Fibria tem prejuízo trimestral de R$ 595,7 milhões

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A Fibria encerrou o segundo trimestre com um prejuízo líquido de R$ 595,7 milhões, revertendo um lucro líquido de R$ 24 milhões apurado nos primeiros três meses deste ano. De acordo com balanço financeiro divulgado ao mercado, a variação foi explicada principalmente pelo resultado financeiro negativo, por sua vez, em decorrência do efeito da valorização do dólar (10%) sobre a dívida no valor de R$ 650 milhões, e dos efeitos contábeis e financeiros da recompra de títulos ocorrida no trimestre de R$ 224 milhões.

Para os analistas da Ativa Corretora, “a companhia segue se favorecendo de um cenário de preços favoráveis para a celulose, elevando sua geração de caixa livre, com uma gestão de capital de giro eficiente, que irá permitir uma melhora cada vez maior no seu nível de alavancagem financeira”.

Excluindo-se os efeitos de variação cambial e da recompra de títulos, o resultado líquido do trimestre teria sido um lucro de aproximadamente R$ 80 milhões. Em relação ao segundo trimestre de 2012, apesar do melhor resultado operacional e financeiro, o prejuízo foi 13% maior, por conta do efeito positivo de R$ 266 milhões da variação do valor justo de ativos biológicos ocorrida naquele trimestre.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do segundo trimestre ficou em R$ 647 milhões, com margem de 39%. Na comparação com os primeiros três meses deste ano, houve um aumento de 15%, explicado pelo maior preço médio líquido em reais e maior volume de vendas. Já na comparação com o mesmo período de 2012, houve uma elevação de 18% do EBITDA e a margem foi superior em 2 p.p. como resultado do maior preço líquido da celulose em reais (+12%) por sua vez explicado pela elevação do preço da celulose em dólar nos últimos 12 meses e pela valorização do dólar médio frente ao real (5,3%).

A companhia realizou paradas programadas para manutenção na Unidade Três Lagoas e nas fábricas A e B da Unidade Aracruz. A produção de celulose totalizou 1,291 milhão de toneladas durante o trimestre, 2% superior quando comparada aos primeiros três meses do ano, apesar do maior impacto das paradas programadas para manutenção. Em relação a 2012, o volume produzido foi 1% superior em função do maior número de fábricas realizando paradas programadas para manutenção naquele trimestre.

Na comparação do primeiro semestre com os primeiros seis meses de 2012, a produção foi 2% inferior em decorrência do maior impacto da parada programada na Unidade de Três Lagoas, que ficou totalmente concentrada no primeiro semestre em 2013. O estoque de celulose somou 781 mil toneladas (53 dias), 2% superior ao começo deste ano – 764 mil t (51 dias) e em linha com o estoque de 2012 – 779 mil t (52 dias).

O resultado financeiro foi negativo em R$ 1,162 bilhão, contra um resultado negativo de R$ 66 milhões no primeiro trimestre de 2013. A variação é explicada principalmente pela rubrica de variação cambial sobre a dívida (em função da valorização de 10% do dólar de fechamento) e o pelos efeitos contábeis e financeiros não recorrentes referentes à recompra de parte dos títulos com vencimento em 2020.

Em relação ao segundo trimestre de 2012, a despesa 6% menor se deve ao maior efeito de variação cambial sobre a dívida naquele trimestre (R$ 865 milhões), explicada por sua vez pela valorização do dólar em relação ao real naquele período (11%) sobre um saldo maior da dívida total.

O saldo de dívida bruta em 30 de junho de 2013 era de R$ 9,936 bilhões, estável em relação ao primeiro trimestre do ano devido ao efeito da valorização do dólar frente ao real de 10% sobre a dívida, cuja parcela indexada em dólar manteve-se em 93% do total impactando, portanto, em sua elevação quando da conversão para reais. A dívida bruta em dólar, no entanto, ficou 9% e 24% inferior em relação ao primeiro trimestre e ao segundo trimestre de 2012, respectivamente.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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