Mercado aguarda indicadores importantes em semana curta

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado começou a semana mais curta sem uma tendência definida por conta do feriado norte-americano. Contudo, a divulgação de indicadores de peso próximo da pausa brasileira vai trazer um pouco mais de agitação para as negociações.

Após oscilar ao longo do dia em patamares positivos e próximo da estabilidade, o Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou a segunda-feira em ligeira queda de 0,02%, aos 56.562 pontos e um volume negociado de R$ 2,526 bilhões, considerado o mais baixo desde 26 de dezembro de 2011.

As negociações foram diretamente afetadas pelo feriado norte-americano do Memorial Day e a folga bancária no Reino Unido. “O comportamento esteve fraco, com menos negócios e a bolsa andando um pouco de lado (sem direcionamento definido”, comenta o analista Elad Revi, da corretora Spinelli. “A gente não teve indicadores por aqui, e não houve indicadores muito relevantes lá fora. Com o feriado, os investidores estrangeiros aproveitaram para descansar um pouco”.

Tal visão foi compartilhada por Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora. “O mercado esteve bem chato, com volume bem reduzido. O feriado nos Estados Unidos e no Reino Unido acabou por esvaziar os negócios”.

Contudo, o investidor pode esperar por uma semana mais movimentada, apesar da interrupção do mercado brasileiro na quinta-feira por conta do feriado de Corpus Christi. A agenda de terça-feira destaca a divulgação dos números da Sondagem da Indústria e do Comércio pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), além dos Preços ao Produtor – Indústria da Transformação pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No setor externo, a retomada das negociações destaca os dados de confiança do consumidor e a divulgação dos preços de residências nos Estados Unidos.

O destaque fica para os dados de quarta-feira, por conta da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro referente ao primeiro trimestre, além da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sobre a taxa básica de juros – neste caso, a expectativa sinalizada no último relatório Focus, elaborado pela autoridade monetária, aponta para um novo ajuste de 0,25 ponto percentual, o que levaria a Selic para 7,75% ao ano. Para os analistas, a expectativa em torno da divulgação de tais indicadores deve nortear o mercado nesta terça-feira. “A semana começa efetivamente nesta terça-feira”, diz Pereira.

Outro ponto que vai afetar as negociações envolve o PIB norte-americano, que será divulgado na quinta-feira, quando o mercado brasileiro estará fechado. Segundo Revi, a expectativa é que o PIB norte-americano apresente melhora, o que deve confirmar a sinalização recente emitida pelo presidente do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, de que os incentivos para a economia podem começar a cair conforme a economia apresenta uma melhora mais consistente. 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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