Mercado começa última semana do mês em queda

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A falta de indicadores relevantes no Brasil e no mercado internacional levou a bolsa brasileira a começar a última semana do mês em queda, embora o indicador oficial tenha permanecido na marca de 49 mil pontos. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações de segunda-feira (29) em queda de 0,42%, aos 49.212 pontos e com um volume negociado de R$ 4,388 bilhões. Com isso, a variação no mês aponta crescimento de 3,70%, mas as perdas durante 2013 são de 19,26%.

“O dia foi de realização de lucros, mas acho que alguns receios com relação ao endividamento de estados chineses pesaram no sentimento do investidor. Os Estados Unidos também tiveram viés de queda”, diz Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora. Pereira destaca a realização de lucros, realizada em um cenário de baixo giro financeiro, o que pode indicar que o humor dos investidores com o mercado doméstico pode ter melhorado. Contudo, o estrategista sinaliza que a postura é de cautela, “já que estamos em uma semana com indicadores relevantes”. Entre os indicadores a serem divulgados nos próximos dias, estão o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos, além da decisão da taxa básica de juros do Banco da Inglaterra, do BCE (Banco Central Europeu) e do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos). “A semana promete ser agitada. A segunda-feira foi um aquecimento”, diz.

No câmbio, a cotação emplacou sua segunda sessão consecutiva de alta, em um movimento que acompanhou o comportamento da moeda norte-americana no exterior. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, a cotação do dólar no balcão fechou o dia em alta de 0,62%, a R$ 2,2690. Um operador de câmbio de uma corretora afirmou que esse comportamento pode ter sido influenciado pelo vencimento do mercado futuro, uma vez que o contrato de dólar futuro com vencimento em agosto vence no fim do mês, e a posição de fundos locais e estrangeiros comprada (apostando na alta do dólar) é grande.

Outro ponto que chama a atenção é que as taxas dos treasuries (títulos da dívida do governo dos Estados Unidos) de cinco e dez anos têm avançado com alguma frequência, o que influencia o posicionamento em DI no Brasil. “Com DI subindo, aumenta a aversão ao risco em relação aos emergentes e acaba puxando o dólar. Pelo menos até o fim dos vencimentos, a cotação deve seguir um pouco para cima”.

A agenda de indicadores destaca a divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e a nota de política fiscal do Banco Central. No exterior, saem os dados de confiança do consumidor e o índice de preços ao consumidor da Alemanha, o levantamento de preços de residências nos Estados Unidos e a sondagem industrial do Japão.

Entre os balanços financeiros a serem divulgados no Brasil, os agentes vão acompanhar os resultados do Itaú Unibanco, Santander e Tim (após o fechamento do pregão), além de Autometal, Iguatemi, Sul América e Tractebel (após o fechamento).

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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