Itaú Unibanco termina trimestre com lucro de R$ 5,235 bi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Carteira de crédito total desacelera 5,3%, para R$ 554,252 bilhões

Jornal GGN – Um aumento no volume provisionado para perdas com inadimplência e a queda na carteira de crédito afetou o lucro do banco Itaú Unibanco durante o primeiro trimestre. O lucro recorrente apurado pela instituição no período totalizou R$ 5,235 bilhões, queda de 9,9% sobre o registrado um ano antes.

Segundo os dados divulgados ao mercado, os principais efeitos positivos no trimestre em relação ao trimestre anterior foram o crescimento de 36,9% da margem financeira com o mercado e a redução de 8,1% das despesas não decorrentes de juros. Em contrapartida, tais efeitos foram compensados pelo crescimento de 18,2% das despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa e a redução de 44% das receitas com recuperação de créditos baixados como prejuízo.

O índice de inadimplência acima de 90 dias atingiu 3,9%, ante 3% em igual etapa de 2015 e o pico desde setembro de 2013.

Com a alta do desemprego e dos pedidos de recuperação judicial de empresas numa economia em forte recessão, o banco fez provisões para perdas com calotes de R$ 6,402 bilhões, alta de 38,1% na base sequencial e de 43,7% sobre um ano antes. O número já deduz recuperação de crédito.

“Esse crescimento é proveniente do aumento de 18,2% (R$ 1,115 bilhão) de nossas despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, devido em parte, a provisões relacionadas a operações em curso normal (provisão genérica), decorrentes de um cenário econômico mais desafiador. Além disso, nossas receitas com recuperação de créditos baixados para prejuízo reduziram-se 44% (R$ 652 milhões), devido ao efeito positivo ocorrido no trimestre anterior relativo à reestruturação de uma operação de grupo específico do segmento de grandes empresas, que havia sido baixada como prejuízo”, explica o banco.

Ao final do primeiro trimestre de 2016, a carteira de crédito total do banco (incluindo operações de avais, fianças e títulos privados) alcançou o saldo de R$ 554,252 bilhões, com redução de 5,3% em relação ao trimestre anterior e de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No segmento de pessoas físicas, destacaram-se crescimentos nas carteiras de crédito de menor risco: consignado, com crescimento de 2,9% no trimestre e 4,8% em 12 meses (principalmente em beneficiários do INSS), e imobiliário, com evoluções de 2,1% e 17,1%, respectivamente, enquanto a carteira de veículos, reduziu-se em 9,4% no trimestre e 31,2% em 12 meses, devido a um menor volume de originação. O segmento de pessoas jurídicas, excluindo-se os títulos privados, apresentou uma redução de 8,1% no trimestre e de 9,9% em 12 meses.

Já o estoque de financiamentos do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, caiu 4,8% contra o primeiro trimestre do ano passado, a R$ 517,484 bilhões. Sobre dezembro, a queda foi ainda maior, de 5,6%. A queda foi puxada pelos empréstimos para compra de veículos (-31,2%), para grandes empresas (-9,8%) e das pequenas e médias (-9,9%), todos na comparação ano a ano.

A margem financeira somou R$ 16,557 bilhões no trimestre, montante R$ 207 milhões menor do que no trimestre passado. Segundo o banco, os dados foram afetados pela redução de R$ 675 milhões de nossa margem financeira com clientes, em função de menores volumes e pelo fato de que neste trimestre foram registrados menos dias corridos do que no trimestre anterior. A margem financeira com o mercado apresentou crescimento de R$ 468 milhões no trimestre.

As receitas com tarifas e serviços, de R$ 7,17 bilhões, avançaram 4,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano anterior, número bem abaixo da variação da inflação no período, de cerca de 10%.

As despesas não decorrentes de juros apresentaram redução de 8,1% em relação ao quarto trimestre de 2015. As despesas de pessoal apresentaram redução de 3%, principalmente em função do maior número de colaboradores em férias no primeiro trimestre de 2016, reduzindo as despesas de remuneração, enquanto as despesas administrativas apresentaram redução de 11,1% no trimestre em relação ao trimestre anterior, principalmente em despesas com serviços de terceiros, processamento de dados e telecomunicações.

Em relação ao primeiro trimestre de 2015, as despesas não decorrentes de juros apresentaram aumento de 3,4%. Desconsiderandose as despesas com operações no exterior, o crescimento teria sido de 1,9% no período

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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