Mercado realiza lucros, e bolsa fecha em queda de 1,38%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, dólar sobe 1,11% e chega a R$ 3,301

Jornal GGN – O mercado financeiro interrompeu uma sequência de cinco avanços consecutivos e encerrou as operações em queda devido ao cenário externo desfavorável, o que se refletiu na queda dos preços das commodities.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em queda de 1,38%, aos 51.842 pontos e com um volume negociado de R$ 5,336 bilhões. Com isso, a bolsa passa a acumular alta de 0,61% no mês e de 19,59% no ano.

“A bolsa brasileira não sustentou a recente sequência de alta e realizou lucros, acompanhando o humor externo, com os investidores mais risk-averse, no aguardo do grande driver da semana: o Payroll nos EUA, previsto para sexta-feira (08)”, explica a corretora BB Investimentos, em relatório. A queda das operações foi puxada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da Petrobras, que caíram quase 6% devido à queda do preço do preço do petróleo no exterior, da mineradora Vale e dos bancos.

Nos mercados estrangeiros, a pressão pela valorização do dólar perante a maioria das moedas globais, queda forte do petróleo, e a maior aversão a risco pelos agentes resultou no recuo da maior parte das bolsas mundo afora. Investidores permanecem reticentes em elevar suas apostas, e aguardam divulgação de dados de emprego nos Estados Unidos, que pode auxiliar a desvendar de maneira mais assertiva o futuro da dinâmica da taxa de juros naquele país.

Outro destaque foi a decisão do Banco da Inglaterra em reduzir a exigência de capital dos bancos do país, revertendo decisão tomada em março, como forma de estímulo econômico em resposta ao viés econômico decorrente do Brexit. A medida representa uma redução de 5,7 bilhões de libras em capital requerido às instituições financeiras, e estima-se que as permitirá elevarem suas carteiras de crédito em até 150 bilhões de libras.

No mercado de câmbio, o dólar comercial registrou seu terceiro avanço consecutivo e fechou em alta de 1,11%, cotado a R$ 3,301 na venda. No mês, o dólar acumula valorização de 2,73%. No ano, contudo, a queda acumulada chega a 16,39%.

No Brasil, o Banco Central interviu no mercado cambial pelo terceiro pregão consecutivo ao efetuar a venda de 10 mil contratos de swap reverso, que equivale à compra futura de dólares. Tal intervenção não vinha sendo feita por mais de um mês. A falta de intervenções havia levado muitos investidores a apostar que o BC sob o comando do presidente interino, Ilan Goldfajn, seria menos propenso a atuar no câmbio do que sob seu antecessor, Alexandre Tombini. No exterior, o clima era mais pessimista devido à turbulência gerada pelo referendo britânico, mesmo após as novas sinalizações dadas pelas autoridades britânicas.

Na agenda de quarta-feira, os agentes aguardam a divulgação do PMI (índice dos gerentes de compras, na sigla em inglês) do setores de construção e varejo na Alemanha, na zona do euro e na França; solicitações de empréstimos hipotecários, balança comercial, PMI composto e de serviços e a ata do Federal Reserve nos Estados Unidos; e e os dados referentes ao setor automotivo apurados pela Anfavea no Brasil.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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