que vem, em operação que movimentou o equivalente a US$ 197,4 milhões.

O BC também deu continuidade aos leilões de rolagem de contratos de dólar, com a venda dos 9 mil swaps ofertados para estender o vencimento dos contratos que vencem em 1º de dezembro. Foram vendidos 4,5 mil contratos para 3 de novembro de 2015, e outros 4,5 mil para 4 de janeiro de 2016, com volume correspondente a US$ 439,5 milhões.

A agenda macroeconômica de terça-feira será de poucos dados, com a publicação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e o índice de confiança do consumidor no Japão. Na temporada brasileira de balanços, aguarda-se a publicação dos resultados trimestrais de empresas como Trisul, Telefônica/Vivo, Rodobens e Gol, entre outros.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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